Monte de Caparica ficou
reduzido a dez jogadores aos 44 minutos…
GRANDOLENSE CONSTRÓI
VITÓRIA NO DECORRER DA PRIMEIRA PARTE
Dois golos marcados no
decorrer da primeira parte foram suficientes para o Grandolense carimbar a sua
terceira vitória no campeonato e a consequente subida ao sexto lugar da tabela
classificativa.
A equipa de Grândola
tem agora 11 pontos, menos dois que Banheirense e Pescadores que ocupam o
quarto lugar e menos três pontos que Amora e Alcochetense que repartem o
segundo lugar.
Menos bem tem estado o
Monte de Caparica que sofreu a quinta derrota e por força das circunstâncias
baixou para o 13.º lugar com apenas mais dois pontos que Sesimbra e Quinta do
Conde, os últimos classificados. Seis pontos, produto de duas vitórias, foi
aquilo que conseguiram até agora os pupilos de José Meireles que está a ter uma
época bastante diferente das anteriores.
Nesta partida foi o
Grandolense que entrou melhor no jogo e em consequência disso colocou-se em
vantagem logo aos sete minutos por intermédio de Fábio. O Monte de Caparica não
conseguiu reagir e a equipa de Grândola aproveitou para aumentar a vantagem com
a obtenção de um novo golo, desta vez marcado por Karadas.
As coisas que não
estavam a correr nada bem para o Monte de Caparica ainda ficaram piores mesmo à
beira do intervalo com a expulsão de Sampaio, que deixou a sua equipa reduzida
a dez unidades.
Na segunda parte, a
ganhar por 2-0 e com um jogador a mais o Grandolense preocupou-se mais em fazer
a gestão do jogo por forma a garantir os três pontos enquanto o seu opositor
tentava o tudo por tudo para alterar o rumo dos acontecimentos, facto que não
aconteceu.
Na próxima jornada o
Grandolense desloca-se ao estádio da Medideira onde defronta o Amora e o Monte
de Caparica recebe o lanterna vermelha [Quinta do Conde].
A OPINIÃO DOS TREINADORES
CARLOS NEVES,
treinador do Grandolense:
“Fiquei muito satisfeito com a exibição dos jogadores”
“Foi
um bom jogo conseguido pelo nosso colectivo que obteve assim mais uma vitória.
Fizemos uma exibição de grande qualidade e aos sete minutos quando marcámos o primeiro
golo, já tínhamos desperdiçado dois. Continuámos a desenvolver o nosso futebol
e acabámos por chegar ao intervalo a ganhar por 2-0, resultado que era
demasiado escasso para tanto domínio. Já perto do final um adversário agride um
nosso jogador e acaba por ser expulso, deixando o Monte de Caparica a jogar
toda a segunda parte com apenas 10 jogadores. A equipa manteve-se organizada e
isso foi importante porque nunca deixou o adversário criar grande perigo. Pecámos
talvez um pouco nas transições e por três ou quatro vezes poderíamos ter
aumentado mas fiquei muito satisfeito com a exibição dos jogadores e também por
não termos sofrido qualquer golo”.
JOSÉ MEIRELESs,
treinador do Monte de Caparica:
"Estratégia que tínhamos para segunda parte teve que ser alterada devido à expulsão"
“Entrámos mal no jogo e sofrermos um golo à passagem do
minuto sete. Mesmo depois de termos sofrido o golo a equipa não despertou. Estávamos
amorfos (sem iniciativa), levámos 30` para acordar e quando já tínhamos a
partida equilibrada consentimos mais um golo infantil e acabamos por à passagem
do minuto 35`dar dois golos de vantagem ao nosso adversário, o que nos iria
tornar mais difícil a nossa tarefa e pior ficou quando aos 44` ficamos
reduzidos a 10. Entre o segundo golo sofrido e a expulsão já tínhamos preparado
a estratégia para a segunda metade no entanto teve que ser alterada em virtude
de termos ficado com menos um e há que dizer que resultou pois na segunda
metade [ou, por outra, nos 55` que jogámos], fomos sempre melhores, remetemos o
Grandolense ao sector defensivo e a saírem só em contra-ataque o nosso
guarda-redes sofreu dois golos sem fazer uma única defesa e já o mesmo não pode
dizer o nosso adversário. Estou convicto que apreciação da equipa contrária
será diferente mas quem esteve esta tarde em Grândola sabe que tenho razão, mas
para a história fica o resultado e esse deu o nosso opositor como vencedor.
Deixo no entanto aqui uma palavra de apreço a todos os meus atletas que
limitaram-se a fazer o que lhes foi pedido [determinação e comprometimento] e
nisso eles foram exímios".
"Monte de Caparica exige respeito, isenção, imparcialidade das equipas de arbitragem"
"Estou cansado de defender uma classe que em abono da
verdade tem muita gente que não merece ser defendida, nunca me desculpei nas
derrotas com os árbitros e não vou a começar agora a fazê-lo, nem quero com
este meu desabafo passar a ser beneficiado, quero isso sim respeito, isenção,
imparcialidade que são coisas que ultimamente não encontro nos nossos jogos.
Desde que estou no Monte Caparica Atlético Clube mudei a imagem deste clube no
que respeito às arbitragens, não é por acaso que nas duas últimas duas épocas
ficamos classificados em segundo lugar no prémio disciplina, impensável há uns
anos atrás. Hoje os árbitros vão apitar os nossos jogos e não estão preocupados
connosco pois sabem que o MCAC de agora nada tem a ver com o de antigamente e
eu sinto-me grande responsável por isso e entendo que é assim que tem de ser,
mas estou cansado de ouvir os meus jogadores, directores e associados, dizerem
que isto tem de acabar e que o que eles querem é que voltemos ao passado. Desde
o início da época que tenho visto treinadores queixarem-se das arbitragens por
isto por aquilo e no jogo seguinte ou seguintes as coisas melhoram substancialmente
pois deixamos de os ouvir falar, isto é normal? Não, não pode ser e quero
acreditar que é mera casualidade, agora também sei que os piores para os mais
mal classificados e os melhores para os mais bem classificados, mas nós também
não estamos melhores e muito podemos agradecer a quem tem tido tardes infelizes
connosco. Em 30 anos como treinador julgo que nunca ninguém me viu a ter um
desabafo destes mas hoje durante toda a viagem de Grândola até casa foram
muitas as chamadas que recebi de descontentamento e como líder da minha equipa
senti-me na obrigação de dizer alguma coisa, só espero que não caia em saco
roto".