Equipas queriam adiar mas o árbitro decidiu mandar jogar…
COMEÇOU COM UMA HORA DE ATRASO E TERMINOU
PRATICAMENTE ÀS ESCURAS
As duas equipas estavam de acordo mas o árbitro decidiu dar início ao jogo do qual resultou a lesão de dois jogadores que em situação normal não teriam acontecido. Jaime Margarido, treinador da equipa de Palmela, conta as incidências.
O Palmelense perdeu na sua deslocação ao Monte de Caparica onde defrontou o
C. Piedade B, com um golo sofrido em tempo de compensação (90+5’), num lance
que deixou muitas dúvidas quanto à sua legalidade, mas a contestação não se
fica por aqui.
O temporal deixou o campo Rocha Lobo em péssimas e à hora marcada era
impossível dar início ao jogo. As duas equipas eram da opinião que não havia
condições para jogar mas depois de algum tempo de espera o árbitro entendeu que
a situação havia melhorado e o jogo começou com uma hora de atraso, facto que
obrigou que toda a segunda parte fosse jogada com iluminação artificial muito
deficiente. E, a tudo isto acresce ainda duas lesões sofridas pela equipa de
Palmela que em situação normal não teriam acontecido.
Jaime Margarido, treinador do Palmelense não tem dúvidas. “O que aconteceu não devia ter acontecido
porque disputámos o jogo em péssimas condições climatéricas. Tanto eu,
como treinador do Cova da Piedade estávamos conformados com a não realização do
encontro mas o árbitro decidiu iniciá-lo por indicação de alguém que estava na
bancada”.
“O jogo realizou-se e o Palmelense
acabou por ter dois jogadores lesionados, por causa disso. As pessoas não
compreendem o esforço feito pelos jogadores naquelas condições em duelos
sucessivos num relvado completamente encharcado em que a bola praticamente não
rola. Isso fez com que o jogo fosse feio e que fosse jogado com muito pontapé
para a frente por parte das duas equipas. Não havia outra maneira de jogar”,
acrescentou.
Perdemos de forma
injusta
Sobre o jogo Jaime Margarido diz que “houve
algumas oportunidades de golo, talvez mais para o nosso lado mas pode-se dizer
que foi equilibrado. O resultado mais justo teria sido o empate e se houvesse
alguma equipa que tivesse que ganhar, teria que ser o Palmelense. Mas o que
aconteceu foi precisamente o contrário”.
“Perdemos de forma injusta”
salienta o treinador do Palmelense que considera que “a AF Setúbal devia ter em conta estas situações. Fomos nós os
prejudicados como poderia ter sido o Cova da Piedade”.
“Tivemos
que jogar toda a segunda parte praticamente às escuras porque a iluminação era
péssima e, nessas condições, aos 95 minutos, sofremos um golo em posição de
fora de jogo que provavelmente não terá sido assinalado devido por falta de
visibilidade”, rematou.