Rodrigo Silva considera o resultado enganador…
Nós até começámos melhor,
com uma oportunidade na marcação de um canto logo aos 3 minutos, onde podíamos,
mais uma vez, ter começado com um golo, que nos permitisse ir para uma exibição
tranquila. Mérito do GR do Corroios que instintivamente fez duas excelentes
defesas na mesma jogada.
O Corroios através de um
jogo rápido e dinâmico, conseguiu nos minutos iniciais ganhar supremacia no
jogo e ter mais posse de bola. A nossa equipa algo lenta e com pouca reacção a
deixar algum espaço para o Corroios jogar no nosso meio campo. Através de uma
bola, como se costuma dizer na gíria, morta (na sequência de um lançamento lateral
do lado esquerdo com uma bola longa para o nosso corredor direito), o extremo direito
do Corroios consegue cruzar e a nossa defesa apática, deixa-se antecipar pelo
avançado que sem oposição e no coração da área faz um remate a meio da nossa
baliza e faz um 1-0.
Antes do golo, através de um
livre directo o nosso GR fez a única defesa da 1.ª parte. Após o golo sofrido,
começámos a condicionar melhor a primeira fase de construção do Corroios, e a
espaços começámos a jogar mais no meio campo adversário, mas não tivemos mais
nenhuma oportunidade clara de golo. Fica por marcar, na nossa opinião, um
penalti sobre o Rodrigo Pinto, que dentro da área, ganha em antecipação a bola
à defesa do Corroios e é tocado para grande penalidade. Faltou alguma coragem à
equipa de arbitragem assinalar a falta. Mérito do Corroios que sai em vantagem
para o intervalo.
Na 2.ª parte, fizemos duas
alterações, e passámos a jogar em 4-4-2 procurando pressionar o adversário mais
em cima e crescendo as nossas linhas, que até então estavam um pouco mais
baixas do pretendíamos. Mas logo a abrir, a segunda parte, sofremos o 2-0, onde
mais uma vez numa bola que não oferecia qualquer perigo para a nossa baliza,
facilitámos e oferecemos o golo de bandeja ao adversário, que sem oposição
encosta facilmente para o golo. No entanto, o nosso GR é condicionado na
disputa de bola por um jogador que no início da jogada se encontra fora de
jogo, que mesmo sem se fazendo ao lance, impede o nosso GR de saltar à bola.
Respondemos com a última
substituição aos 59', lançando Gonçalo Borges, para colocarmos mais velocidade
no último terço, e na primeira intervenção no jogo é carregado pelas costas em
falta dentro da área e mais uma vez, faltou coragem à equipa de arbitragem
assinalar uma falta clara que nos podia permitir relançar no jogo.
Após isso, dispusemos de duas
oportunidades claras para reduzir através do Gonçalo Santos, mas infelizmente
para nós o GR do Corroios, mais uma vez saiu por cima evitando o nosso golo. O
Corroios sempre com mais intensidade e critério que nós, foi controlando o jogo
e mais no nosso meio-campo, mas sem criar uma oportunidade clara de golo.
O Corroios é um justo
vencedor, fez por merecer a sua vitória e isso não está em causa. Mas acho que,
mais pelas oportunidade que tivemos, e não tanto pela qualidade de jogo (ao
contrário do que tem sido feito até aqui), podíamos ter tido um resultado mais
equilibrado.
Uma nota para a equipa de
arbitragem, que ao contrário dos últimos jogos onde tivemos arbitragens
bastantes positivas, hoje não correu tão bem, mas uma equipa que perde 3-0
nunca se pode desculpar por isso. No entanto, existem momentos que nos podem
relançar no jogo, mas infelizmente assim não foi e neste jogo esses lances
acabaram por fazer alguma diferença. Se animicamente não estávamos a 100%,
através dessa sensação de injustiça acabou por mexer com o psicológico dos
jogadores.
Para os meus jogadores, fica
a resposta positiva de alguns elementos menos utilizados até ao momento e a
ideia que na próxima época se queremos mais do que esta temos que trabalhar
muito e melhor! Já crescemos muito, já melhorámos muitos aspectos, mas ainda
temos uma longa caminhada pela frente”.