A GRANDE ATITUDE DOS JOGADORES E
O ORGULHO IMENSO DO TREINADOR
O jogo que terminou empatado (1-1) teve quatro expulsões, sendo uma delas caricata, mas não houve nenhuma batalha campal nem qualquer tipo de quezílias dentro do campo.
O jogo
disputado no passado domingo no Campo António Almeida Correia “Foni”, em
Alcochete, ficou marcado por quatro expulsões, sendo as duas primeiras, ainda
na primeira parte, para jogadores do Moitense, Vavá (22’) e Edu (41’) e as
outras duas para jogadores do Alcochetense, Rui (88’) e Peña (90’).
Quer isto
dizer que a equipa da Moita jogou entre os 41 até aos 88 minutos com apenas
nove jogadores, contra 11 do Alcochetense. Mas, mesmo assim, conseguiu regressar
a casa com um empate, que teve sabor a vitória.
Hugo
Ferreira, treinador do Moitense, no final deu os parabéns aos seus jogadores
que foram uns “verdadeiros guerreiros”
Antes de
falar propriamente do jogo, Hugo Ferreira, fez questão de salientar que “quem
não viu o jogo pode pensar que foi uma batalha campal, mas não foi nada disso
que aconteceu. Os jogadores respeitaram-se mutuamente e não houve quezílias
dentro do campo. O que houve foi um senhor que resolveu complicar as coisas com
pormenores e decisões que não lembra a ninguém”.
Em
relação ao jogo, o técnico do Moitense diz que a sua equipa entrou bem mas
reconhece que “o Alcochetense teve mais iniciativa e mais posse de bola porque
apresentou uma dinâmica diferente. Nós jogámos com as linhas um pouco baixas, mas
nunca sofremos grande perigo. A partir do momento em que se dá a primeira
expulsão o jogo teve um carisma diferente. Depois, com a segunda, aos 41
minutos, o jogo ficou ainda mais condicionado”.
Equipa organizada
E,
prosseguindo a sua narrativa acrescentou: ”a jogar com nove jogadores a nossa
tarefa tornou-se muito complicada, tivemos que defender, lutar e trabalhar
muito. Os jogadores tiveram uma grande atitude e eu tenho um orgulho imenso em
ser treinador desta equipa porque eles nunca viram a cara à luta, seja em que
circunstância for. O Alcochetense foi superior mas nós justificámos o empate
porque fomos sempre uma equipa organizada”.
Sobre a expulsão
dos jogadores da sua equipa, Hugo Ferreira refere que “a primeira aconteceu por
ingenuidade do Vavá que viu o primeiro amarelo por tirar dentro do campo a
ti-shirt que tinha por baixo da camisola e logo de seguida viu o segundo quando
foi colocar a referida ti-shirt no banco e entrou em campo em autorização do
árbitro, tudo isto no espaço de 20 segundos. Mas, se esta expulsão se aceita,
embora seja caricata, já o mesmo não se poderá dizer da segunda que é injusta
porque não houve falta nenhuma e o mais grave é que dessa falta nasceu o golo
do Alcochetense”, realçou.