Monte de Caparica queixa-se da arbitragem...
MOITENSE VENCE COM GOLO MARCADO DE PENALTI EM TEMPO DE COMPENSAÇÃO
O Moitense não teve tarefa fácil para derrotar o Monte de
Caparica na partida realizada no Juncal Desportos a contar para a 27.ª jornada
do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão.
O Monte de Caparica, a precisar de pontos como de pão para a
boca, adoptou uma estratégia que assentava essencialmente no reforço do seu
sector mais recuado para travar o ímpeto ofensivo dos jogadores da equipa da
casa que iriam por certo fazer tudo para chegar ao golo.
E foi assim que o jogo foi decorrende sem grandes oportunidades,
para ambos os lados. As excepções foram
um remate à barra desferido por um jogador do Moitense logo no início da
partida e um penalti desperdiçado no decorrer da segunda parte por um jogador
do Monte de Caparica que, de quando em vez, também tentava a sua sorte em lances
de contra ataque.
O jogo aproximava-se do fim e ninguém havia marcado até que aos
90+4’ surgiu o lance polémico que decidiu o encontro, com o árbitro da partida a
assinalar uma grande penalidade que terá deixado muitas dúvidas quanto à sua veracidade
tanto por parte das gentes do Monte de Caparica como por parte das gentes da
Moita.
Depois da realização deste encontro o Moitense ocupa um
confortável 8.º lugar com 38 pontos enquanto
o Monte de Caparica se encontra na 13.ª posição com 22 pontos, envolvido na
luta pela manutenção.
Na próxima jornada, com jogos às 17 horas, o Moitense
desloca-se ao Montijo onde defronta o campeão e o Monte de Caparica, que tem
mais uma batalha na luta pela permanência, recebe o Banheirense no Campo Rocha
Lobo.
A OPINIÃO DOS TREINADORES…
OLÍVIO CORDEIRO, treinador do Moitense:
“Adversário jogou sempre com o bloco muito
baixo e com os 11 jogadores sempre atrás da linha da bola”
“Perante um adversário
que procurou de forma árdua por pontos, tivemos a nossa melhor oportunidade de
golo logo aos 5 minutos com um remate à trave onde na recarga um corte de um
jogador do Monte junto da baliza impediu que saíssemos na frente do marcador.
Daí até ao final
enfrentamos um Monte da Caparica a jogar com um bloco muito baixo com os 11
jogadores sempre atrás da linha de meio-campo e à procura de saídas em contra
ataque. Pecámos muitas vezes por más decisões no último passe e outras vezes na
finalização.
Num dos raros momentos
em que o Monte da Caparica já no segundo tempo chega à nossa baliza, fomos
penalizados com uma grande penalidade (duvidosa no meu ponto de vista),
felizmente o nosso guarda-redes defendeu.
Nunca perdemos a
concentração e procuramos vencer o jogo a jogar sempre com equilíbrio e atitude
de vencedores, onde ganhámos já nos descontos com uma grande penalidade (de
onde eu estava também me levantou algumas dúvidas) convertida pelo João Nuno. Vitória
justa.
JOSÉ MEIRELES, treinador do Monte de
Caparica:
“Houve quem não quisesse que
o Monte de Caparica pontuasse”
“Hoje, mais uma vez, houve quem não quisesse que o Monte de
Caparica pontuasse. Quero no entanto deixar claro que o Moitense nada tem a ver
com isto, trata-se simplesmente de perseguição de alguém que não gosta do MCAC.
Numa tarde bastante quente assistimos a um jogo
interessante no campo do Juncal. Nós a precisar de pontos devido à posição que
ocupamos na tabela classificativa demos a iniciativa de jogo aos da casa e
explorámos sempre que nos foi possível o contra ataque.
Penso que os meus jogadores interpretaram muito bem
aquilo que lhes foi pedido e conseguiram com a sua juventude contrariar uma
equipa bastante madura e experiente, não sendo de estranhar que até ao
intervalo só por uma vez o nosso adversário criou verdadeiro perigo na nossa
área levando a bola a embater na barra
Durante o intervalo limitei-me a pedir aos jogadores que
se mantivessem tranquilos e concentrados, se assim fosse iriamos atingir os
nossos objectivos, e, na realidade mantivemo-nos sempre concentrados e aos
poucos fomos saindo cada vez com mais perigo no meio campo adversário e foi
numa dessas investidas que ganhámos uma grande penalidade que viria a ser
desperdiçada, aos 65 minutos, teria sido importante fazer um golo aqui mas nem isso
perturbou os meus jogadores que continuaram a ser extremamente humildes na
busca não só de defender o resultado como de continuar na busca do golo.
No entanto ao minuto 90+4’ houve alguém que entendeu que
não poderíamos somar pontos hoje e então inventou uma falta que só ele viu, mesmo
os nossos adversários assumiram que não tinha havido nada que justificasse a
marcação da grande penalidade.
Mesmo em desvantagem os meus atletas não desistiram e no
derradeiro minuto (90+7’) poderiam ter chegado à igualdade mas a bola foi
defendida sobre a linha de golo pela defensiva contrária.
Por todas as dificuldades por que passamos e pelo que
trabalhamos penso que merecíamos pelo mesmo a divisão de pontos.
Quanto á equipa de arbitragem, nada a dizer dos
auxiliares mas quanto ao árbitro fica-me a dúvida se o que se passou hoje foi uma
perseguição ao clube ou se é uma perseguição à minha pessoa, ou simplesmente
nepotismo. Se for uma das primeiras é triste mas os fracos regem-se por estas
linhas. Se, por outro lado, é a última começamos a juntar um mais um e vimos
que os nossos 2 últimos jogos arbitrados por gente do núcleo Almada / Seixal
foram de um nepotismo gritante e é preocupante o que me leva a lamentar que o
Bruno Esteves como presidente deste núcleo esteja tão mal acompanhado”.