Beira Mar estava em
vantagem ao intervalo…
U. SANTIAGO DEU A VOLTA
AO MARCADOR NO DECORRER DA SEGUNDA PARTE
O U. Santiago derrotou
o Beira Mar de Almada por 3-2 no jogo que ambos disputaram no Campo Miróbriga,
relativo à 5.ª jornada do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão.
Com a vitória alcançada
a equipa de Santiago do Cacém passou a totalizar 9 pontos que lhe vão dando o
5.º lugar em termos de tabela classificativa a quatro pontos de distância da
primeira posição que é repartida pelo Desportivo Fabril e Pescadores da
Caparica.
O Beira Mar de Almada, que
sofreu a quarta derrota em cinco jogos, encontra-se em 15.º e penúltimo lugar
com apenas três pontos produto da vitória alcançada na jornada anterior no jogo
que disputou com o Alfarim.
Sobre o jogo importa
dizer que apesar do U. Santiago ter entrado melhor quem se adiantou no marcador
foi o Beira Mar de Almada que abriu o activo por intermédio de José Vitória. A
resposta da equipa da casa não demorou e passado pouco tempo Ricardo Aguilar
empatou. Estavam decorridos apenas 15 minutos e o jogo prometia.
Depois de ter chegado
ao empate a equipa da casa parece ter saído do jogo e os almadenses
aproveitaram para fazer o seu segundo golo, desta vez marcado por Leandro, aos
33 minutos.
Na segunda parte o U. Santiago
entrou disposto a alterar o rumo dos acontecimentos exercendo um maior caudal
de jogo ofensivo mas os almadenses não só iam resistindo como também procuravam
surpreender no contra-ataque.
A cerca de 10 minutos
do fim a equipa da casa consegue empatar de novo a partida, com um golo de Luís
Neves e cinco minutos depois foi Gonçalo Barroso que selou a contagem
protagonizando a reviravolta no marcador e a consequente conquista do três
pontos.
Na próxima jornada o U.
Santiago desloca-se ao Estádio da Medideira para defrontar o Amora e o Beira
Mar de Almada recebe o Grandolense, em Cacilhas.
A OPINIÃO DOS
TREINADORES
NUNO
BRITES, treinador do U. Santiago:
“Foi uma excelente
vitória a coroar uma grande segunda parte”
"Entrámos muito bem no jogo e fizemos quinze minutos
extremamente bem conseguidos, onde remetemos o adversário para as imediações da
sua grande área. Na primeira vez que o Beira Mar chegou perto da nossa área,
demos mais um brinde e sofremos o primeiro golo completamente contra a corrente
do jogo. Reagimos de imediato e na concretização de um livre indirecto o
Ricardo Aguilar desvia de cabeça por cima do guarda-redes, empatando a partida.
A partir daí desunimos, perdemos referências, jogámos posicionados muito atrás
e não conseguimos explanar a nossa estratégia para o jogo. Na sequência, o
adversário faz o segundo golo com muito mérito do seu jogador. A segunda parte foi
completamente diferente porque pusemos em prática o que treinámos durante a
semana e não permitimos veleidades contrárias. A equipa jogou mais subida no
terreno, pressionou mais alto, não se desuniu e fruto dessa perseverança e
qualidade chegámos aos golos nos derradeiros dez minutos do encontro, para além
de termos construído inúmeras oportunidades de golo, entre as quais uma bola à
barra na sequência de um livre directo superiormente executado. Vitória justíssima
de uma equipa muito jovem, mas ambiciosa. Estreámos mais um produto da
formação, o Ruben Cunha, que no tempo em que actuou esteve bem, dentro do que
lhe foi pedido”.
JOÃO
LUÍS, treinador do Beira Mar:
“Temos
que continuar a trabalhar para aperfeiçoar o que não esteve bem”
“Fizemos
um bom jogo, tivemos muitas oportunidades mas não marcámos, foi isso que nos penalizou
assim como alguns períodos de desconcentração na parte final porque estando a
ganhar por 2-1 fora, não podíamos ter sofrido golos em contra-ataque. Estávamos
a criar tantas oportunidades porque estávamos balanceados no ataque quando
deveríamos perceber que se não estávamos a conseguir marcar, mais valia não
sofrer. Temos que continuar a trabalhar para aperfeiçoar o que não esteve bem e
ao mesmo tempo dar os parabéns á equipa porque tudo o que faz é a troco de muito
pouco. Às vezes, no final dos jogos dizemos coisas que não devemos, quero pedir
desculpa por isso. Depois de reflectir cheguei à conclusão que não fui justo
com a maior parte dos jogadores mas eles têm que estar focalizados no colectivo
e não ficarem influenciados por convites exteriores e algumas conversas a
prometerem alguma coisa. Isto desestabiliza o grupo, principalmente quatro ou
cinco jogadores. Eu sei que somos pequenos e que qualquer quantia aos miúdos faz
falta, mas para o clube é complicado saber o que vai na cabeça deles. Eles têm
vindo a trabalhar muito bem por isso aconteça o que acontecer estarei sempre do
lado deles. Por vezes exijo de mais mas é importante que eles percebam que devem
estar sempre concentrados do primeiro ao último minuto”.