Comércio
e Industria surpreende em Alcochete…
ALCOCHETENSE
NÃO CONSEGUE MELHOR QUE UM EMPATE NO JOGO DE ESTREIA
O
Alcochetense, um dos mais fortes candidatos ao título, não conseguiu melhor que
um empate no jogo que disputou em casa com o Comércio e Indústria relativo à
jornada inaugural do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão.
Para
a equipa de Alcochete foi sem dúvida alguma um resultado inesperado que em nada
satisfez os seus adeptos e para a equipa setubalense um desfecho altamente
moralizador para o resto da competição.
A
jogar em casa, a equipa alcochetana assumiu o comando do jogo na tentativa de
chegar cedo ao golo e foi de facto isso que aconteceu por intermédio de Marco
Véstia, aos 25 minutos, depois de ter desperdiçado mais algumas ocasiões. Neste
período, a equipa sadina foi demonstrando boa organização defensiva mas não
teve grandes chances em termos ofensivos, dando assim muito pouco trabalho ao guardião
Pedro Góias.
Na
segunda parte o Comércio e Indústria chegou ao empate aos 50 minutos com um
golo obtido por Tiago Cortez mas o Alcochetense não esmoreceu e continuou a
desenvolver o seu futebol na tentativa de chegar outra vez ao golo. Criou de
facto algumas oportunidades mas os sadinos também tiveram algumas embora em
número muito mais reduzido.
Apesar
do esforço desenvolvido e da pressão exercida os alcochetanos não conseguiram
aproveitar as oportunidades sendo penalizados por isso enquanto os setubalenses
foram premiados devido essencialmente à grande entrega dos seus jogadores que
levavam a lição bem estudada.
Na
próxima jornada o Alcochetense desloca-se à Costa de Caparica para defrontar os
Pescadores e o Comércio e Indústria recebe o Monte de Caparica no campo da Bela
Vista.
A OPINIÃO DOS
TREINADORES:
JOSÉ PEDRO. Treinador
do Alcochetense:
“Foram mais dois pontos
perdidos que um ponto ganho”
“Considero que foram mais
dois pontos perdidos que um ponto ganho porque desde o início até ao fim fomos
sempre uma equipa que procurou o golo. Conseguimos criar oportunidades mas não concretizamos
grande parte delas. Neste jogo entrámos muito fortes e fizemos o golo aos 25
minutos pelo Véstia mas, antes disso, já tínhamos tido três situações para
fazer e dominámos por completo até ao final da primeira parte. Considero mesmo
injusto o resultado ao intervalo porque o nosso guarda-redes até então não
havia feito uma única defesa. Na segunda parte tentámos rectificar alguns
pormenores mas oferecemos por completo o golo do empate na única vez que o Comércio
chegou à nossa baliza. Depois disso, tivemos cinco situações flagrantes para
marcar mas não conseguimos porque o adversário também se mostrou organizado e
talvez mais forte que na época anterior mas fica uma espinha atravessada na
garganta porque tivemos inúmeras oportunidades e não conseguimos marcar mais
que um golo. Vamos ter que melhorar a finalização. De qualquer forma, neste
jogo fizemos o suficiente para ganhar porque exercemos um domínio total do
princípio ao fim, fomos melhores, criámos mais situações e estivemos sempre mais
próximos da vitória. Portanto, em minha opinião não conquistámos um ponto mas
perdemos dois”.
CARLOS RIBEIRO,
treinador do C. Indústria:
“Faltou-nos apenas um
pouco mais de serenidade para podermos trazer os três pontos”
“Se me perguntassem
antes do jogo se queria um ponto aceitava logo com as duas mãos porque jogava
em casa de um dos candidatos mas no final do jogo não vou dizer que sabe a pouco
ou que se trata de justiça ou injustiça mas não relata o que se passou no jogo
porque falhámos algumas boas situações perto do final para poder ganhar o jogo.
Faltou-nos apenas um pouco mais de serenidade para podermos trazer os três pontos.
Uma dessas ocasiões foi mesmo sem o guarda-redes na baliza, ele estava fora da
área e nós não conseguimos desviar e empurrar para dentro da baliza. Mas,
também temos que reconhecer que o Alcochetense durante quase toda a segunda
parte também procurou os três pontos e nós em alguns lances, para além da
competência, também tivemos alguma sorte. Nos últimos vinte minutos o
Alcochetense meteu muita gente na frente mas nós soubemos defender e até poderíamos
ter resolvido as coisas a nosso favor. Temos que aceitar o resultado como justo
tendo em conta aquilo que as equipas fizeram em campo”.