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terça-feira, 15 de agosto de 2017

CASA DO BENFICA SEIXAL»» Grandes expectativas para a nova época

Ricardo Brasil, capitão de equipa…

COM A QUALIDADE DOS JOGADORES QUE TEMOS PORQUE NÃO PENSAR EM SER CAMPEÃO?  

A Casa do Benfica no Seixal já começou a trabalhar para a nova época desportiva, que se apresenta com algumas novidades. Um novo treinador, novos jogadores e um novo local para a realização dos jogos na condição de equipa visitada que, em vez do Casal do Marco, passa agora a ser o polidesportivo do Clube Recreativo e Desportivo das Cavaquinhas.

Depois de ter falado com o novo treinador [Pedro Teixeira] e com os novos jogadores [André Reis, João Pedro Rodrigues e Hugo Ribeiro], o nosso jornal falou agora com o capitão de equipa Ricardo Brasil.

Na conversa que tivemos Ricardo Brasil falou do uso da braçadeira, daquilo que espera da nova época desportiva, da mudança do Casal do Marco para as Cavaquinhas, do novo treinador, dos novos jogadores e dos objectivos para 2017 / 2018.


“Braçadeira é um pedaço de pano, ser capitão está na inteligência emocional de cada um”

Ricardo Brasil é o capitão da equipa. O que representa para si, a braçadeira que transporta no braço?
Antes de mais, gostava de aproveitar o momento para agradecer ao José Pina pelo facto de estar a fazer um excelente trabalhar na promoção do desporto na região. Um trabalho sério, envolto de muita dedicação e profissionalismo. Tem a minha admiração. Relativamente à pergunta que me faz, eu sempre partilhei o mesmo pensamento com todos os elementos das equipas em que fui capitão, a braçadeira é um pedaço de pano à volta do braço de um atleta. Ser capitão é uma questão de atitude, de saber lidar e gerir as várias personalidades que estão inseridas no trabalho de grupo. Portanto capitão pode ser qualquer um, podem ser vários até dentro da mesma equipa e a CBS é um desses casos. Jogadores como o João Marcelino, Hugo Faria, Fernando Faleiro, Ruben Brites (que se retirou este ano), Miguel Braz (que já foi um atleta com quem partilhei balneário nesta equipa) têm postura e atitude de capitão, dentro e fora de campo, com ou sem uso de braçadeira. Com isto quero dizer que a braçadeira para mim é uma questão protocolar e criada pelas leis do jogo, no entanto o seu verdadeiro significado é uma questão de compromisso e amizade para com todos os elementos da estrutura de um clube. No meu caso, com ou sem braçadeira, comprometo-me a 100% com as pessoas com quem trabalho diariamente, uma disponibilidade que por muitas vezes passa do mundo do futsal para o pessoal, que até hoje me deu imensas amizades fortes. Repito, braçadeira é um pedaço de pano, ser capitão está na inteligência emocional de cada um.


“A nova época desportiva promete”

A nova época desportiva está a começar. O que é que espera dela?
A nova época desportiva promete. Por duas razões, a primeira porque vai ser o começar de um trabalho para atingirmos todos os nossos objectivos, ser campeão em todas as competições que participarmos. Demasiado ambicioso? Claro que não, no começo do campeonato começamos todos com os mesmos pontos e se trabalharmos afincadamente temos todas as hipóteses de singrar. A segunda, porque vamos começar a trabalhar com um novo treinador que tem alguma experiência de futsal a nível nacional e promete trabalhar e evoluir a equipa a nível táctico. Aproveito para voltar a dar as boas-vindas ao Pedro Teixeira e deixar um abraço se saudade ao José Glória, antigo treinador deste emblema que tanto lutou por nós.


A mudança para as Cavaquinhas

Considera positiva a mudança do local da realização dos jogos em casa do Casal do Marco para as Cavaquinhas?
Com toda a sinceridade? É uma questão de localização. Apesar de já não dividirmos campo com o Casal do Marco (que ambiciona revalidar o título que tanto queremos), o essencial é o trabalho e a dedicação, seja nas Cavaquinhas ou no Casal do Marco. O campo continua rectangular e com duas balizas, as bolas continuam a ser redondas, o que interessa é a forma como trabalhamos!




O novo treinador e os reforços

Como é que os jogadores estão a encarar a entrada do novo treinador?
Encaram com bastante respeito. A nível colectivo está tudo agradado pela experiência e conhecimento que vai trazer à equipa. A nível individual há agora que mostrar toda a vontade de trabalhar, todo o potencial para que sejam dadas oportunidades em campo. Saindo do politicamente correcto, uma motivação extra para quem tinha menos minutos e que agora tem oportunidade de se fazer valer num novo sistema táctico, com um novo treinador.

E os jogadores vão tornar a equipa mais forte?
Claro que sim. Tivemos saídas de jogadores muito talentosos e agora recebemos o André Reis e o João Pedro Rodrigues para nos ajudar a chegar ao título. Confesso que sempre fui um admirador do André Reis, com o número 7 nas costas fez muito pela equipa das Laranjeiras. O João Pedro tive oportunidade de o enfrentar num torneio e fiquei realmente impressionado com o seu poderio físico e faro pelo golo. Um abraço aos dois.



“Nos últimos 3 anos passámos de uma equipa que levava bolada a candidato ao título”


Na época passada a Casa do Benfica terminou a I Liga em 3.º lugar. E para a nova época já foram traçados os objectivos?

Um terceiro lugar na tabela, que foi um segundo dentro de campo. Os pontos que nos tiraram por uma questão de disciplina fizeram a diferença. Como já referi anteriormente, a nossa cultura transformou-se muito nos últimos 3 anos. Passamos de uma equipa que "levava bolada" a candidato ao título da primeira divisão, e quando tens jogadores como Leo, David Tavares, Mika, Daniel Silva, Marcelino, Diego, Faria, Peskas, e muitos outros, como não ambicionar ser campeão? É tão simples quanto isto. Condições, treinadores e jogadores param sermos campeões, temos. Só falta a parte dura, o trabalho semanal para nos trazer 3 pontos de cada vez. Gostava de fechar esta entrevista com um abraço ao Paulo Lopes, o nosso presidente e ao Mário Coelho, que tanto lutam para que tenhamos as melhores condições de trabalho. Obrigado e um abraço a todos.