Estreia-se domingo no Estádio do Bravo, com o Seixal…
PENDUROU AS BOTAS DE JOGADOR
PARA SE DEDICAR À CARREIRA DE TREINADOR
Rodrigo Silva, de 30 anos, também
conhecido no futebol por Rodri, é o novo treinador do Zambujalense, oitavo
classificado na Série B do Campeonato Distrital da 2.ª Divisão.
Depois de 20 anos como
jogador, sempre ao serviço da ADQC, Rodri transferiu-se em Dezembro para o
Zambujalense como reforço para a equipa de futebol mas cerca de dois meses
depois assumiu o comando técnico da equipa, substituindo Pedro Silva que abandonou
o cargo no final do jogo com os Pescadores.
Rodri, que inicia a sua carreira de treinador principal
de uma equipa sénior, vai fazer a sua estreia no próximo domingo no Estádio do
Bravo, onde o Zambujalense defronta o Seixal.
Estar
no lugar certo há hora certa
Como
surgiu a hipótese de assumir o comando técnico do Zambujalense?
- Esta hipótese surgiu, por estar no lugar certo há hora
certa. Eu comecei a época como jogador da ADQC, em Dezembro surgiu a hipótese
de ir jogar para o Zambujal e fazer a 2.ª parte da época. Entretanto, o
treinador que estava à frente da equipa saiu após a derrota com os Pescadores,
e o Presidente conhecedor do meu trabalho enquanto treinador de camadas jovens,
achou que a melhor solução para dirigir a equipa era uma pessoa de dentro do
clube, conhecedor do plantel, e disse-me que para o actual momento da equipa
era uma solução que faria todo o sentido. Foi assim que surgiu esta
oportunidade. Até ao fim da época, após 20 anos como jogador penduro as botas.
Por acreditar no grupo de trabalho e na qualidade dos jogadores que o plantel
tem, acredito que podemos fazer melhor do que o que sido feito até agora!
O
comboio não passa duas vezes
- Sim é verdade, é a minha primeira experiência como
treinador de uma equipa sénior. Sempre foi um objectivo pessoal (sendo que
tenho formação na área e já estou ligado ao treino à mais de 10 anos), mas o
que tinha nos meus planos era jogar mais 2/3 épocas e depois sim abraçar um
desafio destes. Podia ter seguido o caminho mais fácil e não aceitar o convite
do Presidente, tendo em conta os resultados da equipa e a actual classificação,
mas como se costuma dizer por vezes o comboio não passa duas vezes, então
resolvi aceitar e agarrar esta oportunidade de frente. Com isto, espero que
seja o início de uma bonita carreira de treinador, agora o pensamento é até ao
fim da época, mostrar trabalho, evolução e depois logo se vê o que futuro nos
reserva.
Uma
espécie de pré-época
- O que espero? Evolução! Criar processos, rotinas,
dinâmicas que defendo e quero que a equipa comece a assimilar. Para mim estes 3
jogos que nos faltam, são uma espécie de pré-época. Vamos jogar contra o 2.º, 3.º
e 4.º classificado. O nosso campeonato está feito, não lutamos para nada. Não
temos pressão de resultados, mas uma coisa é certa, os nossos adversários vão
ter que correr muito para nos ganhar. Somos a única equipa que ainda não ganhou
na 2ª volta e não dependemos de nós próprios para terminar no último lugar do
campeonato. O cenário não podia ser mais negro! E pode parecer uma frase
cliché, que todos os treinadores usam quando agarram um novo desafio, mas
acredito que podemos fazer muito melhor do que aquilo que temos feito. O nosso objectivo
passa por preparar a equipa nestas jornadas para a Fase Complementar de
Seniores (caso venha a ser confirmada).
Há
algo mais que queira referir nesta altura?
- Agradecer ao Presidente a oportunidade. Agradecer aos
meus ex-colegas de balneário, agora meus jogadores, a forma como estão a
interiorizar as novas dinâmicas e o empenho que têm tido nas 3 sessões de
treino que já tivemos juntos. Continuação de excelente trabalho do Jornal de
Desporto que tão bem faz ao promover o Futebol do nosso Distrito. E contem
connosco para o que ai vem!