RODRIGO VEIGAS»» Guarda-redes especialista em defender penaltis - JORNAL DE DESPORTO

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quarta-feira, 21 de março de 2018

RODRIGO VEIGAS»» Guarda-redes especialista em defender penaltis

Aos 16 anos já jogava nos seniores do Desportivo Portugal…

DEFENDEU CINCO DOS SEIS PENALTIS ASSINALADOS CONTRA A SUA EQUIPA

Começou a jogar futsal aos seis anos, mais tarde quis experimentar o futebol de 11 e aos 16 anos estava a jogar na equipa sénior do Desportivo Portugal onde esta época se tem distinguido pelo facto de ter defendido cinco dos seis penaltis assinalados contra a sua equipa.

Estamos a falar de Rodrigo Veigas, um jovem de 18 anos, que ainda não pensou muito bem naquilo que quer vir a ser no futebol. Para já quer divertir-se dentro das quatro linhas ajudando os seus colegas mas ao mesmo tempo não esconde o seu desejo de poder vir a jogar na 1.ª Divisão Distrital, de onde já começaram a surgir convites.

Na entrevista que fizemos Rodrigo Veigas confessou que começou por jogar a central mas notava algo em si que o puxava para a baliza, experimentou, gostou e tornou-se num promissor guarda-redes especialista a defender penaltis…


“Quando se tem um adversário a olhar-nos nos olhos passa-nos muita coisa pela cabeça”

Qual a sensação que um guarda-redes sente quando defende um penalti?
É uma sensação muito boa, quando se defende um penalti para ajudar a equipa tem sempre um sabor especial

O que pensa um guarda-redes no momento em que vê o adversário na marca dos 11 metros?
Quando se tem um adversário a olhar-nos nos olhos passa-nos muita coisa pela cabeça, como por exemplo: “vai para esquerda ou para a direita, fico no meio da baliza”, mas tudo depende da forma do adversário encarar a marca dos 11 metros.


“Há truques para se perceber a forma como um jogador marca um penalti”

Há algo de especial em ti que permite adivinhar para onde o adversário vai atirar a bola?
Muito trabalho durante a semana nos treinos, graças ao mister Matos que me ensinou alguns truques para se perceber a forma como um jogador marca um penalti. São coisas que às vezes não dá para explicar, a forma como o jogador se posiciona, estar sempre atento para onde ele olha quando recua para ganhar balanço e até mesmo perceber o seu pé preferido ajuda e conta muito.

Por que razão escolheste a posição de guarda-redes?
Na altura quando comecei no futebol jogava como central, mas sempre tive algo que me chamava para a baliza quando jogava na brincadeira com os amigos. Quando comecei no futebol apenas tínhamos um guarda-redes no plantel, eu via-o a treinar sozinho e um dia pensei ir treinar também com ele para lhe fazer companhia e o apoiar. A experiência correu bem e hoje posso dizer que aprendi muito com isso.



Propostas de outros clubes

Tendo em conta as boas exibições feitas esta época ainda não recebeste convites para representar outros clubes?
Na verdade já recebi duas propostas para ir para outros clubes, uma delas tive de rejeitar por motivos de ordem profissional, não dava para conciliar os treinos com o trabalho. A outra tive que recusar por outras razões mas é evidente que gostava de jogar na 1.ª Divisão Distrital.

Qual tem sido o teu percurso de jogador?
Comecei a jogar futsal com 6 anos de idade, estive 8 anos no São Francisco, o clube da minha terra. Depois quis experimentar o futebol 11, e com 16 anos de idade estava a jogar nos seniores do Desportivo de Portugal.

Quais são os teus objectivos enquanto jogador de futebol?
Como jogador de futebol ainda não pensei muito bem o que quero mesmo, é verdade. Por agora quero disfrutar e divertir-me dentro das quatro linhas ajudando os meus colegas.



Os agradecimentos aos colegas e ao mister

Há algo mais que queiras referir?

Quero agradecer aos meus colegas e ao mister Matos pelo que fizeram por mim e pelo que me ensinaram. Se não fossem eles a dar-me força e a puxar por mim nunca teria aprendido o que aprendi até hoje. É sempre bom e muito importante começar a jogar futebol com 16 de idade numa equipa sénior, os mais velhos dão-nos muito apoio e muita força para subirmos pessoalmente e colectivamente. Hoje, com 18 anos, posso dizer que já aprendi bastante no futebol e não tenho medo de enfrentar qualquer desafio. Quando entro em campo com os meus colegas é sempre para vencer, nunca me passa pela cabeça perder um jogo. Seja frente ao primeiro ou ao último classificado, só a vitória interessa. Espero um dia poder jogar no mínimo na 1.ª Divisão Distrital, confesso que tenho capacidades para isso. Neste momento terei que ficar parado pelo menos durante um mês devido a uma lesão nos ligamentos que sofri num treino mas nada me fará desistir de jogar porque adoro o que faço.

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