“O QUE SE ESTÁ A PASSAR É UMA VERGONHA, MERECE UMA
PROFUNDA REFLEXÃO”
João Maria Ribeiro, presidente do Atlético Alcacerense, diz que não se identifica com este futebol, nem com a gestão desportiva que está a ser feita pelos órgãos da AF Setúbal e convida-os a demitirem-se.
“O que está a passar é uma autêntica vergonha
no panorama do futebol distrital de Setúbal. Merece uma profunda reflexão dos
órgãos desta Associação de futebol. Diria até, que convidava os mesmos a
demitirem-se. Dadas as circunstâncias e não tendo conhecimento de nada desta
dimensão ter acontecido ao nível desta associação distrital, a mesma e os seus
órgãos não tem condições para continuar a exercer as funções que lhe foram
confiadas, pelos clubes seus filiados”, foi esta a primeira reacção do
presidente do Atlético Alcacerense, João Maria Ribeiro, quando o interrogámos
sobre o “caso” relacionado com a suspensão do Campeonato Distrital da 2.ª
Divisão.
“O nosso clube prepara épocas desportivas de
forma séria, honesta, e, como é óbvio, em termos orçamentais. Esta situação
implica um profundo esforço orçamental para lá do estipulado anteriormente, e,
como é natural, vai prejudicar muito as finanças do clube. No que respeita à
equipa de futebol sénior, continuamos a trabalhar de forma séria e competente para
ganhar os jogos, onde temos que os ganhar, dentro de campo. Claro está, que
esta situação desmotiva qualquer equipa amadora”, complementou o responsável
pelo clube de Alcácer do Sal.
“Todos sabemos que a
requisição dos serviços das autoridades competentes, PSP, GNR ou ARD é para
segurança dos intervenientes dos jogos, nomeadamente dos árbitros. Segundo o
Alcacerense tem conhecimento, o jogo em causa realizou-se dentro da
normalidade, sem incidentes e sem qualquer tipo de apresentação antecipada de
protesto. De qualquer forma há uma questão que se coloca. Como é possível a AF Setúbal
permitir que o Quintajense Futebol Clube realize no seu campo cinco jogos sem
policiamento, sem nada ser feito por parte desta associação. Como é que ao sexto
jogo realizado nestas condições se permite uma coisa destas”, interroga o
presidente do Alcacerense que garante que em sua casa não se realizam jogos sem
a presença das autoridades, nem mesmo na formação.
Campeonato
jogado fora das quatro linhas
João Maria Ribeiro não quer
aprofundar muito o tema mas ainda assim adianta que não se identifica “com este
futebol nem com esta gestão desportiva, por parte destes órgãos da AF Setúbal.
Porquê tanta morosidade sobre este assunto. É desta forma que apelam ao fair play,
à boa ética e ao respeito entre clubes”, interroga.
“Mais de um mês, para
resolver um problema (que não é problema), de um jogo sem incidentes, com um
resultado final (sim um resultado final, pois o jogo terminou). Está provado
que este campeonato se está a jogar fora das quatro linhas, nos bastidores”.
E, por fim levanta mais uma
questão: “O trio de arbitragem chefiado pelo árbitro Jonathan Babo, auxiliado pelos
assistentes Filipe Rosário e David Cardoso, não sabem as regras do jogo? Obrigaram
as equipas a realizar o jogo? Assumiram a realização do mesmo? Depois deste
jogo, o que foi feito com estes senhores, continuaram a realizar/arbitrar
jogos?”
Pela nossa parte, diz o
presidente do clube, “vamos continuar a aguardar serenamente como até aqui, por
uma posição oficial por parte da AFS. Se quiserem, como dizem no comunicado, vamos
jogar ao Quintajense Futebol Clube, já amanhã à noite, sem policiamento e sem
protestos, mas com árbitros sérios”.