Por ausência das forças de segurança…
ÁGUAS DE MOURA PROTESTOU JOGO COM
QUINTAJENSE
O Quintajense já assumiu o erro mas diz que nunca foi alertado pela AF Setúbal, apesar do campeonato se encontrar já na segunda volta. Por analogia com o que acontece no futebol feminino, o clube partiu do princípio que as regas fossem idênticas…
O nosso jornal teve conhecimento que o
Águas de Moura protestou o jogo que disputou no passado domingo com o Quintajense,
no campo Leonel Martins, relativo à 14.ª jornada do Campeonato Distrital da 2.ª
Divisão – Série A, que terminou empatado.
De acordo com a nossa fonte de informação
as razões têm a ver com o facto do jogo se ter realizado sem a presença das
forças de segurança, mesmo depois do árbitro ter sido alertado para isso, persistindo
a dúvida se a ocorrência foi ou não mencionada pela equipa de arbitragem em
relatório e se este foi devidamente analisado pelos serviços competentes.
Perante esta situação entrámos em contacto
com o Quintajense na tentativa de saber mais pormenores que foram devidamente
esclarecidos pela directora para o futebol sénior masculino, Elvira Contente.
“Há nove anos que não tínhamos uma equipa
sénior masculina na AF Setúbal e, por analogia ao que acontece no campeonato
nacional de seniores e juniores femininos, em que não é obrigatório
policiamento, a não ser em jogos de risco, partimos do princípio que nos
campeonatos de seniores da AF Setúbal as regras fossem idênticas”.
“Nunca fomos
alertados por ninguém”
“Pelos vistos estávamos errados”, conta a
directora do Quintajense, “já admitimos isso, mas a verdade é que estamos na
segunda volta do campeonato e a AF Setúbal nunca nos alertou para o facto, a
não ser agora com o protesto do Águas de Moura. A partir de agora vamos ter que
cumprir as regras e muito possivelmente contratar uma empresa de segurança.
Mas, volto a dizer, não o fizemos por não querer fazer mas sim por analogia com
o que se passa nas competições nacionais femininas”.
Elvira Contente é da opinião que “a AFS deveria
rever esta situação porque os clubes estão quase todos em dificuldades
económicas e com o policiamento, ou empresas de segurança, ainda ficam em
piores situações. No nosso caso, entrámos com esta equipa no campeonato para
dar continuidade aos juniores e isto acaba por penalizar os clubes formadores”.
“Não
houve qualquer incidente”
“Acho engraçado o Águas de Moura ter
protestado o jogo porque não houve qualquer incidente e nada que justificasse o
policiamento. É evidente que só o fez porque perdeu pontos quando pensava que
era favas contadas. Nós o que queremos é praticar desporto e se tivermos que
ganhar gostamos de o fazer dentro de campo como demonstrámos no jogo com o
Cercalense em que acedemos repetir o jogo quando o podíamos ter ganho na
secretaria”, realçou a directora para o futebol sénior masculino do Quintajense,
Elvira Contente.
Seja como for, uma coisa é certa, este é
um caso que está a agitar a competição e em especial os clubes envolvidos na
luta pelo apuramento para a segunda fase, como é o caso do Águas de Moura.