Alcochetense esteve
muito perdulário sobretudo na primeira parte…
QUEM NÃO MATA
ARRISCA-SE A MORRER FOI O QUE ACONTECEU
O Alcochetense, que
havia sido repescado da eliminatória anterior, terminou o seu percurso na Taça
de Portugal sendo afastado pelo Atlético de Arcos de Valdevez, que milita no Campeonato
Distrital de Viana do Castelo.
A equipa de Alcochete
não foi em nada inferior ao seu adversário [bem pelo contrário] e só acabou por
perder por manifesta falta de sorte dos seus jogadores que não conseguiram aproveitar
as oportunidades flagrantes que tiveram sobretudo na primeira parte, período em
que exerceram um domínio bastante acentuado sobre o adversário. Por aquilo que
jogou nos primeiros 45 minutos não restam quaisquer dúvidas que o Alcochetense
merecia estar em vantagem.
Na segunda parte, que
foi menos bem jogada pelos alcochetanos, a equipa minhota colocou-se em
vantagem na cobrança de um livre directo por intermédio de Pedro Rocha, aos 75
minutos.
José Pedro tentou dar
sangue novo à equipa com algumas alterações introduzidas mas pouco depois (82’)
num contra-ataque o Atlético dos Arcos aumentou para 2-0, por Luís Campos e
tudo se tornou ainda mais complicado porque o tempo já era escasso para tentar
recuperar a desvantagem de dois golos.
No final a opinião era
unânime. O Alcochetense foi a equipa que melhor futebol praticou e a que mais
oportunidades de golo criou. Só ficou pelo caminho porque os seus jogadores não
conseguiram finalizar com êxito e o adversário foi mais eficaz.
A OPINIÃO DO TREINADOR
JOSÉ
PEDRO, treinador do Alcochetense:
“Podíamos
ter resolvido o jogo no decorrer da primeira parte”
“Não
tínhamos um grande conhecimento do adversário mas estávamos devidamente preparados
para o jogo. Nos primeiros 10 minutos ficámos na expectativa mas depois até ao
intervalo dominámos por completo e exercemos uma grande avalanche ofensiva quer
pelo corredor direito, quer pelo esquerdo e neste período estivemos sempre mais
perto do golo, nomeadamente através do Marco Véstia e do Willy que se isolaram
e não conseguiram marcar. Nesta altura notava-se mesmo algum descontentamento
por parte do público afecto à equipa da casa pela sua fraca prestação.
Na
segunda parte de forma inexplicável alguns dos nossos jogadores mais influentes
baixaram de rendimento. O adversário, que jogava lento, foi-nos adormecendo e a
verdade é que foi uma segunda parte completamente diferente da primeira, muito
por culpa nossa, porque o Atlético dos Arcos nunca nos causou grandes preocupações.
Num livre directo eles fazem o 1-0, na sequência do golo mexi na equipa mas pouco
depois num contra-ataque o adversário faz o segundo golo e acabou com o jogo.
Não
foi por causa do árbitro que perdemos mas há dois lances de dúvida que ficaram;
um ainda na primeira parte num cabeceamento do Pedro Henriques que terá feito a
bola entrar na baliza, sem que o árbitro sancionasse, e uma falta sobre o Bruno
Pais para penalti que não foi assinalada.
A
direcção deu-nos todas as condições e [já que fomos repescados] queríamos
continuar em competição. É evidente que ficámos um pouco tristes com o
resultado mas há que levantar a cabeça e seguir em frente concentrados agora
apenas na taça distrital e no campeonato”.