ALCOCHETENSE»» Conhece a sua história de Samuel Nnoruka? - JORNAL DE DESPORTO

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quarta-feira, 31 de julho de 2019

ALCOCHETENSE»» Conhece a sua história de Samuel Nnoruka?

Sonho de Sam tem o quádruplo do Atlântico...

JOVEM NIGERIANO ATRAVESSOU O ATLÂNTICO QUATRO VEZES PARA CONCRETIZAR O SONHO


As histórias de jogadores que atravessam o Atlântico rumo ao sonho de vingar enquanto profissionais na Europa não são novidade e já se foram multiplicando com o tempo. Já o sonho de um jovem que para o fazer já atravessou o Atlântico…quatro vezes, esse será bem mais raro e é o caso de Samuel Ifeanyichukwu Nnoruka, que presentemente se encontra em Portugal e iniciou a sua caminhada no seu país natal, a Nigéria, onde “não era um jogador federado, apenas jogava por uma equipa mais pequena, local, perto de minha casa. Apenas estive lá para jogar alguns jogos.”

Das suas origens em África, Samuel Nnoruka atravessou o Atlântico pela primeira vez - emigrou para o Canadá - pouco mais tarde enveredou por nova viagem transatlântica, rumo à Alemanha, onde treinou no TSV 1860 Munique, a “equipa oposta ao Bayern na Alemanha, quando lá estive percebi que não gostavam uns dos outros (risos)…“

Depois de Nigéria, Canadá e Alemanha, Samuel rumou a Portugal para trabalhar no Belenenses.


“Estive lá por uma semana, penso que tinha 15 ou 16 anos na altura, penso que inicialmente treinei com os sub-14 ao início, quando lá cheguei, por isso estive bem e eles levaram-me para os sub-16, a equipa seguinte, e estive com eles por dois dias”, recordou o jovem atleta que realizaria depois a terceira viagem pelo Oceano Atlântico, de regresso ao Canadá, até que esse caminho seria feito pela...quarta vez e conduzi-lo-ia até Portugal e mais precisamente ao Belenenses:
“Era tudo tão profissional e organizado, tinha apenas de olhar para o quadro antes do treino, ir para o campo e jogar…tudo era muito organizado lá, no Belenenses, e foi lá que aprendi a jogar como lateral direito e a forma mais indicada de jogar futebol “, conta, salientando que lá poderia ter permanecido, mas sem possibilidades de competir, o que o levou a arriscar novamente e desta feita a atravessar não pela quinta vez o oceano, mas a passar pela primeira vez o Rio Tejo para passar a representar o Alcochetense.


Sam mudou-se para Alcochete já em 2019, mas não a tempo de se poder estrear oficialmente.
Essa será a primeira equipa na qual ao que tudo indica irá representar enquanto futebolista sénior. No emblema de Alcochete, que disputará a I Divisão da AF Setúbal, Sam, como é conhecido, espera “ter mais tempo de jogo esta época porque na época passada não tive tempo de jogo. Cheguei a estar registado na AF Setúbal, mas foi já no fim da época, à volta de Maio, porque tive um assunto com o meu passaporte, que expirou e não podia jogar porque tinha de obter um novo e a época estava perto do fim.”

“Se o treinador pretender utilizar-me tanto como extremo como lateral eu irei dar o meu melhor,” promete o versátil atleta de 20 anos, nigeriano que também possui cidadania canadiana, que já sonha em português depois de um percurso já longo.

Rafael Batista Reis

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