ADQC acusou alguma ansiedade no jogo
de estreia…
AMORA ARRECADA OS PRIMEIROS TRÊS
PONTOS NA QUINTA DO CONDE
Este era o jogo de estreia da ADQC no
Campeonato Distrital da 1.ª Divisão e por isso mesmo notou-se nos minutos
iniciais da partida alguma ansiedade por parte dos jogadores da equipa da casa.
O Amora, com uma equipa muito mais
experiente, soube tirar partido disso e foi exercendo algum domínio sobre o
adversário resultando daí o primeiro golo marcado por Hugo Graça, aos 19
minutos.
A ADQC tentava contrariar a maior agressividade
em termos ofensivos do Amora mas a tarefa estava a tornar-se complicada. Ainda
assim foi aguentando o volume de jogo da equipa amorense até quase ao intervalo
mas um deslize defensivo permitiu que o adversário aumentasse para 2-0, por
Joca, ainda antes do apito final da primeira metade do jogo.
Na segunda parte, as coisas já
decorreram de outra forma. A equipa da Quinta do Conde surgiu com dois novos
jogadores e com uma estratégia diferente, que acabou por resultar. O jogo
tornou-se então mais dividido e Madureira foi obrigado a aplicar-se a fundo
algumas vezes para evitar o pior para a sua baliza. O Amora, por sua vez, para
além de ir gerindo a vantagem apostava nas transições e o golo também esteve
eminente em algumas ocasiões.
O encontro aproximava-se do fim e a
ADQC que demonstrava algum inconformismo acabou mesmo por chegar ao golo (86’) num
lance de bola parada muito bem concluído por Cláudio. Pouco depois, terminava a
partida com a vitória do Amora, por duas bolas a uma.
Na próxima jornada o Amora recebe o
U. Banheirense no Estádio da Medideira e a ADQC desloca-se ao Campo do Pragal
para defrontar o Almada.
A
OPINIÃO DOS TREINADORES
MANUEL PINÉU,
treinador da ADQC:
“Nos minutos
iniciais acusámos alguma ansiedade porque era o jogo de estreia no campeonato”
“Jogo
de estreia da nossa equipa no campeonato da 1.ª divisão distrital. Na primeira parte
os minutos iniciais foram de alguma ansiedade, fruto disso o Amora inaugurou o
marcador muito cedo. Após o golo sofrido, e até quase ao final da primeira parte,
fomos contendo o melhor futebol da equipa visitante, que neste período teve
sempre mais bola, ganhou alguns cantos e que esteve sempre melhor que nós. No último
minuto dos descontos sofremos o segundo golo, num erro clamoroso da nossa parte
e fomos para o intervalo a perder por 2-0. Sabíamos que a diferença de dois golos
perante uma equipa mais experiente que a nossa e com jogadores que sabem ter
bola, iria dificultar e muito a tarefa para os segundos 45 minutos. Neste
sentido, ao intervalo fizemos duas alterações que vieram a mexer com o jogo e a
permitir um maior equilíbrio. Nesta segunda parte, penso que fomos mais
consistentes, mais intensos e claramente o jogo passou a ser dividido entre os dois
meios campos. Se o Amora podia ter marcado e até admito que sim, porque nos
expusemos em busca de um golo que nos pudesse colocar na discussão da partida, também
é verdade que os últimos 20 minutos foram claramente emotivos. Catarino, por
duas vezes, fez com que Madureira fizesse duas defesas de grande qualidade. Já muito
perto do fim, após mais uma grande defesa do Madureira, o Cláudio, numa segunda
bola, marcou o nosso golo. Penso que o Amora irá ser uma equipa que ao longo do
campeonato irá ocupar os lugares cimeiros da tabela mas a ADQC em nada ficou a
dever na entrega e crer que demonstrou e isso deixou-nos bastante satisfeitos”.
DAVID MARTINS, treinador do Amora:
“Na primeira parte jogámos quase sempre no meio campo
contrário mas na segunda já foi diferente”
“Entrámos bem e dominámos o jogo em todas as
suas vertentes, fomos agressivos, mais rápidos sobre a bola e jogámos quase
sempre no meio campo do adversário. Tivemos várias situações de golo e
concretizámos duas que nos deram a vantagem ao intervalo. Que me lembre a
Quinta do Conde não teve um lance de verdadeiro perigo na primeira parte. No
regresso do intervalo, eles surgiram com algumas alterações e mudaram um pouco
a sua estratégia, procuram um futebol mais directo metendo mais gente na frente
e criaram algumas dificuldades mas nós nas transições e tivemos várias de dois
contra um, três contra dois e uma de um contra zero em que podíamos ter feito o
terceiro golo. Não fizemos porque decidimos mal essas situações e eles num
lance de bola parada fizeram o 2-1. Podiam tê-lo feito antes em duas situações
em que o Madureira faz duas excelentes defesas. Nos últimos minutos não
aconteceu nada de especial e nós acabámos por conquistar uma vitória que foi
inteiramente merecida e extremamente importante nesta longa caminhada”.