Com um golo marcado em cada parte…
MONTE DE CAPARICA VENCE DERBI NO PRAGAL EM DIA DE FORTE
TEMPORAL
No Campo do Pragal, em Almada, defrontaram-se duas equipas
desejosas de conquistarem pontos para poderem melhorar as suas perfomances em
termos de tabela classificativa.
O tempo estava impróprio para a prática do
futebol e isso não só fastou algum público como também não contribuiu em nada
para o espectáculo que acabou por ser pobre, apesar de se tratar de um derbi.
No final os três pontos caíram para o Monte de Caparica e
isso permitiu que a equipa treinada por José Meireles igualasse o Beira Mar e
ficasse com apenas menos um ponto que o Almada. Por esta razão, pode dizer-se
que foi uma vitória extremamente importante para a formação do Monte de
Caparica que se redimiu assim da goleada sofrida na jornada anterior no jogo
que disputou com o Amora, no Estádio da Medideira.
Para o Almada esta foi um derrota que provavelmente não estariam
a contar mas o futebol é assim mesmo. Agora há que encarar o futuro com
optimismo e trabalhar de forma intensa para que possam regressar às vitórias
quanto antes porque na verdade os que estão junto a si estão a aproximar-se perigosamente.
A equipa almadense, treinada por Nuno Cirilo, foi a que
melhor entrou na partida dominando no primeiro quarto de hora. Depois, o Monte
de Caparica conseguiu de certa forma equilibrar e numa das sua investidas
conseguiu colocar-se na frente do marcador por intermédio de Leal quando
estavam decorridos 29 minutos de jogo, mantendo-se o resultado até ao
intervalo.
Como se encontrava em desvantagem a equipa da casa entrou
em campo disposta a alterar o rumo dos acontecimentos mas as coisas não lhe
correram de feição e acabaram por sofrer um segundo golo que viria a fixar o
resultado final em 2-0. Bruninho, na cobrança de um livre directo, foi o
jogador do Monte de Caparica que confirmou a vitória da sua equipa.
O Almada deu sempre boa réplica e bateu-se muito bem mas
não conseguiu evitar a derrota neste jogo que foi arbitrado por Luís Reforço,
árbitro da categoria C2, que já andou pelas ligas profissionais.
Na próxima jornada o Almada desloca-se à Quinta do Conde e
o Monte de Caparica recebe o Comércio Indústria.
A
OPINIÃO DOS TREINADORES
NUNO
CIRILO, treinador do Almada:
“Adversário teve mais vontade e frieza nos momentos
cruciais do jogo”
“Foi
um jogo sem muita história onde nós tentámos criar oportunidades de golo
através de um futebol apoiado e organizado mas sempre que era o momento de
finalizar, não conseguíamos concretizar. O Monte, mais na expectativa e a sair
em transição, na primeira oportunidade de golo que teve conseguiu adiantar-se
no marcador. Na segunda parte, o jogo foi mais aberto uma vez que tivemos de ir
à procura do golo expondo-nos mais no aspecto defensivo e dando também
liberdade ao Monte da Caparica que nos criou bastante perigo junto da nossa
baliza. O golo acabaria por acontecer através de um livre muito bem executado e
beneficiando também do forte vento que se fazia sentir. Até ao fim do jogo o
Monte demonstrou maturidade para saber gerir a sua vantagem. Vitória justa da
equipa que teve mais vontade, concentração e frieza nos momentos cruciais do
jogo”.
JOSÉ
MEIRELES, treinador do Monte de Caparica:
“ESTAMOS
VIVOS E CADA VEZ MAIS UNIDOS”
“A
principal ilação a tirar da partida é que estamos vivos e cada vez mais unidos.
Temos passado momentos difíceis, e continuamos a passar, mas com esta vitória alcançada
nunca campo sempre difícil, e hoje mais que nunca com o vento, chuva e frio que
se fazia sentir num campo pesadíssimo, poderá ser um bom prenuncio para o
futuro. Penso que este grupo já merece ter alguma felicidade2.
“O
Almada entrou melhor na partida mas julgo que a dificuldade que a minha equipa
sentiu nos primeiros 15 minutos também se deveu muito ao forte vento que se
fazia sentir, embora irregular puxava mais a favor da equipa da casa. A partir
dos 15/20 minutos equilibramos a partida e a bola passou andar cá e lá, muitas
das vezes mal tratada mas o campo e o tempo não dava para mais. À passagem do
minuto 29 numa saída rápida para o ataque conseguimos ganhar o corredor direito
e após cruzamento com defesa incompleta do guardião da casa, Leal bem
posicionado, abriu o activo e até ao intervalo poderíamos mesmo ter aumentado a
vantagem mas penso que seria algo injusto também para os da casa”.
“Durante
o intervalo rectificámos algumas posições e saímos para a segunda metade com o
sentimento que teríamos que ganhar o jogo no meio campo e acho que foi isso que
veio acontecer”.
“Na
segunda parte fomos sempre a equipa mais perigosa e a que criou as melhores
oportunidades não conseguindo o nosso adversário nunca incomodar o nosso
guardião. Aos 72 minutos, num livre directo superiormente marcado por Bruninho
aumentámos a vantagem e acabámos com o jogo. A partir daí foi mais controlar a
partida, saindo rápido para o ataque. Penso termos sido uns justos vencedores
no entanto deixo aqui também uma palavra de apreço para o nosso adversário que
nunca baixou os braços durante os 90 minutos. Quanto aos árbitros, Luís Reforço
e seus pares mostraram a razão por que andam nos nacionais. Parabéns também
para eles”.