A taluda ficou no Algarve…
AMORA SEM SORTE NA LOTARIA DAS GRANDES PENALIDADES
O Amora foi afastado da Taça de Portugal pelo Lagoa,
num jogo que só foi decido nas grandes penalidades. No final do tempo
regulamentar registava-se uma igualdade a uma bola sendo necessário jogar-se
mais 30 minutos. No prolongamento, como ninguém conseguiu marcar foi necessário
recorrer-se à marcação de grandes penalidades tendo aí a sorte bafejado a
equipa algarvia.
O jogo em si foi bem disputado por duas equipas que
mostraram alguma qualidade. A partir sensivelmente dos 15 minutos, o Amora
pegou no jogo, ganhou alguma superioridade e criou algumas oportunidades mas
não conseguiu marcar mantendo-se por isso mesmo o marcador em branco até ao
intervalo.
Logo no início da segunda parte um deslize da defensiva
amorense deu origem ao golo do Lagoa que pouco tinha feito para o conseguir. Em
desvantagem, David Martins mexeu na equipa fazendo entrar dois jogadores de
características mais ofensivas e passado pouco tempo estava restabelecida a
igualdade.
Com a partida empatada ambas as equipas foram à
procura do golo mas até ao final nenhuma conseguiu marcar, facto que originou
um prolongamento de 30 minutos do qual nada resultou, embora o Amora tivesse
estado muito perto de marcar quando Lacão atirou à barra da baliza algarvia.
Na lotaria dos penaltis a sorte acabou por pender
para o lado do Lagoa que concretizou quatro enquanto os amorenses se ficaram
pelas três.
Janita, Kalu, Miguel Boto e Lúcio Pires marcaram pelo
Lagoa e França, Joca e Alex pelo Amora.
Batalha, Cristiano e Afonso (Lagoa) e Formiga,
Miguel Lampreia, Willians e André Dias (Amora) não conseguiram alvejar com
êxito as redes contrárias, no desempate.
Portanto, feitas as contas constata-se que o
vencedor só foi encontrado após a cobrança do sétimo penalti.
DAVID
MARTINS, treinador do Amora:
“Não tenho nada
a apontar aos jogadores porque foram todos extraordinários”
“Não
primeiros quinze minutos não estivemos muito bem porque tivemos alguma
dificuldade em gerir a posse da bola e demos muito espaço para eles poderem
pensar o jogo. Situação perfeitamente normal porque se tratava do primeiro jogo
da época e a equipa entrou um pouco ansiosa. Depois começámos a assentar o
nosso jogo, conseguimos ter mais bola, a fazer mais circulação e criámos várias
situações de golo na primeira parte mas não concretizámos e fomos para o
intervalo com o marcador em branco. No primeiro minuto da segunda parte, numa
falha da nossa defensiva, eles aproveitam e fazem o 1-0. Nós fizemos algumas
alterações, reagimos procurando ter mais acutilância na frente, mais presença
na área e fizemos o golo do empate. Depois o jogo ficou equilibrado e mais
repartido mas a ser jogado mais a meio campo e com poucas oportunidades, tanto
de um lado como do outro. No prolongamento podíamos ter feito um golo numa bola
chutada pelo Lacão que vai ao poste, eles também podiam ter feito numa situação
em que o Madureira repõe mal a bola em jogo redimindo-se depois com uma grande
defesa e acabámos por ir para os penaltis”.
“A
equipa tinha apenas três semanas de trabalho e nós sabíamos
que em termos físicos só estávamos em condições para aguentar para aí 70 minutos. Fizemos 120 e
alguns jogadores sentiram muitas dificuldades mas não tenho nada a apontar-lhes
porque na verdade foram extraordinários pela competitividade, pela agressividade,
pela capacidade e pela entrega ao jogo. Foi pena termos falhado nos penaltis. Só
tenho que lhes dar os parabéns”.