Se continuasse iria contra os meus princípios e valores…
“TRABALHO DESENVOLVIDO PELO MEU PAI NÃO FOI VALORIZADO
NEM RESPEITADO”
Luís Conceição (filho de
Carlos Ribeiro), defesa que pode desempenha também as funções de médio, de 31
anos, que na época passada foi campeão distrital da 2.ª divisão pelo Comércio e
Indústria, acaba de reforçar o plantel do Palmelense.
Tendo em conta a sua
experiência e a sua qualidade como jogador não restam dúvidas que esta será uma
aquisição de peso na estrutura do Palmelense que esta época vai ser treinado
por Flávio Santos que, tal como Luís Conceição, também está de regresso ao
clube.
Luís Conceição representou o
Palmelense nos escalões de juvenis, juniores (entre 2003 e 2005) e mais tarde
nos seniores (2011), passou também pelo U. Madeira, Barreirense, Amora, Vendas
Novas, Desp. Fabril (seis épocas) e Comércio Indústria.
Numa breve conversa que
tivemos, Luís Conceição mostrou-se satisfeito com este regresso a Palmela e
explicou as razões que o levaram a sair do Comércio Indústria.
Na
próxima época vai jogar no Palmelense. Trata-se do regresso a um clube que já
representou, está satisfeito por isso?
Estou bastante satisfeito por este meu regresso ao Palmelense.
É um regresso a uma casa que conheço muito bem e na qual já fui atleta durante
4 épocas. É um clube com uma mística diferente, um clube que representa uma
vila, um clube com adeptos fervorosos e que estão presentes no Cornélio Palma,
apoiando a equipa e fazendo com que nós atletas nos sintamos ainda mais
importantes.
Para
trás fica um título de campeão distrital pelo Comércio e Indústria mas ao mesmo
tempo a sua saída. Isso quer dizer que não houve interesse das duas partes em
manterem a ligação?
Já fui campeão 4 vezes e esta foi a que me deu mais gozo,
porque foi vivida é partilhada com o meu pai (treinador principal); mas foi
também o título mais difícil, pois as condições eram poucas, o estado do
terreno era impraticável para treinar e jogar e acompanhou-nos durante toda a
época, e se não fosse o sacrifício e a força de vontade dos treinadores e
jogadores, este título seria impossível. Havia interesse da parte do clube na
minha continuidade, no entanto eu deixei de estar interessado quando todo o
trabalho desenvolvido dentro e fora de campo pelo meu pai, que culminou com o
título de campeão e subida de divisão, não foi valorizado e respeitado. Caso
continuasse iria contra os meus princípios e valores. Ao clube desejo toda a
sorte do mundo pois mesmo não me identificando com o projecto continuarei a ser
sócio desta instituição centenária que merece todo o meu respeito.
Ainda
é prematuro falar sobre o campeonato. Mas mesmo assim, pergunto. Quais são as
suas perspectivas?
As perspectivas são as melhores, tanto em termos individuais
como em termos colectivos. Como um dos elementos mais velho no plantel quero
passar os meus ensinamentos aos mais novos e ajudá-los a crescer dia após a dia.
Em termos colectivos vamos trabalhar no máximo para disputarmos os 3 pontos
todas as semanas com o objectivo de melhorar a classificação da época anterior.