Seixal também contraria esta intenção…
CÂMARA MUNICIPAL DE SESIMBRA CONTRA
EVENTUAL SAÍDA DO CONCELHO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRECTA DO HOSPITAL DO SEIXAL
A Câmara Municipal de Sesimbra teve
recentemente conhecimento da existência de uma proposta de adenda ao Acordo
Estratégico de Colaboração entre o Estado Português e o Município do Seixal,
para construção do Hospital do Seixal, cuja assinatura estará já agendada, e
prevê a exclusão do município de Sesimbra da área de influência directa desta
unidade hospitalar.
Trata-se de uma intenção que
contraria os compromissos assumidos desde o início deste processo, gorando as
expectativas das populações e utentes dos serviços de saúde que, com a Câmara
Municipal e órgãos autárquicos do concelho participaram empenhadamente em todos
os momentos negociais que contribuíram para que o equipamento esteja hoje tão
perto de ser uma realidade.
O Município do Seixal, que ao longo
dos anos trabalhou sempre em estreita parceria com Sesimbra, também contraria
esta intenção.
- Tem lugar esta sexta-feira, dia 29 de Junho, às 15 horas, no auditório dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal, a cerimónia de assinatura da adenda ao Acordo Estratégico de Colaboração para o Lançamento do Novo Hospital Localizado no Seixal.
- A iniciativa conta com a presença do presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, e do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes
A confirmar-se esta opção, a Câmara Municipal manifestará a sua total discordância, pois a mesma prejudicará claramente os utentes do concelho, que continuarão a ter um serviço de urgência básica a mais de 30 quilómetros de casa (Hospital de São Bernardo, em Setúbal), com uma rede de transportes públicos altamente deficitária e bastante onerosa, e ainda um tempo de trajecto que pode representar um risco para a recuperação e preservação da saúde de doentes, quando passa a existir um hospital a menos de metade desta distância, tanto das freguesias de Santiago e do Castelo, como da Quinta do Conde.
A estes argumentos, acrescenta-se o
facto de Sesimbra ser um destino turístico, que durante o período de Verão vê a
sua população aumentar, sem resposta ao nível de serviços de saúde, sobretudo
no que respeita às urgências.
A autarquia está igualmente
apreensiva em relação à redução de 10 das 23 valências que estavam previstas
para o novo hospital no acordo de 2009, e que desaparecem na nova proposta.
Neste sentido, a Câmara Municipal já
pediu uma audiência com carácter de urgência ao Ministro da Saúde, para um
esclarecimento da situação e para reivindicar que o concelho de Sesimbra tenha
um Serviço de Urgência Básica mais próximo do que aquele que existe actualmente.