Paula Martins trabalha vertente psicológica…
SEIXAL CLUBE 1925 APOSTA NA FORMAÇÃO DOS SEUS TREINADORES
Com o intuito de passar os melhores ensinamentos aos seus atletas,
o Seixal Clube 1925 aposta na formação dos seus treinadores. Nessa base, criou
uma parceria com a Dra. Paula Martins, para trabalhar no reforço da vertente
psicológica, através de palestras de Mental Coach.
Paula
Martins é certificada com o curso de gestão de recursos humanos, tem duas pós
graduações em coaching, trabalhou durante 25 anos em empresas nacionais e
multinacionais como directora de recursos humanos e actualmente tem a sua
empresa onde trabalha com adultos empresários e adolescentes na área do
coaching.
No
Seixal a sua primeira acção de formação decorreu no passado sábado, dia 14 de
Outubro, no auditório da junta de freguesia e o Jornal de Desporto não perdeu a
oportunidade para falar com Paula Martins, que é também coach de uma atleta de
alta competição.
“Não é por acaso que os clubes de referência têm um
profissional para cada área”
Como surgiu a ideia de estabelecer esta
parceria?
Através
de um treinador do Seixal que é meu amigo e foi meu colega de escola. Eu também
acompanho, enquanto coach, uma atleta de alta competição, na conversa que
tivemos falámos sobre isso e chegámos à conclusão que poderia ser interessante estabelecer
uma parceria entre o Seixal Clube 1925 e a Paula Martins, enquanto coach, para
acompanhar os atletas e os treinadores.
"A acelerada competitividade de qualquer modalidade desportiva, exige por parte dos técnicos e desportistas um conjunto de habilidades, atitudes e modelos de treino que terão de ir mais além do que a componente meramente técnico-táctica."
Considera importante que nos dias de hoje os
clubes tenham um mental coach?
Eu
diria que é fundamental. Qualquer clube precisa de ter alguém que acompanhe os
atletas e os treinadores, em toda esta componente do coach porque a competição
obriga que os atletas estejam bem e devidamente equilibrados, e o mental coach
ajuda muito em toda esta situação. É um trabalho que leva algum tempo a fazer porque
primeiro há que conhecer os atletas para depois tentar que eles consigam efectivamente
encontrar o seu equilíbrio emocional. Não é por acaso que os clubes de
referência têm um profissional para cada área e faz todo o sentido que assim
seja porque enquanto seres humanos não somos pessoas perfeitas e extremamente
completas.
Esta é uma acção só para treinadores?
Sim, esta é específica para treinadores
mas depois iremos fazer outras que serão dirigidas aos atletas. Há situações
que se tocam mas de uma forma geral terão que ser direccionadas de forma
diferente, como se compreende.
“Este trabalho tem que ser feito com alguma
duração e persistência porque não somos robots”
E os resultados quando começam a aparecer?
Este tipo
de acompanhamento, do ponto de vista psicológico, demora o seu tempo. Nós, como
seres humanos, somos adversos à mudança, temos alguma dificuldade em
transformar as coisas nas nossas vidas, no nosso comportamento e na nossa maneira
de ser, Por isso, este trabalho de coaching tem que ser feito com alguma
duração e também com alguma persistência porque estamos a falar com seres
humanos e não com robots. As pessoas demoram a fazer mudanças de comportamento,
esta é a realidade. Vamos começar agora a trabalhar mas espero a curto prazo
poder ver já alguns resultados.
Nesta sua primeira experiência aqui no Seixal
há algo mais que gostasse de salientar?
Gostaria
de salientar a sensibilidade que o clube teve para este acompanhamento porque
sabemos que de uma forma geral isto não acontece nos clubes da região. Como já
disse é fundamental ter alguém que acompanhe os treinadores e os atletas neste
vertente do mental coach.
Hugo Rodrigues, vice-presidente:
“O nosso projecto desportivo é isto mesmo,
formar jogadores, dirigentes e treinadores”
Hugo
Rodrigues, vice-presidente do clube, a anteceder a primeira acção de formação salientou
a importância da iniciativa que é inovadora.
“O
nosso projecto desportivo é isto mesmo, formar jogadores, dirigentes e
treinadores. Quanto mais preparados estiverem mais aptos ficam para preparar os
atletas. O Seixal quer fazer um trabalho sério e digno, não queremos ser os
melhores mas procuramos ser diferentes, pela qualidade e pela simpatia”.
Hugo
Rodrigues aproveitou também a oportunidade para enaltecer o trabalho desenvolvido
pelos treinadores que no seu entender “estão a fazer magia”.
24 equipas a treinar num só campo
“Quando
pensámos em ter seniores e alargar o número de equipas no futebol de formação
foi-nos prometido um segundo campo que ainda não está pronto mas nós não
desistimos e, neste momento, temos 24 equipas a treinar num só campo, após as
18h30m. Não me perguntem com isto é possível, apenas direi que é uma realidade.