Aos 16 anos já jogava nos seniores do Desportivo Portugal…
DEFENDEU CINCO DOS SEIS PENALTIS ASSINALADOS CONTRA A SUA
EQUIPA
Começou
a jogar futsal aos seis anos, mais tarde quis experimentar o futebol de 11 e
aos 16 anos estava a jogar na equipa sénior do Desportivo Portugal onde esta
época se tem distinguido pelo facto de ter defendido cinco dos seis penaltis
assinalados contra a sua equipa.
Estamos
a falar de Rodrigo Veigas, um jovem de 18 anos, que ainda não pensou muito bem
naquilo que quer vir a ser no futebol. Para já quer divertir-se dentro das
quatro linhas ajudando os seus colegas mas ao mesmo tempo não esconde o seu
desejo de poder vir a jogar na 1.ª Divisão Distrital, de onde já começaram a
surgir convites.
Na
entrevista que fizemos Rodrigo Veigas confessou que começou por jogar a central
mas notava algo em si que o puxava para a baliza, experimentou, gostou e tornou-se
num promissor guarda-redes especialista a defender penaltis…
“Quando se tem um
adversário a olhar-nos nos olhos passa-nos muita coisa pela cabeça”
Qual a sensação que
um guarda-redes sente quando defende um penalti?
É
uma sensação muito boa, quando se defende um penalti para ajudar a equipa tem
sempre um sabor especial
O que pensa um
guarda-redes no momento em que vê o adversário na marca dos 11 metros?
Quando
se tem um adversário a olhar-nos nos olhos passa-nos muita coisa pela cabeça, como
por exemplo: “vai para esquerda ou para a direita, fico no meio da baliza”, mas
tudo depende da forma do adversário encarar a marca dos 11 metros.
“Há truques para se
perceber a forma como um jogador marca um penalti”
Muito
trabalho durante a semana nos treinos, graças ao mister Matos que me ensinou
alguns truques para se perceber a forma como um jogador marca um penalti. São
coisas que às vezes não dá para explicar, a forma como o jogador se posiciona, estar
sempre atento para onde ele olha quando recua para ganhar balanço e até mesmo
perceber o seu pé preferido ajuda e conta muito.
Por que razão
escolheste a posição de guarda-redes?
Na
altura quando comecei no futebol jogava como central, mas sempre tive algo que
me chamava para a baliza quando jogava na brincadeira com os amigos. Quando
comecei no futebol apenas tínhamos um guarda-redes no plantel, eu via-o a
treinar sozinho e um dia pensei ir treinar também com ele para lhe fazer
companhia e o apoiar. A experiência correu bem e hoje posso dizer que aprendi
muito com isso.
Propostas de outros
clubes
Tendo em conta as
boas exibições feitas esta época ainda não recebeste convites para representar
outros clubes?
Na
verdade já recebi duas propostas para ir para outros clubes, uma delas tive de
rejeitar por motivos de ordem profissional, não dava para conciliar os treinos
com o trabalho. A outra tive que recusar por outras razões mas é evidente que gostava
de jogar na 1.ª Divisão Distrital.
Qual tem sido o teu
percurso de jogador?
Comecei
a jogar futsal com 6 anos de idade, estive 8 anos no São Francisco, o clube da
minha terra. Depois quis experimentar o futebol 11, e com 16 anos de idade estava
a jogar nos seniores do Desportivo de Portugal.
Quais são os teus
objectivos enquanto jogador de futebol?
Como
jogador de futebol ainda não pensei muito bem o que quero mesmo, é verdade. Por
agora quero disfrutar e divertir-me dentro das quatro linhas ajudando os meus
colegas.
Os agradecimentos aos
colegas e ao mister
Há algo mais que
queiras referir?
Quero
agradecer aos meus colegas e ao mister Matos pelo que fizeram por mim e pelo
que me ensinaram. Se não fossem eles a dar-me força e a puxar por mim nunca
teria aprendido o que aprendi até hoje. É sempre bom e muito importante começar
a jogar futebol com 16 de idade numa equipa sénior, os mais velhos dão-nos
muito apoio e muita força para subirmos pessoalmente e colectivamente. Hoje, com
18 anos, posso dizer que já aprendi bastante no futebol e não tenho medo de
enfrentar qualquer desafio. Quando entro em campo com os meus colegas é sempre
para vencer, nunca me passa pela cabeça perder um jogo. Seja frente ao primeiro
ou ao último classificado, só a vitória interessa. Espero um dia poder jogar no
mínimo na 1.ª Divisão Distrital, confesso que tenho capacidades para isso.
Neste momento terei que ficar parado pelo menos durante um mês devido a uma
lesão nos ligamentos que sofri num treino mas nada me fará desistir de jogar
porque adoro o que faço.