Esta quinta-feira realiza-se o jogo em atraso…
“NÃO FOI O ARRANQUE QUE QUERÍAMOS MAS HOUVE FACTORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA
ISSO”
A arbitragem, alguma inépcia dos jogadores na primeira parte e o antijogo do adversário foram algumas das causas do resultado negativo que quer corrigir já amanhã em Santiago do Cacém.
O Grupo Desportivo Fabril não começou da forma desejada a sua participação
no Campeonato Distrital da 1.ª Divisão. A derrota sofrida em casa na primeira
jornada não estava nas suas previsões e o facto gerou algum descontentamento
não só entre os adeptos mas também no próprio grupo de trabalho que tem valor
para fazer muito mais do que fez neste jogo.
Para saber concretamente o que se passou o nosso jornal falou com o
treinador Jorge Prazeres:
“De facto este não foi o arranque que queríamos, mas houve alguns factores
que contribuíram para isso. Um deles foi a arbitragem. Eu nunca tinha treinado
nesta divisão mas já deu para ver que se na 1.ª Liga assistimos a erros, no
distrital é muito pior. O André Botelho é um jovem árbitro e tem condições para
fazer mais e melhor, mas neste jogo teve influência no resultado porque o
primeiro golo acontece num penalti incrível. A bola tabelou na barriga de dois atletas
do Fabril e ele descortinou penalti”, conta Jorge Prazeres.
Falando propriamente sobre o jogo, o técnico do Fabril disse que “na
primeira parte foi difícil porque o vento soprava muito forte e não se tornava fácil
sair a jogar, embora também não tivéssemos tido a atitude mais correcta para o
fazer. Eu tinha alertado os jogadores que o passado é modelo e que as camisolas
não ganham jogos. Se não conseguirmos igualar as outras equipas em atitude, no querer,
na garra e na disponibilidade mental para atacar o jogo com a mesma gana,
iriamos sentir dificuldades, foi o que aconteceu”.
Na segunda parte foi completamente diferente, adianta Jorge Prazeres. “A
equipa quis realmente mais, mas fê-lo mais com coração do que com a cabeça e
num erro incrível, que não pode acontecer, ficámos a perder 2-0. Depois houve
muitas acções que contrariaram o nosso ímpeto, o antijogo do adversário. Se na
segunda parte se jogou 20 minutos foi muito, com os jogadores do Grandolense a desempenharem
o seu papel, sempre no chão, com recurso à falta, sem cartão. E nós acabámos
por perder o Bruninho que nos vai fazer muita falta no próximo jogo porque é
claramente um dos melhores pontas-de-lança desta divisão. Ainda chegámos ao 2-1
e tivemos três ou quatro oportunidades para chegar ao empate, mas infelizmente
não conseguimos”.
Semana difícil
O treinador do Fabril reconhece que “foi um resultado menos bom numa semana
difícil porque vamos jogar já esta quinta-feira e o desgaste físico e mental
foi muito grande. O U. Santiago também está na mesma circunstância, vai ser um
jogo bastante complicado mas o Fabril tem que lutar para ganhar em todos os
jogos, não há outra forma de pensar”.
E, a conversa terminou da forma como começou com Jorge Prazeres a abordar
de novo questões relacionadas com a arbitragem. “Já tive uma conversa com o presidente
sobre as arbitragens. O que se viu nos jogos da Taça AF Setúbal é que em caso
de dúvida apitam sempre contra o Fabril. Sendo o Fabril o clube histórico que
é, que nunca cria problemas a ninguém devido à grande dimensão do seu campo,
onde é impossível um árbitro sentir qualquer tipo pressão, não entendo porque normalmente
apitam sempre contra nós. É óbvio que os árbitros não são a justificação para tudo,
que estamos no início e que o campeonato é longo, mas a verdade é esta”.