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quarta-feira, 23 de agosto de 2017

BRUNO DOS SANTOS»» Um talento que merece os melhores palcos

No Barreiro é conhecido como o Messi da Margem Sul…

CRAQUE TEM O DOM MAS O TEMPERAMENTO IRREVERENTE NÃO O DEIXOU VOAR MAIS ALTO

Bruno dos Santos, é um jovem futebolista de grande qualidade que tem por objectivo ser profissional de futebol. 

Na época passada representou o Moitense mas no início desta época surgiu uma possibilidade e foi para o Sertanense, equipa que participa no Campeonato de Portugal (Série C). 

A nível desportivo as coisas estavam a correr bem mas o clube falhou nas condições que havia proposto e o regresso às origens foram inevitáveis.

Sabendo da situação José Meireles lançou-lhe o repto e Bruno dos Santos acabou por ingressar no Banheirense adiando assim por algum tempo o sonho de enveredar pelo futebol profissional.

Na entrevista que concedeu ao nosso jornal Bruno dos Santos conta em pormenor o que se passou na Sertã, falou do seu ingresso no Banheirense, do seu temperamento irreverente que o terá impedido de dar o salto para um clube de maiores dimensões, da posição onde mais gosta de jogar e das suas referências no mundo do futebol. 



“Sertanense não cumpriu com as condições estabelecidas”

No final da época passada foste contratado pelo Sertanense, mas agora o teu nome surge no plantel do Banheirense. O que se passou na realidade?
O que se passou foi que o clube que me contratou não cumpriu com as condições estabelecidas. É verdade que houve um grande interesse do Sertanense, mais concretamente do treinador, para eu fazer parte do plantel nesta época que arrancou e, verdade seja dita, eu acreditava no projecto que me parecia interessante. Iniciei a pré-época, joguei e estava a prestar serviço como o pretendido e com qualidade, até ai tudo bem. Só que a estadia que o clube estabeleceu ficou muito aquém do prometido e financeiramente, falaram uma verba e, no fim, acabei por ver quase zero do que estabeleceram anteriormente. Não poderia continuar num local onde, apesar de eu estar a gostar de lá jogar, iria ter poucas condições para ter uma vida diária. Houve pouca falta de vontade e sinceridade para me dizerem que as condições não iriam ser muitas.

A estadia que o clube estabeleceu ficou muito aquém do prometido. Financeiramente, falaram uma verba e, no fim, acabei por ver quase zero. 

Ficaste triste com a situação, certamente…
Acima de tudo, fiquei desiludido porque um atleta jovem tem sempre o sonho de ser jogador de futebol profissional e eu não fujo à regra. Existe aquele sentimento de revolta, ao fim ao cabo, porque não é por falta de competência do atleta, mas sim de terceiros.


“Digo, com toda a confiança, vou ser um grande reforço para o clube”

E, como surgiu a hipótese de ingressares no Banheirense?
Foi através do treinador, que me conhece há muitos anos, através do Barreirense, onde joguei na minha formação. Eu conheço o mister José Meireles também do Barreirense porque era treinador enquanto eu estive lá. Cheguei a fazer um jogo orientado por ele, nos juvenis (quando ainda era iniciado) e sempre vi o mister Meireles como uma referência porque é um treinador com muita qualidade, dentro e fora do campo, foram esses factores que me levaram a ingressar no Banheirense. Gostei muito da família Banheirense desde do primeiro momento em que convivi com os atletas, que jogaram comigo, na formação do Barreirense e Fabril, dos directores que foram 5 estrelas quando ingressei no clube, equipa técnica, presidente, roupeiro e todo o meio envolvente do Banheirense. Apesar de ter tido alguns convites de equipas fortes do nosso campeonato, a minha escolha foi, de imediato, o Banheirense porque sinto que aqui, vou-me sentir integrado no grupo.

Sei que vou ter algum peso por ser um reforço de qualidade para o Banheirense. Não vou deixar ficar mal o clube e os adeptos.

E que esperas fazer esta época?
Esta época, a nível colectivo, espero ajudar o Banheirense a atingir os objectivos traçados. A nível pessoal, espero continuar a mostrar a qualidade que tenho com a bola nos pés, o meu toque de bola e a minha qualidade técnica, espero fazer muitas assistências para os meus colegas e quero fazer muitos golos com a camisola do Banheirense. Sei que vou ter algum peso por ser um reforço de qualidade para o Banheirense e não vou deixar ficar mal o clube e os adeptos. Os adeptos do Banheirense podem esperar um Bruno moralizado, mais experiente, irreverente e fazer a diferença com golos e jogadas muito boas. Digo, com toda a confiança, que vou ser um grande reforço para este clube.



“Lesão e comportamento não permitiram que desse o salto”

Nas camadas jovens eras considerado um jogador talentoso e promissor. Nunca tiveste oportunidade de ingressar num dos chamados grandes?
Eu tive muitas oportunidades de ingressar em clubes grandes. Houve interesse do V. Setúbal e do Belenenses quando jogava futebol 7 mas, na altura, os meus pais tinham sempre a última palavra acerca do meu futuro e entenderam que não era uma boa mudança para mim, porque estava num clube que era a minha casa e onde me sentia bem. Mais tarde, já em futebol 11, surgiu o interesse do Benfica que permaneceu durante os escalões de Iniciados e Juvenis mas eu tive uma lesão, que me impossibilitou de jogar uma temporada completa e não consegui dar o salto. Mas não foi só por isso, o meu comportamento irreverente também contribuiu para isso. Sabia que tinha capacidade de resolver jogos e então fazia o que queria nos treinos e nos jogos, não defendia. Quando me apetecia é que dava o que queria, mandava vir com os meus colegas se as coisas não estivessem a correr bem, discutia com os treinadores e, por vezes, acabava muitas vezes, durante a semana, por ir tomar banho mais cedo. Estes factores não podem acontecer num atleta, que por muita qualidade que tenha não chega a lado nenhum. Quem quer ser jogador de futebol não pode proceder assim e eu sou exemplo disso, podia ser alguém e não sou. Em contrapartida, sempre fui amigo dos meus colegas e bom colega de equipa, mesmo tendo um feitio especial

Sabia que tinha capacidade de resolver jogos e então fazia o que queria nos treinos e nos jogos...

E hoje ainda continuas assim?
A maneira de ser nunca muda mas molda-se através dos erros que se cometem ao longo do tempo, temos que nos controlar. É assim que eu sou agora!!!


“Onde mais gosto de jogar é a médio ofensivo”

És um jogador de características ofensivas. Em que posição gostas mais de jogar?
A minha posição de raiz, onde gosto de jogar e onde rendo mais é a médio ofensivo, segundo avançado. Joguei ai na minha formação mas depois comecei a jogar na linha, mais preferencialmente do lado direito do ataque.

Para terminar esta nossa conversa. Tens alguma referência no futebol profissional?
Sim tenho várias referências no futebol, gosto muito do Messi, Iniesta, Pizzi, Bruno Fernandes, Oliver Torres, Brahimi, Kroos, Hulk, Payet, Iuri Medeiros, Mahrez, David Silva, João Mário, Sigurdsson, Krovinovic, William Carvalho, Jonas e Rooney. Como treinadores, admiro muito o Jorge Jesus.