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sábado, 19 de janeiro de 2019

ARBITRAGEM»» NAFAS comemorou 59.º aniversário


Apesar de algumas condicionantes…

ÁRBITROS DE ALMADA E SEIXAL TÊM FORTES RAZÕES PARA ACREDITAREM NO FUTURO

O Núcleo de Árbitros de Almada e Seixal, o mais antigo do país, assinalou a passagem do seu 59.º aniversário num jantar que reuniu algumas dezenas de associados e representantes de algumas instituições ligadas ao fenómeno desportivo e autárquico.

Francisco Cardoso, presidente da direcção da Associação de Futebol de Setúbal; José Manuel Esteves, presidente do Conselho de Arbitragem da AF Setúbal; João Ferreira, vice-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol; Joaquim Tavares, vereador da Câmara Municipal do Seixal e representantes da Câmara Municipal de Almada, dos outros núcleos do distrito e APAF, foram alguns dos convidados de honra.



Aproximação, inovação e desenvolvimento

O presidente do NAFAS, Bruno Esteves, começou por agradecer a presença de todos, saudou os seus antecessores e falou das linhas mestras do seu programa de acção que assentam em três pontos essenciais: aproximação, inovação e desenvolvimento.

Na sua intervenção, Bruno Esteves realçou a importância da aproximação que dá a possibilidade dos “mais jovens árbitros se aproximarem dos antigos com o objectivo de aqui ou ali, perceberem a importância que a experiência traz ao seu dia a dia e ao seu fim-de-semana desportivo”.

Bruno Esteves deu conta também do resultado de uma parceria estabelecida com a CM Seixal que permitiu a realização, em duas escolas do concelho, de um recrutamento eficaz para o curso de candidatos a árbitros de futebol. “Conseguimos recrutar 18 candidatos, garantindo 16 a teste final teórico e encontrando-se na segunda fase do curso, 14 com registo a apto, diferença significativa em relação ao ano anterior onde tivemos apenas cinco árbitros em curso”.

O presidente do NAFAS chamou ainda a necessidade dos jovens aderirem mais ao associativismo e agradeceu o apoio que CM Seixal, CM Almada e Junta de Freguesia têm dado ao longo dos tempos.


Quem trabalha é compensado

José Manuel Esteves, lamentou o facto dos árbitros que estão agora a ser formados não terem equipamento porque a FPF cancelou o protocolo que tinha a empresa que o fornecia e destacou o empenho do presidente da Direcção, Francisco Cardoso, no apoio que dá aos árbitros. “É um homem que tem dado tudo por nós”.

O responsável máximo pela arbitragem setubalense pediu aos árbitros para terem confiança no Conselho de Arbitragem porque para si “são todos iguais independentemente do Núcleo a que pertencem” e finalizou falando de emails.

“Vocês não sabem a quantidade de emails que recebemos contra o vosso trabalho mas sabem qual é o destino, o arquivo. Não merecem sequer resposta. Trabalhem muito porque quem trabalha geralmente é compensado, têm aqui um bom exemplo, o João Marques”.  



Investimento na arbitragem

Francisco Cardoso recordou que “a AF Setúbal chegou a ter cinco árbitros na 1.ª Divisão Nacional e é neste caminho que estamos a trabalhar. Estamos a fazer um investimento na arbitragem para que daqui a oito anos possamos ter novamente quatro a cinco árbitros ao mais alto nível, mas este não é um trabalho fácil. Para que tenham uma ideia daquilo que é gasto com a arbitragem direi que 65% do nosso orçamento é gasto precisamente com os árbitros. Pagamos pouco mas pagamos a tempo e horas”, fez questão de salientar. O presidente da AF Setúbal informou também que neste momento estão a decorre negociações com uma marca de equipamentos para que todos possam vestir de igual.



Um núcleo com a grandiosidade dos seus 59 anos

João Ferreira enalteceu o apoio que as autarquias têm dado aos árbitros não só do distrito mas também dos outros a nível nacional e falou do trabalho desenvolvido pelo NAFAS que “tem dado à arbitragem grandes referências não só como árbitros mas também como dirigentes do Conselho de Arbitragem da Liga e da Federação, é um núcleo com a grandiosidade dos seus 59 anos”.

A referência feita à falta de equipamentos para os árbitros também não passou despercebida ao dirigente federativo. “Quando se queixam que FPF não dá equipamentos têm toda a razão mas nós já explicámos o motivo por que isso acontece. No meu tempo, eu nunca treinei na relva e quando fazia férias treinava na praia de Melides. Vocês hoje têm relvados para treinar, preparadores para cuidar da parte física, testes on line e um conjunto de condições que nós não tínhamos. Portanto, que não seja por falta de equipamentos que deixem de ser árbitros”.