Jogador tem a ambição de um dia poder atingir outros
patamares…
“COM O PLANTEL QUE TÍNHAMOS ERA IMPOSSÍVEL APONTAR PARA OUTRA COISA QUE NÃO
FOSSE O TÍTULO”
Miguel Manhita é defesa-central, tem 18 anos, 1.84m de altura e pesa 72 kg. Começou a jogar futebol
de sete no CRI mas depois -se para o Barreirense onde acabou de se sagrar
bicampeão distrital de juniores, depois de anteriormente ter sido vice-campeão
nos escalões de Iniciados e Juvenis.
Como foi a segunda época de júnior na próxima já é sénior e nesta altura
ainda não sabe qual vai ser o seu futuro. De qualquer forma uma coisa é certa,
vai continuar a jogar futebol porque a sua ambição passa por um dia poder
chegar a outros patamares.
O jovem promissor nesta entrevista falou do título conquistado, do excelente
campeonato feito pelo Barreirense e dos seus objectivos pessoais.
“Ser campeão é uma sensação
inesquecível”
Qual a
sensação de um jogador quando consegue festejar um título?
Já tinha
sido vice-campeão em iniciados com o Mister Paulo Filipe e em juvenis com o
Mister Luís Costa mas quando se consegue ganhar um título, é outra coisa. É
sempre uma óptima sensação, uma sensação de dever cumprido. Tens a sensação que
todos os treinos valeram a pena, o "sabor" de ganhar o campeonato é
uma sensação inesquecível.
O
Barreirense terminou o campeonato sem derrotas e com larga vantagem sobre os
adversários. Isso quer dizer que não teve opositores à altura?
Não, nada
disso. Os nossos adversários merecem todo o respeito e têm todo o mérito naquilo
que fizeram. Nós apenas pensámos em nós, foi sempre assim desde o início.
Depois de ganharmos os primeiros jogos e de nos termos adiantado em termos de
pontuação já era muito difícil de nos parar.
“O nosso objectivo sempre foi ficar
em 1.º lugar”
Chegar
ao fim em 1.º lugar sempre foi o vosso objectivo?
Sim, desde o
início dos treinos o nosso objectivo era subir. Com o plantel que tínhamos era
impossível apontar para outra coisa mas sempre em cada treino que fazíamos e
cada jogo que disputávamos entrávamos com o objectivo de ser os melhores e de
melhorar jogo a jogo, treino a treino, e à medida que fomos ganhando
jogos passou a ser cada vez mais realista o nosso "sonho" de ser
campeões sem derrotas.
Em
termos colectivos a época não podia ter corrido melhor. E em termos pessoais
como foi?
Em termos
pessoais foi a época com menos minutos que fiz no Barreirense mas a cada jogo
que não jogava sabia que quem estava no meu lugar tinha trabalhado para tal e sabia
também que iam dar o máximo pela equipa, desde que a equipa ganhasse por mim
estava tudo bem.
O que
representa para ti o facto de seres capitão de equipa?
Ser um dos
capitães de equipa nunca foi o meu objectivo mas agradeço ao Mister João Nuno
pela confiança. Foi um prazer também representar esta equipa maravilhosa,
quando fui chamado para isso.
Esta
foi a tua segunda época como júnior, quer isso dizer que na próxima já és
sénior. Vais continuar no Barreirense?
Não sei, gostava
de continuar porque já estou há muitos anos no clube. Se tiver que sair não vai
ser fácil mas o futebol é mesmo assim. Há que seguir em frente e nunca baixar a
cabeça, se não ficar no Barreirense irei jogar para outro lado.
“Gostava de atingir outros patamares”
Quais
são os teus horizontes como jogador de futebol?
Gostava de ir
o mais longe possível como jogador e gostava de atingir outros patamares, mas o
futuro é uma incógnita. Para já há uma coisa que vou fazer, esforçar-me para
isso, vou tentar chegar lá com tudo o que tenho.
Gostarias
de acrescentar algo mais ao que já foi dito?
Gostava de
agradecer primeiro aos meus colegas destes dois últimos anos, sem eles isto não
era possível acontecer, sozinho ninguém ganha nada no futebol. Quero também dizer
que foi um prazer partilhar o balneário e o campo com eles porque formámos um
grupo espectacular tanto no primeiro ano de juniores como no segundo. Quero também
agradecer à equipa técnica por me terem ensinado muita coisa daquilo que sei
hoje, por fazerem a equipa de juniores jogar um futebol vistoso, bonito e
agradável de se ver. Agradecer também aos directores, à Sandra que fez tudo por
nós, só não fez o que não conseguiu, esteve sempre do nosso lado e nós
sempre fomos a prioridade para ela e agradecer também aos outros directores os
Fernandos, o Pedro Guerreiro e ao Sr. Nuno, por também nos terem aturado. E,
por fim, deixar uma palavra à minha família que ia ver todos os jogos e me
apoiavam sempre, um grande obrigado a eles porque sem eles eu não era nada.