Piedenses não foram em nada inferiores ao adversário…
CANARINHOS SÓ RESPIRARAM DE ALÍVIO NA COMPENSAÇÃO
O Cova da Piedade foi eliminado da Taça de Portugal pelo
Estoril ao perder no campo António Coimbra da Mota por 2-0, com golos de Ailton
e Bruno Gomes, mas saiu de cabeça erguida porque a equipa da I Liga só pode
respirar de alívio quando fez o segundo golo já em período de compensação (90+1’).
O treinador do Estoril, Fabiano Soares, preferiu manter a espinha dorsal da
equipa na recepção à equipa revelação da 2.ª Liga. O respeito pela
formação da Margem Sul, terceira do seu campeonato, estava bem patente,
registando-se apenas as entradas de Luís Ribeiro, Diakhité e Ailton como
elementos menos utilizados no onze habitual dos estorilistas.
As bases da partida foram desenhadas num ritmo muito baixo e nenhuma das equipas parecia capaz de criar perigo junto das balizas. Com o Cova da Piedade a adoptar uma postura mais expectante, os anfitriões assumiram, timidamente, o domínio do jogo. O primeiro sinal dessa intenção veio de Kléber, aos 10 minutos, num cabeceamento que saiu demasiado alto.
A monotonia acabou por ser quebrada aos 21 minutos, com o grande golo de Ailton. O lateral estorilista desferiu um potente remate de primeira a cerca de 30 metros da baliza de Guilherme Oliveira, que não conseguiu evitar o golo.
O tento revelou-se, verdadeiramente, um 'despertador', pois, a partir daí, o Estoril passou a jogar com maior dinâmica e a exercer um controlo efectivo e claro. Por outro lado, a equipa comandada por Sérgio Bóris acusou o 'golpe' e ficou ainda mais retraída.
A excepção surgiu por uma desatenção dos estilistas, com Diakhité e o guardião Luís Ribeiro a desentenderem-se, deixando quase a bola à mercê de Rui Varela.
Depois de perder, por lesão, Kléber, que cedeu o lugar a Bruno Gomes, o Estoril acabou por gerir o rumo da partida e a vantagem mínima até ao intervalo.
Com o segundo tempo, veio um jogo completamente diferente, já que o Cova
da Piedade regressou com uma atitude e dinâmica muito superiores, colocando
pressão sobre os primodivisionários logo desde os primeiros instantes.As bases da partida foram desenhadas num ritmo muito baixo e nenhuma das equipas parecia capaz de criar perigo junto das balizas. Com o Cova da Piedade a adoptar uma postura mais expectante, os anfitriões assumiram, timidamente, o domínio do jogo. O primeiro sinal dessa intenção veio de Kléber, aos 10 minutos, num cabeceamento que saiu demasiado alto.
A monotonia acabou por ser quebrada aos 21 minutos, com o grande golo de Ailton. O lateral estorilista desferiu um potente remate de primeira a cerca de 30 metros da baliza de Guilherme Oliveira, que não conseguiu evitar o golo.
O tento revelou-se, verdadeiramente, um 'despertador', pois, a partir daí, o Estoril passou a jogar com maior dinâmica e a exercer um controlo efectivo e claro. Por outro lado, a equipa comandada por Sérgio Bóris acusou o 'golpe' e ficou ainda mais retraída.
A excepção surgiu por uma desatenção dos estilistas, com Diakhité e o guardião Luís Ribeiro a desentenderem-se, deixando quase a bola à mercê de Rui Varela.
Depois de perder, por lesão, Kléber, que cedeu o lugar a Bruno Gomes, o Estoril acabou por gerir o rumo da partida e a vantagem mínima até ao intervalo.
No período de quatro minutos, a equipa da II Liga criou duas oportunidades, por Silas e Robson, mas não conseguiu encontrar a eficácia para empatar.
Aos 54 minutos, a formação orientada por Sérgio Bóris chegou mesmo a colocar a bola na baliza, mas o lance já havia sido invalidado antes pelo árbitro Gonçalo Martins, uma vez que o cruzamento de Soares tinha transposto a linha de fundo. Era o alerta de uma equipa transfigurada.
O encontro passou a ser mais repartido e emocionante, com os forasteiros a empenharem-se cada vez mais na busca do empate. O Estoril perdera agora a hegemonia e procurava serenar o desafio. Fabiano Soares deu instruções à equipa e esta começou também a apostar mais nas transições rápidas para tentar surpreender.
As alterações dos dois treinadores não mudaram o filme no relvado do Estádio António Coimbra da Mota. E, apesar de ter também colocado a bola na baliza do Cova da Piedade, por intermédio de Bruno Gomes, e ver o lance ser igualmente anulado por fora de jogo, o Estoril conseguiu aliviar a reacção do adversário.
Ao cair do pano, e um pouco contra a corrente do jogo, o Estoril chegou mesmo ao segundo golo. Num excelente remate colocado, à entrada da área, Bruno Gomes sentenciou o jogo já no primeiro minuto de descontos.
FICHA DO JOGO
Jogo no
Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril.
ÁRBITRO: Gonçalo Martins (Vila Real).
ESTORIL: Luís Ribeiro; Mano, Diakhité, João
Afonso, Ailton; Diogo Amado, Mattheus, Eduardo; Matheus Índio (Felipe Augusto,
80), Gustavo Tocantins (Lucas Farias, 71) e Kléber (Bruno Gomes, 30).
Suplentes não utilizados: Moreira, João
Basso, Dankler e Alisson.
Treinador: Fabiano Soares.
COVA DA PIEDADE: Guilherme Oliveira,
Chico Gomes (Godinho, 81), Danielson, Bruno Bernardo, Evaldo; Soares, Siaka
Bamba (Marco Bicho, 71), Robson (Ricardo Barros, 71); Silas, Irobiso e Rui Varela.
Suplentes não utilizados: Pedro Alves, Roberto
Cunha, Adilson e Magique.
Treinador: Sérgio Bóris.
Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: 1-0, Ailton (21’); 2-0, Bruno Gomes
(90+1’).
Acção disciplinar: Cartão amarelo para
Siaka Bamba (13’), Chico Gomes (42’), Mattheus (59’) e Ailton (89’).
Sérgio Boris, treinador do Cova da Piedade:
“Tive dificuldades em perceber quem era a
equipa da I e a da II Liga”
«Se há
jogos em que as opiniões se discutem, hoje parece-me que foi claro. Na primeira
parte houve mais Estoril e nós compactos defensivamente. Na segunda parte tive
dificuldades em perceber quem era a equipa da I Liga e a da II. Uma atacou a
outra defendeu e nada fez para somar alguma coisa. Acabámos depois por sofrer o
2-0. Mas há coisas que me deixam contente: chegar aqui e fazer isto. Parece-me
que o Cova da Piedade hoje foi superior.»
«As
equipas jogam para ganhar, o que fica disto é que o Estoril ganhou e está na
próxima fase da Taça de Portugal. Mas quem vem aqui e joga assim tem de estar
tranquilo, mas não feliz porque perdeu. Os jogadores do Estoril continuam a ser
melhores e o Fabiano Soares a ser um bom treinador, mas na segunda parte fomos
superiores.»