Banheirense foi sempre uma equipa pressionante…
FOI PRECISO ESPERAR PELO PERÍODO DE COMPENSAÇÃO PARA VER
GOLOS
No Municipal do Vale da Amoreira registou-se um dos cinco
empates da 13.ª jornada do campeonato distrital da 1.ª divisão que decorreu de
forma algo atípica e pouco normal.
E neste jogo disputado entre o União Banheirense e o Monte de
Caparica foi preciso esperar pelo período de compensação para ver golos, um
para cada lado, neste caso.
A precisar de pontos como de pão para a boca o Monte de
Caparica apresentou-se em campo com uma estratégia algo passiva que passava por
utilizar um bloco muito baixo e compacto.
Perante esta situação não restava outra alternativa ao
Banheirense que não fosse assumir o jogo e foi exactamente isso que aconteceu.
A equipa orientada por Rui Fonseca instalou-se no meio campo
contrário desenvolvendo constantes lances de ataque que entretanto não estavam
a surtir efeito ora por manifesto desacerto dos seus jogadores ou pelas
excelentes intervenções do guarda-redes do Monte de Caparica, Nuno Contradança,
que foi sem dúvida alguma um grande obstáculo para ao banheirenses.
O jogo foi decorrendo sempre assim até que já em período de
compensação a equipa da casa se coloca em vantagem com um golo de Ailton e
quando se pensava que o resultado estava feito eis que surge o empate,
estabelecido por Luís Almeida.
Para o Monte de Caparica o ponto conquistado foi ouro sobre
azul e para o Banheirense um desconsolo porque nada fazia prever que tal viesse
a acontecer…
Na próxima jornada o Banheirense viaja até ao Montijo para
defrontar o Olímpico e o Monte de Caparica recebe o U. Santiago.
A OPINIÃO DOS TREINADORES…
Rui Fonseca, treinador do U.
Banheirense:
“Fomos azarados mas haverá domingos em que seremos
felizardos”
“O empate como resultado final entristece-nos pois os
rapazes tudo fizeram para vencer a partida.
Como equipa jovem que somos, por vezes cometemos erros
que nos prejudicam no resultado final. Mas faz parte do processo evolutivo
destes jovens.
Hoje houve lugar a mais uma aprendizagem, não podemos
permitir que depois de chegar ao golo nos descontos soframos logo a seguir o
empate. Mas isto é o futebol no seu esplendor!
Hoje fomos uns azarados, mas de certeza que haverá
domingos em que seremos felizardos”.
JOSÉ MEIRELES, treinador do Monte
de Caparica:
“Empate foi um prémio
merecido para os meus jogadores”
“Sabíamos que não íamos ter uma partida fácil. Primeiro
porque o União tem sempre equipas bastante aguerridas e depois porque o Rui
trabalha sempre bem os seus grupos e isso veio-se a confirmar durante todo o
jogo mas a parte final foi imprópria para cardíacos.
Durante a palestra disse aos meus jogadores que primeiro
tínhamos que defender bem dando se necessário a iniciativa ao adversário e
quando tivéssemos a bola sairíamos rápido na procura do golo e foi o que
fizemos ao longo de toda a partida.
O União teve mais bola e domínio territorial (consentido),
mas nós também tivemos o mérito de não os deixar entrar na nossa zona defensiva
e sempre que o conseguiram, o nosso guardião esteve sempre à altura dos seus
adversários.
Quando aos 80 minutos ficámos reduzidos a 10, por
expulsão (certa) de Miranda, as coisas ficaram mais complicadas e, quando já
ninguém esperava, o União chegou à vantagem (90`+ 3`) numa jogada de
insistência pelo corredor esquerdo. Mas, como a minha equipa nunca baixa os
braços, ou desiste, acabámos por conseguir a igualdade dois minutos volvidos. Penso
que foi um prémio merecido para os meus jogadores que lutaram quando tiveram
que lutar e souberam sofrer quando tiveram que sofrer.