Num claro desconhecimento das regras…
ÁRBITRO NÃO PERMITE MAIS QUE TRÊS SUBSTITUIÇÕES QUANDO NA
VERDADE PODEM SER FEITAS CINCO
O futebol é fértil em surpresas mas o que se passou no
passado domingo no decorrer do jogo entre o Zambujalense e o Ginásio de
Corroios, a contar para a segunda jornada do Campeonato Distrital da 2.ª
Divisão de seniores da Associação de Futebol de Setúbal é de bradar aos céus.
O protagonista foi o trio de arbitragem chefiado por Cristiano
Lopes que, demonstrando puro desconhecimento das regras, não permitiu que as
equipas fizessem mais que três substituições, quando na verdade podem fazer
cinco, desde que duas delas sejam feitas antes do apito inicial para a segunda
parte.
Os dirigentes das duas equipas alertaram para este facto
mas o trio de arbitragem manteve a sua decisão e o jogo foi prosseguindo sem
que os treinadores pudessem fazer as desejadas substituições.
Resultado, no final ambas as equipas resolveram protestar
o jogo alegando falta de conhecimento das regras por parte da equipa de
arbitragem que, ao que consta, é nova na AF Setúbal.
Aliás, este foi o segundo jogo que Cristiano Lopes apitou
no Campeonato Distrital da 2.ª Divisão. O primeiro foi na jornada anterior no
Estádio do Bravo onde o Seixal recebeu o C. Piedade ‘B’ tendo aí cada uma das
equipas feito apenas três substituições.
“Árbitro
mostrou desconhecimento das regras”
A propósito, Pedro Silva, treinador do Zambujalense disse
ao nosso jornal que “as duas equipas protestaram o jogo devido à ignorância do
árbitro que mostrou desconhecimento das regras. Achou que só era possível efectuar
três substituições limitando assim as opções das duas equipas que podem fazer
cinco substituições, desde que duas delas sejam até ao intervalo”.
“Não
se pode estar na mesma competição com regras diferentes”
Estupefacto ficou também o treinador do Ginásio de Corroios,
Rui Cipriano.
“É ridículo que isto tenha acontecido numa competição
oficial, só demonstra falta de competência por parte do árbitro. A minha equipa
sente-se lesada, assim como o Zambujalense. Eu fiz uma substituição ao
intervalo e o meu colega fez duas com o intuito de guardar as outras para a 2.ª
parte com o objectivo de refrescar as equipas
e o árbitro entendeu que não podíamos fazer mais de três, no total. Tanto
nós como a equipa adversária alertámos para esse facto mas o árbitro disse que
não, que a regra era assim. As coisas têm
que ser revistas porque nos sentimos prejudicados em relação aos adversários
que jogaram nos outros jogos. Há aqui qualquer coisa que não bate certo, não se
pode estar na mesma competição com regras diferentes”.