Espectáculo manchado por arbitragem cheia de casos…
FOI UM JOGO ELECTRIZANTE SOBRETUDO NOS ÚLTIMOS VINTE MINUTOS
O jogo grande da jornada que
colocava frente-a-frente os dois primeiros classificados ficou marcado por uma
arbitragem que deixou muito a desejar.
Luís Reforço, árbitro da 2.ª
categoria nacional, de reconhecida qualidade, teve de facto uma tarde para
esquecer dado as inúmeras gafes que cometeu ao longo do encontro que
prejudicaram as duas equipas mas em maior quantidade o Amora.
O primeiro lapso aconteceu
logo aos quatro minutos quando Bruninho isolado foi carregado por trás à
entrada da área por Raul, que viu apenas o cartão amarelo.
Depois, aos 67’ quando Pedro
Pereira introduz a bola na baliza adversária e vê o golo ser anulado, depois de
a bola ter sido desviada por um defesa do Olímpico. Bruninho estava adiantado
mas não interferiu na jogada, por isso o golo não deveria ser anulado.
Algumas dúvidas ficaram
também no lance que deu origem ao primeiro golo do Amora em que parece ter
havido falta sobre o guarda-redes Carlos Miguel.
Para além destes factos há
ainda a registar uma situação em que Bruninho foi assistido dentro do campo e o
jogo prosseguiu sem que o jogador tivesse saído e por fim dois cartões amarelos
mostrados ao mesmo jogador Guilherme (n.º 4 do Olímpico) aos 19 e aos 75
minutos, sem que tivesse dado ordem de expulsão.
Amora
foi superior na 1.ª parte
Quanto ao jogo propriamente
dito pode dizer-se que foi disputado de forma intensa pelas duas equipas com o
ponto alto a centralizar-se nos últimos vinte minutos período em que
aconteceram os quatro golos e as duas expulsões, uma para cada lado.
O Amora foi a equipa que
melhor entrou no jogo começando por criar perigo logo aos quatro minutos no tal
lance em que Bruninho é carregado pelas costas à entrada da área e depois por
volta dos 15 minutos pelo mesmo jogador.
O Olímpico do Montijo não
conseguia impor o seu futebol e o controlo do jogo na primeira parte pertenceu
ao Amora, embora as oportunidades de golo tivessem sido escassas.
Apesar de alguma mobilidade
ofensiva e de alguns bons pormenores de Thiago, o Olímpico apenas aos 41
minutos teve um verdadeiro remate à baliza do Amora que Madureira resolveu.
Na
2.ª parte quem entrou melhor foi o Olímpico
Na segunda parte os
primeiros minutos foram dominados pelo Olímpico que criou perigo logo na sua primeira
jogada ofensiva. Por volta dos 60 minutos o Amora conseguiu equilibrar e o jogo
tornou-se mais dividido.
Aos 62 minutos uma perca de
bola numa jogada ofensiva do Olímpico quase dava golo do Amora mas Bruninho que
se isolou não conseguiu desfeitear Carlos Miguel, atirando ao lado.
A estas situações respondeu
a equipa da casa que dava também muito trabalho á defensiva do Amora e o jogo
estava completamente partido.
Aos 67 minutos, o árbitro
anula (mal) um golo ao Amora, da forma como já descrevemos e pouco tempo depois
surge o primeiro golo do desafio marcado por Marcelo numa jogada algo confusa
em que dá a sensação de ter havido falta ofensiva.
Motivado pelo golo o Amora
continuou a insistir no ataque e Cavani pouco depois de ter entrado rematou ao
poste e na resposta o Olímpico chega ao empate com um golo marcado por Cami a
concluir ao segundo poste um cruzamento efectuado do lado direito do seu
ataque.
Minutos
finais foram bastante emotivos
O jogo estava quentinho e
numa disputa de bola junto á linha lateral Bandeira e Iuri envolvem-se e acabam
por ser expulsos, ficando ambas as equipas reduzidas a 10 unidades.
O Amora parece ter acusado
um pouco a situação e o Olímpico aproveitou para forçar um pouco mais o
andamento que resultou na obtenção do seu segundo golo aos 85 minutos, por
Renan.
O tempo corria a favor da
equipa do Montijo que começava também a jogar com o cronómetro. O árbitro deu seis
minutos de compensação e quando decorria o quarto o Amora conseguiu o empate por
Lacão para desespero dos montijenses que até poderiam ter perdido a partida se
Cavani não tivesse desperdiçado uma excelente oportunidade quando apareceu
sozinho dentro da área só com Carlos Miguel pela frente.
Resumindo e concluindo foi
um bom jogo de futebol que teve de tudo um pouco: emoção, casos e golos.
Francisco Cardoso, o novo
presidente da Associação de Futebol de Setúbal, foi um dos muitos espectadores
que marcaram presença no Campo da Liberdade que registou uma boa moldura humana.
A OPINIÃO DOS TREINADORES…
David Martins, treinador do Olímpico do Montijo:
José Carvalho, treinador do Amora: