V. Guimarães aplica-a com limitações e Rio Ave também se
mostra interessado…
EM PORTUGAL APENAS É UTILIZADA PELO BENFICA, SPORTING, FC
PORTO, BRAGA E MARÍTIMO
"A tecnologia avança a grande escala em todos os aspectos da nossa vida e, no bonito jogo que é o nosso futebol, não é excepção. O uso de dispositivos electrónicos para monitorizar o desempenho e recolher dados sobre os jogadores e suas performances em campo é um exemplo. (...) Várias requisições já foram feitas e, depois de um período experimental levado a cabo em 2015, a FIFA publica os termos da aprovação do uso dos respectivos mecanismos, embora a aprovação final dependa de cada um dos países associados." Este comunicado (mais uns quantos termos e notas reguladoras) foi enviado a 8 de Julho pela FIFA a todos os países federados, Portugal incluído. A tecnologia GPS associada ao futebol, que há 15 anos servia, de forma regular, apenas para recolher dados sobre os desempenhos físicos dos atletas em altura de pré-época, poderá agora ser utilizada em jogo. Neste hiato temporal, muito mudou. A tecnologia não deixou de ser conhecida por GPS, mas avalia muitos parâmetros além dos físicos. E, com a ajuda de recursos humanos especializados, permite ainda avaliar a qualidade do treino, perceber com que frequência e qualidade se dá a interacção entre jogadores ou reconhecer comportamentos tácticos e perceber se a equipa está a assimilar o que o treinador pretende. Tudo em tempo real.
O jornal “O Jogo” diz na sua edição de hoje que os coletes compram-se em caixas de 10 e cada uma custa 23 mil euros. Equipar todo o plantel ascende aos 70 mil euros. E depois falta a tecnologia de monitorização
"A tecnologia avança a grande escala em todos os aspectos da nossa vida e, no bonito jogo que é o nosso futebol, não é excepção. O uso de dispositivos electrónicos para monitorizar o desempenho e recolher dados sobre os jogadores e suas performances em campo é um exemplo. (...) Várias requisições já foram feitas e, depois de um período experimental levado a cabo em 2015, a FIFA publica os termos da aprovação do uso dos respectivos mecanismos, embora a aprovação final dependa de cada um dos países associados." Este comunicado (mais uns quantos termos e notas reguladoras) foi enviado a 8 de Julho pela FIFA a todos os países federados, Portugal incluído. A tecnologia GPS associada ao futebol, que há 15 anos servia, de forma regular, apenas para recolher dados sobre os desempenhos físicos dos atletas em altura de pré-época, poderá agora ser utilizada em jogo. Neste hiato temporal, muito mudou. A tecnologia não deixou de ser conhecida por GPS, mas avalia muitos parâmetros além dos físicos. E, com a ajuda de recursos humanos especializados, permite ainda avaliar a qualidade do treino, perceber com que frequência e qualidade se dá a interacção entre jogadores ou reconhecer comportamentos tácticos e perceber se a equipa está a assimilar o que o treinador pretende. Tudo em tempo real.
Na apresentação do FC Porto, por exemplo, o
Villarreal apresentou todo os seus jogadores com equipamentos GPS. Os dragões
também o fizeram durante quase toda a pré-época, especialmente no treino. Em
Portugal, só os grandes, o Braga e o Marítimo têm material suficiente para
monitorizar todos os jogadores, durante todos os treinos. O V. Guimarães também
já trabalha com este material, embora com maiores limitações, e nos últimos
dias foi o Rio Ave a mostrar-se interessado em comprar.
O
JOGO conversou com Bruno Gonçalves, do Creativelab CIDESD, gabinete liderado
por Jaime Sampaio, que em Vila Real desenvolve trabalho com esta tecnologia,
investiga a sua utilização e foi pioneiro em Portugal a "desmontá-lo".
Foi ele que nos explicou todas as dimensões que o colete de que se fala pode
avaliar. "
1 Dimensão fisiológica
"O
GPS acomoda o cardiofrequencímetro, que revela dados da frequência cardíaca.
Quando se faz o download, também saem esses dados, associados à intensidade
fisiológica dos exercícios", explica-nos. É a dimensão mais prática e
acessível. Até no treino sem competição há indivíduos que gostam de se
monitorizar. "Ajuda ao controlo das cargas de treino", completa.
2 Dimensão
física/muscular
"Medem-se
as distâncias percorridas, a intensidade, sprints, número de impactos, mudanças
de direcção, etc. Tudo que é físico pode ser avaliado", responde Bruno
Gonçalves. "O número grande de variáveis complica o trabalho, porque nem
sempre é fácil limitar as variáveis que traduzem aquilo que se pretende
saber", adverte, porém.
3 Dimensão táctica
"A
melhor forma de seduzir os treinadores é aportar indicadores tácticos. O GPS
processa os dados posicionais e a variação deles dá-nos o resto. Temos o
posicionamento do jogador ao longo do tempo e isso é relevante tacticamente,
quanto às decisões face ao que o jogo ou treino apresenta. Há possibilidade de
rastrear a bola, com um chip, mas neste momento isso faz-se com recursos às
filmagens em tempo real", detalha.
I Liga disputada por
duas multinacionais
A
Catapult (Austrália) e Statsports (Itália) são as marcas mais famosas e
procuradas pelos clubes no que respeita à produção desta tecnologia. FC Porto,
Sporting, Braga e Marítimo são clientes da Catapult. O Benfica trabalha com a
Statsports. As equipas técnicas têm recolhido formação dada por investigadores
da área e todos estes clubes têm já um departamento próprio para recolher e
tratar a informação para apresentar ao treinador.