Foi com alguma surpresa que recebi o convite…
“A POUCOS DIAS DO INÍCIO DO CAMPEONATO FICÁMOS A SABER QUE
NÃO IRIAMOS LUTAR COM AS MESMAS ARMAS”
Ricardo
Jesus, de 37 anos, é um treinador ainda jovem mas já com provas dadas no
futebol distrital, começou no Azul e Ouro [no Inatel] depois esteve duas épocas
e meia no Banheirense, teve uma curta passagem por Sesimbra, passou pelos juniores
do Desp. Portugal e na época passada esteve na ADQC, de onde saiu agora para o
Alfarim.
Em
declarações ao nosso jornal Ricardo Jesus confessou que “foi com grande
satisfação e com alguma surpresa que recebi o convite do Alfarim. Isto prova que
as pessoas estão atentas e, ao mesmo tempo, revela que se trabalha bem na 2.ª
Divisão Distrital”.
O
Alfarim é um clube estável, com boas infra-estruturas, com bases sólidas e
muita massa humana. Pelos clubes por onde passei tenho dado sempre o melhor de
mim e agora não vai ser diferente, ainda para mais com as condições de trabalho
que são muito boas. Já tive oportunidade de ver o que existe e estou extremamente
contente. Creio que estão reunidas todas as condições para que possamos fazer
uma época tranquila, com tem sido habitual no Alfarim”.
“Temos
vindo a tratar das renovações e dos contactos para a aquisição de novos atletas
e está tudo bem encaminhado. Contamos construir um plantel que nos dê garantias
para fazer uma época sem sobressaltos”.
Balanço
positivo
Em
relação à ADQC o técnico emitiu a sua opinião, em jeito de balanço: “Quando
iniciámos o projecto, sabíamos o que íamos encontrar pela frente até uma
determinada fase. Depois surgiu o Cova da Piedade B com uma equipa
semi-profissional e o Oriental Dragon com um investimento nunca visto na 2.ª
Divisão Distrital. Ficámos assim a saber que não iriamos lutar com as mesmas
armas. Mas, apesar disso, batemo-nos sempre de igual com todas as outras
equipas. Com a matéria que tínhamos fomos sempre competitivos e ficámos
extremamente agradados com os jogadores por tudo o que fizeram”.
Jogadores
a custo zero
“É
sempre difícil arranjar jogadores para abraçar projectos em que os clubes não
pagam nem um cêntimo a qualquer jogador, apesar das deslocações e do tempo que perdem.
Mas mesmo assim, fomos competitivos em todos os jogos e criámos dificuldades
aos nossos adversários. A passagem à 2.ª fase era um objectivo e isso foi
conseguido. Jogámos com as armas que tínhamos e, em minha opinião, penso que poderíamos
ter terminado com mais sete ou oito pontos, sem favor nenhum. Portanto, no
cômputo geral acho que foi positivo”.
Muita
juventude
“No
último jogo com os Pescadores jogámos com três juniores no onze inicial e cinco
atletas que faziam a primeira época de seniores. A juventude era uma realidade
e isso tanto tinha de positivo como de negativo. Nos momentos em que precisávamos
de mais experiência não tínhamos e isso condicionou alguns resultados embora a
irreverência também tenha causado alguns danos aos adversários. Fizemos o que podíamos”.
Satisfação
“Fiquei
extremamente satisfeito com a minha passagem pela Quinta do Conde, onde fiquei
com a porta aberta. Conheci pessoas fantásticas e estabelecemos uma relação que
fica para a vida. Ao presidente Joaquim Tavares, que está sempre presente no
clube, desejo os maiores sucessos para a nova época e para o Jardel que vai
chefiar a nova equipa técnica, uma pessoa que dispensa apresentações, as
maiores felicidades e os votos de que possa construir um plantel para lutar de
igual para igual com os outros adversários na luta pela subida de divisão”.