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sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

DESPORTIVO FABRIL»» A parte que faltava ouvir

Flávio Santos explica as razões da sua saída…

 “SAÍ APENAS POR ME SENTIR ULTRAPASSADO PELO PRESIDENTE”  

Depois de termos emitido o ponto de vista da direcção e dos jogadores, sobre as ocorrências despoletadas no início da semana no Desportivo Fabril, impunha-se ouvir também o treinador Flávio Santos.

“A minha saída e a saída dos jogadores são dois processos completamente diferentes mas que se cruzam, como é óbvio. A direcção dispensou sete jogadores e depois saíram mais oito por solidariedade para com os companheiros e em rotura com a tomada de posição da direcção. A minha situação é diferente, sai apenas por me sentir ultrapassado pelo presidente. Senti-me ultrapassado porque a decisão que tomou só me foi comunicada posteriormente. Como não estava de acordo, transmiti isso ao presidente e comuniquei-lhe que ia sair”, começou por dizer Flávio Santos.


“Continuo a ter a mesma estima e consideração pelo presidente”

"O presidente está lá para tomar as decisões, as fáceis e as difíceis, quer nós concordemos ou não com elas, porque é o órgão máximo do clube e foi eleito pelos sócios. Pessoalmente, nada tenho contra o Faustino Mestre, pessoa por quem tenho todo o respeito, estima, simpatia e de quem aliás sou amigo. Neste caso ele tomou uma decisão com a qual eu não concordei, embora a respeite, e como tal não podia aceitá-la de ânimo leve. Não guardo rancor nenhum e continuo a ter a mesma estima e consideração pelo presidente e a gostar do clube, como sempre”, realçou.


“Nunca atirei a toalha ao chão”

"Tínhamos um grupo de 23 jogadores de muita qualidade e nos últimos seis jogos havíamos conseguido cinco vitórias e um empate, e a equipa estava num bom momento. Portanto, os resultados nada têm a ver com esta novela, que me entristece. Tínhamos nove pontos de atraso é certo mas o grupo estava unido e ainda faltavam disputar 51. Nunca atirei a toalha ao chão e nunca deixei de acreditar no projecto”, fez questão de frisar Flávio Santos que confessou ainda que “esta foi a decisão mais difícil que tive de tomar na minha carreira de treinador mas agi de acordo com os princípios e com os valores que os meus pais me deram”.