Almada terminou o jogo
apenas com nove jogadores…
MONTE DE CAPARICA DÁ
UMA SAPATADA NA CRISE DE RESULTADOS
O Monte de Caparica,
que ainda não tinha obtido qualquer resultado positivo esta época, derrotou o
Almada por 2-0 no dérbi realizado no Campo Rocha Lobo, a contar para a primeira
jornada do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão.
O Almada que tinha tido
uma boa prestação na taça associativa não conseguiu manter o nível exibicional
até então desenvolvido e acabou por sair derrotado, sem apelo nem agravo, de
uma partida em que nada lhe correu de feição.
A primeira parte
decorreu de forma equilibrada mas com algum ascendente do Monte de Caparica que
criou várias oportunidades mas apenas concretizou uma por Bruninho,
precisamente aos 34 minutos. Com a expulsão de Sandro logo a seguir a equipa
almadense ficou mais frágil mas até ao intervalo o resultado não sofreu mais
qualquer alteração.
Na segunda parte o
Monte de Caparica voltou a entrar bem e aos 53 minutos aumentou a vantagem para
2-0, por intermédio de Miguel. Mesmo jogando em inferioridade numérica a equipa
almadense reagiu com Yoruba a proporcionar uma excelente defesa a Didó mas
pouco depois surgiu mais um rude golpe para a equipa do Pragal que ficou
privada de mais um jogador, precisamente Yoruba, passando assim a jogar de nove
contra onze desde os 64 minutos.
Com dois golos de
vantagem e mais dois jogadores em campo, o Monte de Caparica foi gerindo o jogo
e acabou por obter o tão desejado triunfo que colocou um ponto final na crise
de resultados que vinha tendo desde o início da época.
Na próxima jornada o
Monte de Caparica desloca-se a Setúbal para defrontar o Comércio Indústria no
Campo da Bela Vista e o Almada recebe no Pragal a ADQC.
A OPINIÃO DOS TREINADORES
JOSÉ MEIRELES,
treinador do Monte de Caparica:
“Esperemos
que este tenha sido o jogo da viragem”
“Sabíamos
que íamos ter um jogo difícil contra uma equipa que vinha de bons resultados na
Taça e nós em contrapartida vínhamos de quatro derrotas consecutivas. Durante
toda a semana falámos com a equipa não só motivando-os para o dérbi que se
aproximava mas também para a viragem que tínhamos que encontrar para este grupo,
que sabemos ter qualidade mas que por esta ou aquela razão ainda não se
encontrou. Este jogo era ideal para essa viragem, esperemos que tenha sido isso
mesmo. Entrámos concentrados e bem posicionados dentro do campo com as
entreajudas a funcionarem na plenitude, o jogo esteve mais ou menos equilibrado
nos primeiros 45 minutos mas sempre connosco por cima, já que só nós é que criámos
situações de golo e não fosse a extraordinária exibição do guardião contrário, teríamos
ido para o intervalo com o jogo resolvido. Com a expulsão do Sandro as coisas
ficaram mais fáceis para nós já que ele é o pêndulo daquele meio campo. No
segundo período começámos da melhor maneira ao fazer o segundo golo, de belo
efeito. Penso mesmo que já merecíamos essa diferença. À passagem do minuto 55, Didó
disse estar presente e executou uma defesa de grande nível negando o golo a
Yoruba, que aos 64 minutos num acto irreflectido viria a ser expulso, acabando
aqui as esperanças da sua equipa dar a volta. Até final da partida, foi só
controlar o jogo e falhar algumas boas situações para aumentar o score que a
acontecer seria injusto para o nosso adversário. Penso que quem se deslocou
hoje ao Rocha Lobo teve oportunidade de ver três boas atuações, a nossa, a do
nosso adversário e a da equipa de arbitragem que esteve simplesmente
irrepreensível”.
LUÍS FIRMINO, treinador
do Almada:
“Entrámos muito mal no
jogo. Depois ficou dividido, nós tivemos duas oportunidades muito superficiais para
concretizar mas não conseguimos e eles num canto acabaram por marcar. Logo de
seguida, ficámos reduzidos a 10 jogadores por expulsão do Sandro e as coisas
tornaram-se mais difíceis. Ao intervalo tentámos rectificar mas eles fizeram o
segundo golo logo a abrir. Depois como nova expulsão [Yoruba] ficámos reduzidos
a nove jogadores e tudo se tornou ainda mais complicado. Quero destacar a
grande atitude daqueles que entraram e daqueles que terminaram o jogo, tiveram
de facto uma atitude enorme, uma grande força de vontade e lutaram até ao fim,
mesmo a jogarem de nove contra 11”.