Hélder Rosa, presidente do clube…
“A
ÚLTIMA ÉPOCA FOI UMA DAS MELHORES DE SEMPRE”
Em Paio Pires existe o único
clube que se dedica à prática do ciclismo no concelho do Seixal.
Nasceu em Dezembro de 1996 e
ao longo dos seus 20 anos de existência têm sido muitos os atletas que têm
passado pelas suas fileiras, com assinalável sucesso.
O primeiro foi o saudoso
Bruno Castanheira [falecido em 2014] que atingiu o profissionalismo ao serviço
de vários clubes nacionais, depois outros de seguiram sendo Rafael Reis (FC
Porto) e Luís Fernandes (Sporting), que correram a última Volta a Portugal, os
casos mais recentes.
Vocacionado para a formação,
onde o treinador José Rosa tem desenvolvido um trabalho extraordinário, o clube
[que tem dado vários atletas às selecções nacionais e alimentado outras
agremiações em escalões superiores] possui ciclistas até à categoria de
juniores que têm dado muito boa conta de si.
Para Hélder Rosa, presidente
do clube, “a última época foi uma das melhores de sempre. A equipa de cadetes
foi a que mais se destacou com vitórias em provas internacionais, na volta a
Portugal da respectiva categoria e conquista da camisola azul, que simboliza o
Prémio da Montanha, no Troféu Alves Barbosa. Mas a equipa de juniores também
realizou uma época bastante positiva”.
Rodrigo
Caixas em destaque
A nível individual quem mais
se destacou foi Rodrigo Caixas, que venceu nove provas e esteve nomeado para os
prémios de melhor cadete do ano e cadete revelação de 2016, instituídos pela
Associação Roda na Frente, na categoria de cadetes e Claúdio Sousa no escalão
de juniores.
“Nós evitamos fazer
destaques individuais porque todos são importantes para o clube mas se há
alguém que se destaca é com a ajuda dos outros colegas, é assim que se
constitui uma equipa”, realçou o presidente do clube Hélder Rosa que fez também
questão de referir a existência das escolinhas que são constituídas por jovens
que se estão a iniciar na modalidade e que mais tarde vão alimentar os cadetes
e os juniores.
Muito
sacrifício e carolice
O apoio das autarquias e de
alguns patrocinadores da região tem sido fundamental para o desenvolvimento da
actividade mas mesmo assim “o que temos feito tem sido um autêntico milagre.
Tem havido muito sacrifício e muita carolice tanto por parte dos directores
como dos treinadores porque aqui no clube ninguém tem qualquer participação
financeira”, revelou o dirigente.
Em relação à nova época
desportiva Hélder Rosa confidenciou que “é uma incógnita porque há sempre
outros clubes a aliciar os nossos atletas. Quando alguém sobressai vêm cá e
atraiam-nos com promessas que depois não cumprem e alguns arrependem-se. De
qualquer forma, esperamos que os cadetes e os juniores mantenham o mesmo nível
de competição”.