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sábado, 8 de outubro de 2016

ÁGUAS DE MOURA»» De regresso ao futebol 24 anos depois

Clube vai participar na 2.ª Divisão da AF Setúbal…

“SÃO OS JOGADORES QUE SUPORTAM O CUSTO DAS SUAS PRÓPRIA INSCRIÇÕES”

O Clube Desportivo e Recreativo Águas de Moura está de regresso ao futebol, 24 anos depois.

O último registo em provas da Associação de Futebol de Setúbal foi precisamente na época de 1992/1993 com uma equipa de iniciados. De então para cá criou-se um vazio que só agora foi preenchido com a criação da equipa de futebol sénior que vai competir no Campeonato Distrital da 2.ª Divisão.

Para liderar este projecto o clube escolheu Nuno Couto, de 32 anos, que na época passada foi treinador estagiário no Futebol Clube Areias.

Formar uma equipa a partir do nada não é fácil e ainda mais difícil se torna quando são os jogadores a suportarem o custo das suas própria inscrições. Mas, mesmo assim, o treinador está esperançado na realização de uma boa temporada.


“Criar bases para um futuro sólido”

“O nosso objectivo consiste em criar bases para um futuro sólido e em termos classificativos ambicionamos um lugar na primeira metade da tabela. Sabemos que vai ser difícil pelo facto de estarmos a construir a partir do zero com jogadores que não se conhecem e que vieram uns de cada lado. Uns do Inatel e outros que estavam parados há dois ou três anos, sendo alguns bastante jovens, com idade de juniores e outros mais experientes. Como disse, vai ser difícil mas vamos trabalhar para formar uma equipa competitiva”, começou por referir ao nosso jornal Nuno Couto que adiantou também um outro pormenor bastante curioso.

“Todos os jogadores que estão connosco e aderiram a este projecto tiveram que pagar do seu bolso todos os custos inerentes à situação porque o clube não tinha hipótese de pagar a inscrição de qualquer jogador”.

Ainda sobre este facto, o treinador do Águas de Moura acrescentou que “na fase preparatória da época tivemos a aderência de muitos jogadores. Estiveram aqui muitos nas captações que acabaram por desistir porque não conseguiam suportar o custo da inscrição”.



“Quero uma equipa que dê uma boa imagem e que jogue com fair play”

“Apesar destas limitações conseguimos formar uma equipa competitiva que pode muito bem fazer alguns brilharetes. Eu costumo dizer aos meus atletas que tudo o que é grande começou por ser pequeno e nós também temos que pensar assim. Hoje somos pequenos mas amanhã poderemos ser maiores”, frisou o comandante das tropas que para além dos resultados considera também importante a questão do fair play.

 “Quero construir uma equipa que saiba interpretar bem o que é o futebol e o desporto em si. O futebol não é mais que um desporto e há que saber ganhar e saber perder, principalmente quando o adversário é superior. Nós, temos que reconhecer isso e nos mentalizarmos que temos que trabalhar mais para na próxima podermos ser nós os vencedores. Não queremos ser como alguns que quando perdem dizem que a culpa foi do árbitro. Se não reconhecermos os nossos erros nunca os conseguiremos emendar. Portanto, quero uma equipa que dê uma boa imagem, que jogue com fair play e que valorize a região, o clube e os patrocinadores”, realçou Nuno Couto.