Flávio Santos explica as razões da sua saída…
“SAÍ APENAS POR ME
SENTIR ULTRAPASSADO PELO PRESIDENTE”
Depois de termos emitido o ponto de vista da direcção e
dos jogadores, sobre as ocorrências despoletadas no início da semana no
Desportivo Fabril, impunha-se ouvir também o treinador Flávio Santos.
“A minha saída e a saída dos jogadores são dois processos
completamente diferentes mas que se cruzam, como é óbvio. A direcção dispensou
sete jogadores e depois saíram mais oito por solidariedade para com os
companheiros e em rotura com a tomada de posição da direcção. A minha situação
é diferente, sai apenas por me sentir ultrapassado pelo presidente. Senti-me ultrapassado
porque a decisão que tomou só me foi comunicada posteriormente. Como não estava
de acordo, transmiti isso ao presidente e comuniquei-lhe que ia sair”, começou
por dizer Flávio Santos.
“Continuo
a ter a mesma estima e consideração pelo presidente”
"O presidente está lá para tomar as decisões, as fáceis e
as difíceis, quer nós concordemos ou não com elas, porque é o órgão máximo do
clube e foi eleito pelos sócios. Pessoalmente, nada tenho contra o Faustino Mestre,
pessoa por quem tenho todo o respeito, estima, simpatia e de quem aliás sou amigo.
Neste caso ele tomou uma decisão com a qual eu não concordei, embora a
respeite, e como tal não podia aceitá-la de ânimo leve. Não guardo rancor nenhum
e continuo a ter a mesma estima e consideração pelo presidente e a gostar do
clube, como sempre”, realçou.
“Nunca
atirei a toalha ao chão”
"Tínhamos um grupo de 23 jogadores de muita qualidade e
nos últimos seis jogos havíamos conseguido cinco vitórias e um empate, e a equipa
estava num bom momento. Portanto, os resultados nada têm a ver com esta novela,
que me entristece. Tínhamos nove pontos de atraso é certo mas o grupo
estava unido e ainda faltavam disputar 51. Nunca atirei a toalha ao chão e nunca
deixei de acreditar no projecto”, fez questão de frisar Flávio Santos que
confessou ainda que “esta foi a decisão mais difícil que tive de tomar na minha
carreira de treinador mas agi de acordo com os princípios e com os valores que
os meus pais me deram”.