Monte de Caparica queixa-se de dois golos anulados…
JOGO TERMINA SEM GOLOS MAS COM ALGUNS CASOS
Terminou empatada a zero a partida disputada no Campo
Rocha Lobo entre o Monte de Caparica e o Comércio Indústria relativa à 17.ª jornada
do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão.
Não quer com isto dizer que não tenha havido oportunidades
para ambos os lados porque na realidade elas existiram só que a pontaria dos
jogadores em algumas ocasiões não foi a melhor e noutras estavam lá os
guarda-redes a evitarem o pior para as suas balizas, sendo de realçar o
desempenho de Didó que segurou o empate na parte final da partida numa altura
em que a equipa setubalense jogava vcom mais uma unidade e estava por cima no
jogo.
De qualquer forma, importa salientar que quem começou
melhor foi o Monte de Caparica que poderia ter marcado logo nos primeiros
minutos. A equipa da casa foi sempre a mais esclarecida no primeiro período
embora os sadinos a partir sensivelmente da meia-hora tivesse equilibrado um
pouco a partida.
Na segunda parte o jogo tornou-se mais repartido com a
bola a rondar de forma constante as duas balizas sobretudo em lances de bola
parada e numa dessas situações aconteceu um dos casos do jogo que originou a
expulsão de um jogador do Monte de Caparica por ter cobrado a falta sem autorização
do árbitro e introduzido a bola na baliza adversária, vendo o segundo cartão
amarelo e o consequente vermelho que originou a sua expulsão. Opinião contrária
têm os homens da casa que dizem ter ouvido o apito do árbitro que provavelmente terá apitado inadvertidamente. Para além deste lance os donos do terreno queixam-se
também de um outro golo anulado no decorrer da primeira parte. Mas, o curioso
da questão é que também os setubalenses dizem que “o jogo merecia uma equipa de
arbitragem melhor”.
No último quarto de hora a jogarem com mais um homem em
campo os setubalenses arriscaram tudo na procura da vitória exercendo alguma pressão entretanto suportada
e anulada pelo acerto defensivo da equipa da casa e em especial do seu
guarda-redes Didó, como de resto já foi referido.
Na próxima jornada o Monte de Caparica desce até à Costa de
Caparica para defrontar os Pescadores e o Comércio Indústria recebe a ADQC no
Campo da Bela Vista.
A OPINIÃO
DOS TREINADORES:
JOSÉ
MEIRELES, treinador do Monte de Caparica:
“Trabalhámos
toda a semana para ter um resultado diferente do que obtivemos mas o futebol é
mesmo assim, nem sempre quem marca golos ganha, nem sempre quem joga melhor
ganha, e por vezes, como hoje, o jogo acaba como começa e não porque não
tivesse havido golos, nós fizemos dois mas nenhum contou, o porquê não me cabe
a mim dizer”.
“Sabíamos
que íamos encontrar uma equipa moralizada e que pratica bom futebol logo
teríamos obrigatoriamente de entrar fortes e foi o que fizemos. No primeiro
minuto da partida criámos logo duas boas situações, primeiro num remate do
Bolonha que o guardião contrário defendeu para canto e depois na cobrança do
mesmo com Bruninho a finalizar bem mas a cara de um adversário evitou que a
bola entrasse”.
“Estava
dado o mote para aquilo que se passou praticamente durante a primeira parte em
que o nosso adversário apostou essencialmente no erro e nós como nos competia
tomámos as despesas da partida. Durante praticamente trinta minutos a equipa do
Comércio não conseguiu sair de forma organizada, tal era a nossa pressão, mas
infelizmente não conseguíamos o que mais queríamos o golo, apesar de termos
tido duas boas oportunidades para marcar, ambas por Miguel. Numa delas o passe
para Bruninho saiu curto quando ambos só tinham o guardião contrário pela
frente e na outra Miguel chegou atrasado a um passe de morte de Bruninho. A juntar
a estas duas situações ainda tivemos um golo anulado, porquê ??? Chegou-se ao intervalo com um resultado
ingrato para nós e debaixo de um dilúvio já que nos últimos 10 minutos choveu
copiosamente”.
“Em
relação à equipa de arbitragem não vou emitir opinião”
“A
segunda metade começou equilibrada e com o jogo dividido, bola cá, bola lá, e
com as equipas encaixadas bem uma na outra. O perigo rondava as balizas
basicamente em lances de bola parada e foi num lance desses aos 74` que vimos
uma vez mais a bola no fundo da rede contrária e mais uma vez o lance anulado
pelo árbitro com mostragem de segundo amarelo ao meu jogador por ter executado
o livre sem ele ter dado autorização. Pode ter sido involuntário mas que apitou,
é um facto”.
“A
partir daqui, com mais uma unidade em campo, a equipa do Comércio cresceu naturalmente
e por duas vezes colocou à prova o nosso guardião que respondeu de forma
exemplar. O jogo chegou ao fim sem mais casos e com um resultado na minha
opinião injusto pois trabalhamos muito e ainda tivemos que suportar os erros
dos outros que não se ficam pela partida de hoje porque na próxima semana não
posso contar com um dos meus atletas por uma infracção que não cometeu. Em
relação à equipa de arbitragem não vou emitir opinião porque esteve presente no
Rocha Lobo o José Manuel Esteves que pertence ao Conselho Técnico da arbitragem
da AF Setúbal, ele melhor do que eu poderá emitir opinião”.