O empate soube a
pouco ao Monte de Caparica…
RICARDO AIRES ASSUMIU O COMANDO TÉCNICO DA EQUIPA NUMA SEMANA
MUITO ATRIBULADA
Os Pescadores da Caparica, que tiveram uma semana bastante
complicada por questões de ordem interna que culminaram com o divórcio entre o
grupo empresarial que era suposto sustentar o projecto desportivo para as próximas
épocas, receberam no seu recinto desportivo o vizinho do Monte de Caparica para
mais um derbi regional.
Ricardo Aires, o jogador mais experiente do plantel e técnico
das camadas jovens do clube, assumiu o comando técnico da equipa substituindo
no cargo Miguel Lopo que deixou de exercer funções, pelas razões já referidas.
Até ao momento em que escrevemos esta crónica não foi
possível estabelecer contacto com Ricardo Aires, daí não termos tido ainda
acesso aos dados referentes ao jogo relativos à equipa dOs Pescadores. De
qualquer forma, a informação do que acabamos de descrever foi confirmada pelo presidente
do clube, Diogo Luís.
Quanto ao desfecho final do jogo não haverá muito para dizer
mas de acordo com as informações disponibilizadas o Monte de Caparica parece
ter sido a equipa que mais perto esteve da vitória.
Com o ponto conquistado os Pescadores passaram a ter dois
ocupando nesta altura o 15.º lugar e o Monte de Caparica ficou com quatro
pontos na décima terceira posição.
Na próxima jornada os Pescadores viajam até ao Vale da Amoreira
para defrontarem o Banheirense, às 18 horas, e o Monte de Caparica recebe no
Rocha Lobo a visita do líder [Olímpico do Montijo].
A OPINIÃO DOS TREINADORES…
Ricardo Aires, treinador dos Pescadores:
José Meireles, treinador do Monte de Caparica:
“Os meus jogadores mereciam
mais que o empate”
“O jogo terminou da forma como
começou, com uma igualdade a zero e com um enorme sabor a injustiça. Os meus
jogadores mereciam mais que o empate porque criaram várias situações para fazer
o golo mas foram perdulários e quando assim é nada a fazer, acabámos por ser
castigados com o nulo.
Sabíamos que o nosso
adversário vinha de uma semana algo conturbada por situações que a nós não nos
dizem respeito mas que poderíamos tirar proveito de alguma instabilidade
emocional, e, por isso pedi aos meus atletas para entrarem forte e assim o
fizeram e durante os primeiros 10 minutos praticamente não saímos do meio campo
adversário, mas sem conseguir frutos.
Aos poucos o adversário foi
sacudindo a pressão e em lances de bola parada foi-nos criando algumas
dificuldades que numa ou noutra situação poderia ter dado golo. Contudo,
pertenceu-nos a nós a situação mais flagrante, quando por volta dos 35 minutos o
Luís Almeida se isolou e só com o guardião contrário pela frente tentou o
chapéu mas este saiu ao lado.
Após o intervalo voltámos a
tomar conta do jogo e com o passar do tempo começámos a criar cada vez mais
situações de perigo que de uma forma ou outra eram sempre eliminadas ou pelo
guardião contrário ou pela defensiva contrária ou ainda pela ineficácia dos
nossos atacantes e a verdade é que não conseguimos fazer nenhum golo. O tempo
foi passando, o Costa da Caparica foi fazendo pela vida e acabou por conseguir
um ponto.
Quero aproveitar para mais
uma vez dar os parabéns aos meus jogadores pelo facto de nunca terem desistido
de acreditar que era possível chegar á vitória. Ao meu adversário espero que
consiga resolver os problemas internos porque tem um grupo de jogadores bastante
interessante e seria uma pena vê-los abandonar. Quanto ao trio arbitragem
chefiado por Marco Machado, que em minha opinião é um jovem com valor e que
poderá ter um futuro risonho na arbitragem no entanto, não querendo justificar
nada hoje perdoou uma grande penalidade ao nosso adversário e duas expulsões
por conduta violenta dos seus jogadores que nem sequer mereceram sanção.
Note-se que esta é a minha opinião não querendo com isto dizer que sou o dono
da razão”.