Aos 20 minutos já ganhava por 2-0...
GRANDOLENSE CAUSA SENSAÇÃO NO MONTE DE CAPARICA

O resultado surpreende sobretudo devido aos números finais
que são efectivamente bastante exagerados e que, pelos vistos, não correspondem
de forma real ao que se passou em campo
durante os 90 minutos.
A equipa de Grândola com uma entrada forte no jogo
adiantou-se no marcador por intermédio de Calado aos dez minutos e aos vinte já
ganhava por 2-0, sendo este golo marcado por Ni.
O Monte de Caparica que vinha jogando de forma passiva
começou então a despertar e conseguiu equilibrar passando o jogo a
desenrolar-se mais na zona do meio campo, saindo as equipas para o intervalo
com o Grandolense a ganhar por 2-0.
Na segunda parte o Monte de Caparica melhorou a sua
postura em campo, foi desenvolvendo algumas jogadas de cariz mais ofensivo sem
criar contudo grande perigo para a baliza adversária mas aos 61 minutos esteve
muito perto de marcar num lance em que Pedro, já muito perto da linha final, atirou
à barra.
O Grandolense com dois golos de vantagem ia fazendo a
gestão do resultado e a equipa da casa insistindo no ataque na tentativa de
chegar ao golo que a pudesse relançar na partida.
O volume ofensivo da equipa da casa era grande mas nem
sempre feito da melhor forma e quem acabou por beneficiar disso foi a equipa de
Grândola que ampliou o marcador para 3-0 com o terceiro golo a ser marcado por
Fábio, por volta dos 80 minutos, que fixou o resultado final em 3-0, um castigo
demasiado pesado para a equipa da casa que jogou nesta partida desfalcada de
alguns dos seus jogadores mais influentes.
A derrota do Monte de Caparica não causou grandes mossas
em termos classificativos porque se encontra em 11.º lugar mas ficou com apenas
mais um ponto que o trio composto por Almada, Costa de Caparica e Sesimbra que
integram o grupo dos penúltimos.
Com os pontos conquistados o Grandolense subiu para o 5.º
lugar ultrapassando a U. Banheirense, embora tenham os dois o mesmo número de
pontos.
Na próxima jornada o Monte de Caparica desloca-se à Quinta
do Conde ppara defrontar a ADQC e o Grandolense recebe o Amora, no estádio
municipal.
A OPINIÃO DOS TREINADORES...
JOSÉ MEIRELES, treinador do Monte de Caparica:
“Quem olha para o resultado pensa que
o Grandolense fez um passeio mas quem viu o jogo sabe que foi diferente”

“Momento
do jogo aconteceu aos 61 minutos”
Na segunda metade penso que entramos melhor e começamos a
criar algumas situações junto da área contrária mas sem nunca incomodar muito o
GR adversário pois quando não atirávamos para fora elas batiam no ferro e penso
mesmo que o momento do jogo foi aos 61` quando Pedro a escassos centímetros da
linha final e com a ânsia do golo conseguiu enviar a bola à barra, daquelas que
costumamos dizer era só empurrar com a barriga. Se surge ai o golo talvez a
equipa animasse mais e conseguisse mais alguma coisa mas isso nunca saberemos,
continuámos a carregar como podíamos mas nunca de forma muito lúcida, era mais
com o coração do que com a cabeça e acabou mesmo por haver ainda tempo para uma
oferta do Sr. Tiago Bolegas (árbitro auxiliar) ao permitir o terceiro golo aos
visitantes quando no mínimo o jogador estava 4 metros para além da linha
defensiva. Foi pena pois até ao momento estava a ter um trabalho que se pode
dizer aceitável.
“Não
nos apresentámos na máxima força”
Mais uma vez a minha equipa não se pôde apresentar na sua
máxima força algo que vem a acontecer desde a primeira jornada. Quando digo
isto não é para justificar nada pois considero que os jogadores que hoje foram
chamados a jogar foram enormes e cumpriram com tudo o que lhes foi solicitado,
quanto aos que jogaram tocados e com sacrifício fizeram os noventa minutos, o
meu obrigado. Para a semana temos mais uma batalha dura mas espero que a minha
equipa possa levar de vencida, pelo menos tudo faremos para isso.
“Árbitro
muito tenrinho”
Vou falar da equipa de arbitragem mas não com o intuito de
os criticar mas sim tentar ajudá-los para futuros jogos, pareceu-me a mim que
não houve cuidado com a nomeação e digo isto porque o Miguel Martins pode vir a
ser um excelente árbitro mas neste momento ainda é tenrinho para estes
confrontos entre duas equipas rivais onde por vezes a dureza roça a violência e
hoje com outro árbitro talvez ambas as equipas acabassem com 8 ou 9 jogadores
porque houve momentos na partida em que os jogadores procuraram o adversário e
não a bola e algumas vezes permitiram mesmo que os jogadores falassem de forma
muito pouco correta e isto de ambos os lados. Desejo-lhes as maiores
felicidades e recebam esta minha crítica como construtiva e não destrutiva”.
ANTÓNIO GOMES, treinador do Grandolense