Amora marca passo na Charneca…
TODOS OS GOLOS FORAM MARCADOS EM
LANCES DE BOLA PARADA
O
Amora não conseguiu melhor que um empate na partida que realizou no Campo do
Cassapo com o Charneca de Caparica relativa à 3.ª jornada do Campeonato
Distrital da 1.ª Divisão e por essa razão perdeu baixou para o terceiro lugar
da tabela classificativa deixando assim fugir o Desportivo Fabril e os Pescadores
da Costa de Caparica que continuam 100% vitoriosos.
O
jogo não correu de feição aos amorenses que andaram sempre a correr atrás do prejuízo
devido ao bom desempenho dos charnequenses que se adiantaram no marcador logo
aos três minutos de jogo por intermédio de Chaves, na sequência de um livre
lateral.
O
Amora sentia alguma dificuldade em pegar no jogo mas mesmo assim conseguiu
chegar ao empate por França na cobrança de uma grande penalidade cometida de
forma infantil pelo guarda-redes, Jenny. Mas passado algum tempo a equipa da
casa estava e novo na frente do marcador porque Edson, também na conversão de
um castigo máximo, conseguiu desfeitear de novo o guarda-redes do Amora,
Gustavo. E foi com o resultado de 2-1 favorável ao Charneca de Caparica que se
atingiu o intervalo.
Como
o resultado não lhe interessava o Amora surgiu na segunda parte com dois
jogadores de características puramente ofensivas na tentativa de minimizar a
situação mas as coisas não estavam a resultar devido essencialmente à boa
organização defensiva do Charneca de Caparica que sempre que de quando em vez
também tentava a sua sorte através de transições rápidas para o ataque.
O
maior assédio do Amora à baliza adversária acabou por resultar no golo do
empate obtido por Balela na cobrança de um livre, Apesar da tentativa das duas
equipa na procura da vitória nenhuma conseguiu marcar terminando assim o jogo
com a repartição de pontos que terá agradado muito mais ao Charneca de Caparica
que ao Amora, por razoes óbvias.
Na
próxima jornada o Charneca de Caparica desloca-se a Almada para mais um dérbi
concelhio e o Amora recebe o Fabril naquele que será o jogo mais importante da
jornada.
A OPINIÃO DOS TREINADORES
ÉLIO SANTOS,
treinador do Charneca de Caparica:
“Ficámos com um
amargo de boca porque sentimos que poderíamos ter ganho”
“Quem
foi ao Cassapo acho que gostou do que viu porque o jogo muito intenso.
Defrontaram-se duas boas equipas que foram muito competentes e porque os seus
jogadores mostraram sempre uma grande capacidade em querer ganhar porque
criaram muitas situações de perigo para ambas as balizas. O Amora na primeira
parte apenas chegou perto da nossa baliza em bolas paradas enquanto nós fomos
criando uma ou outra situação de golo. De qualquer forma há que dizer que o
jogo foi muito disputado a meio campo e que nós fomos para o intervalo a vencer
por 2-1, com todo o mérito. O golo do Amora foi obtido numa grande penalidade
ridícula na sequência de uma situação em que o nosso guarda-redes que tinha a
bola em seu poder não tinha necessidade de fazer o que fez. Foi um castigo
muito grande para a equipa que estava a jogar muito bem. Apesar de tudo respondemos
de forma bastante positiva porque conseguimos o segundo golo e até poderíamos ter
feito mais um ou outro. Na segunda parte o Amora surgiu com dois novos jogadores
e tornou-se mais forte. Nós passámos a jogar mais em contenção mas sempre que podíamos
tentávamos surpreender com ataques rápidos e até tivemos oportunidades para
dilatar a vantagem mas acabámos por sofrer o empate, num livre. Depois disso as equipas continuaram à procura
da vitória mas nenhuma delas conseguiu. Nós ainda conseguimos introduzir por
mais uma vez a bola na baliza adversária mas o lance foi anulado. Para nós, o resultado
é positivo mas mesmo assim ficamos com um amargo de boca porque sentimos que poderíamos
ter ganho. A equipa de arbitragem teve trabalho difícil porque foi sujeita a
uma grande pressão por parte das duas equipas que também não facilitaram”.
DAVID MARTINS, treinador do Amora:
“Fomos premiados com um ponto que acaba por ser um mal menor”
“Não foi um bom jogo. Estava muito difícil de jogar,
a bola andou muito tempo pelo ar e foi um jogo muito físico, muito agressivo e
tecnicamente não foi muito disputado. Nós entrámos mal no jogo, tínhamos alertado
para as bolas paradas por se tratar de um campo pequeno mas foi exactamente
dessa forma que sofremos o primeiro golo logo aos dois minutos, num livre
lateral. Depois reagimos bem e pressionámos mas não tivemos muita capacidade de
ter bola porque o adversário se mostrava bem organizado. Conseguimos empatar de
penalti mas depois sofremos novo golo numa situação em que fomos demasiado passivos
na abordagem ao lance porque demorámos muito tempo a afastar abola da nossa
zona defensiva. Chegámos ao intervalo a perder porque havíamos estado amorfos,
complicativos e as coisas não tinham corrido bem. Na segunda parte mexemos na
equipa, começámos a ter mais bola, passámos a ser mais objectivos, mais
agressivos e passámos mais tempo no meio campo do adversário. Em termos de
oportunidades, não houve muitas porque foi um jogo muito jogado a meio campo. O
resultado acaba por se aceitar por aquilo que as equipas fizeram e principalmente
pela postura do Charneca que apresentou uma boa organização defensiva e muita
capacidade de luta e porque nós reagimos sempre às adversidades. Estivemos
sempre em desvantagem e acabámos por ser premiados com um ponto que acaba por
ser um mal menor, tendo em conta o que se passou”.