Fez 17 jogos, em 18 possíveis…
“TRABALHO, EMPENHO E DEDICAÇÃO TÊM SIDO AS CHAVES DO
SUCESSO”
Miguel Pinéu [filho de Manuel Pinéu, treinador do Quinta do
Conde] tem apenas 20 anos mas muita ambição no mundo do futebol onde pretende
ficar ligado como jogador profissional.
A jovem promessa do futebol nacional que fez a sua formação
no Barreirense e V. Setúbal transitou ainda com idade de júnior para a Naval da
Figueira da Foz para integrar a equipa que disputava na altura o Campeonato
Nacional de Seniores. A idade [18 anos] não constituiu obstáculo e a sua
qualidade valeu-lhe a titularidade, acabando por realizar uma época bastante
positiva. Na época seguinte teve uma breve passagem pelo Alfarim de onde transitou
para o Fátima (CNS) e nesta temporada rumou até ao Alentejo para ingressar no
Moura Atlético Clube que ganhou, juntamente com o C. Piedade, na Série H, o
direito de participar no play-off das subidas que tem início já no próximo
fim-de-semana.
Para Miguel Pinéu esta época está a correr de forma
bastante positiva tanto a nível colectivo como a nível individual porque é um
dos jogadores titularíssimos com 17 jogos realizados nos 18 possíveis.
Aproveitando este bom momento do jovem e a pausa no campeonato
que passou a designar-se Campeonato de Portugal Prio, o nosso jornal falou com
Miguel Pinéu sobre o seu desempenho no clube alentejano, da sua adaptação à
cidade, do facto de estar a viver longe da sua área de residência, das razões
que o levaram para os clubes por onde tem passado, das suas perspectivas para o
futuro, das suas ambições pessoais e do apoio e carinho que a população tem
para com os jogadores.
“Estou muito agradado com as condições que
aqui encontrei”
A época tem estado a correr bem. No que toca à minha
utilização, sinto que tenho estado a um nível razoável tendo feito 17 jogos dos
18 que teve esta primeira fase.
Porque estás longe da tua área de residência,
foste obrigado a fixar-te nesta cidade alentejana. Sentiste alguma dificuldade
de adaptação?
A cidade é ótima para quem quer estar focado e concentrado
no aproveitamento do futebol. É uma cidade muito calma, onde as pessoas nos
tratam bem e aos domingos marcam presença no estádio para nos apoiar. Em relação
ao clube, estou muito agradado com as condições que aqui encontrei, é um clube
com gente séria que cumpre a tempo e horas com tudo o que se comprometeu com os
atletas. Resta acrescentar que encontrei um grupo fantástico quer ao nível dos colegas
que são de cá, os que transitaram da época anterior e todos os que aqui
chegaram na mesma altura que eu.
Para um jovem de 20 anos não se torna
complicado viver longe de casa, sem o ombro amigo e o calor fraterno dos pais?
Nunca é fácil abandonarmos as pessoas que mais gostamos e com
quem estamos habituados a lidar desde sempre. Desde os 18 anos que estou fora e
sempre tenho encontrado bons colegas que nos ajudam a ultrapassar o facto de
estarmos longe da família.
“O futebol é uma profissão bastante
imprevisível”
Durante a tua carreira desportiva passaste
por clubes da região de Setúbal, onde tens residência fixa, mas depois foste
para a Naval, Fátima e agora Moura. Há alguma razão especial para que isso
tenha acontecido ou tem a ver com o velho ditado que “santos da casa não fazem
milagres”?
Não tem nada a ver com esse ditado mas sim com as escolhas
e oportunidades que têm surgido ao longo destas três épocas Nestas escolhas
destaco o papel importante da pessoa que me representa Sandro Giovetti porque
para além de sempre me ter ajudado e aconselhado também tem sido um verdadeiro
amigo.
Como perspectivas o teu futuro como jogador
de futebol e quais são as tuas ambições a nível pessoal?
É sempre complicado tentarmos perspectivar o nosso futuro, especialmente
no futebol que é uma profissão bastante imprevisível, mas espero que consiga
alcançar as metas a que me propus. A nível pessoal espero continuar com o mesmo
nível de trabalho e empenho para me tentar superar todos os dias, melhorar como
jogador e como pessoa e continuar sempre a subir de patamar.
O apuramento para a fase das subidas não foi
fácil. Em tua opinião, C. Piedade e Moura foram mesmo as melhores equipas?
Sendo o primeiro ano que jogo na série H não posso falar de
anos anteriores mas este ano as equipas estavam bastante equilibradas e os
últimos classificados podiam roubar pontos aos primeiros. No entanto, penso que
houve duas equipas em destaque pelo futebol de qualidade que praticaram, o
Moura e o Cova da Piedade. Penso que é inteiramente justa a presença destas duas
equipas na fase das subidas.
“A cidade de Moura apoia bastante o clube”
O nosso objectivo para esta fase de subida vai continuar a
ser a prática de futebol de qualidade, tentar conquistar pontos em todos os
jogos e continuar a potenciar a saída de jogadores do plantel para outros
campeonatos superiores.
A equipa tem sentido o apoio dos adeptos e
das forças vivas da cidade
Sim, felizmente a cidade de Moura apoia bastante o clube.
Desde o primeiro jogo do campeonato que temos sentido esse apoio. Espero que a
passagem à fase das subidas ainda traga mais pessoas ao estádio.
Há mais alguma coisa que queiras acrescentar
ao que já foi dito?
Queria apenas fazer um breve agradecimento a todas as
pessoas que de uma forma ou de outra mostraram apreço por mim e agradecer esta
oportunidade que me concedeu para que as pessoas me fiquem a conhecer um pouco
melhor, assim como o clube que represento.