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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

C. PIEDADE - LOULETANO»» Reportagem

Sérgio Bóris, treinador do C. Piedade…

“NÃO FOI UMA EXIBIÇÃO FANTÁSTICA MAS FOI RAZOÁVEL PERANTE UM ADVERSÁRIO MUITO FORTE”

Começar a ganhar é sempre bom?
Tem sido sempre assim no Campeonato Nacional de Seniores. No primeiro ano foi 3-0 contra o Barreirense, o ano passado 3-0 ao Fabril e agora 1-0 ao Louletano, um adversário forte, organizado e muito bem orientado. Tem processos bem definidos mas parece-me que demos uma boa resposta. Não entrámos bem na primeira parte mas depois acertámos, corrigimos, tomámos conta do jogo e podíamos ter ido para o intervalo com uma vantagem mais dilatada. Na segunda parte também não entrámos bem. Estivemos algo apáticos a ver o que o jogo dava e sentimos alguma dificuldade nos primeiros 15 minutos, por alguma apatia nossa mas também por mérito do adversário que chegou mais à frente, encurtou as linhas e arriscou mais. A partir daí equilibrámos, o adversário optou por jogar directo e nós fomos controlando sempre à procura do segundo golo. No cômputo geral acho que se desse empate era aceitável mas se alguém tivesse que ganhar teríamos que ser nós. Portanto, parece-me justa a vitória da minha equipa que teve uma excelente atitude. Creio que fez uma exibição [não fantástica, mas] razoável, perante um adversário muito forte.

O jogo terminou de forma esquisita com muitas expulsões. Que tem a dizer sobre isso?
No que a nós diz respeito, tenho que dizer que o Ceitil é possivelmente o jogador mais inocente que temos no nosso grupo. Disse-me que o árbitro lhe tinha dito que foi expulso porque tinha dado uma cotovelada na cara do adversário. Não tenho dúvida que se o fez foi sem querer. Pareceu-me uma expulsão completamente desajustada e deslocada daquilo que foi o jogo. Em relação às expulsões do adversário, eles que falem. Se há ou não razão só o árbitro pode dizer.   

E para a semana?
Vamos a Castro Verde defrontar um adversário que não conhecemos. Fizemos observação e a partir de amanhã [segunda-feira] começaremos a pensar nesse jogo e na recuperação dos jogadores que se encontram tocados para encararmos o jogo com o mesmo espírito que encarámos este. Não prometemos vitórias, mas sim um espírito de vitória que são coisas bem diferentes. Vamos entrar em qualquer estádio, contra qualquer adversário com a ideia bem definida, que consiste na conquista dos três pontos. Sabemos que não vamos conseguir sempre, mas a ideia é essa e é também esse o compromisso colectivo que assumimos.   


LUÍS MANUEL, TREINADOR DO LOULETANO:

“O empate seria o resultado mais justo, mas perdemos, paciência…”

Que tem a dizer sobre a derrota da sua equipa?
Viemos preparados para um jogo difícil porque sabíamos que o Cova da Piedade tinha uma equipa com jogadores experientes mas nós apresentámo-nos apenas com 12 jogadores e isso condicionou um pouco a nossa estratégia porque não conseguimos mexer na equipa como seria desejável. Com o resultado negativo tivemos que tirar um médio ofensivo para colocar um médio defensivo porque não havia mais ninguém e alguns jogadores já acusavam sinais de fadiga. De qualquer forma, os jogadores que estiveram em campo deram um sinal claro de que quando as coisas estiverem totalmente resolvidas os resultados positivos vão aparecer. Temos uma equipa forte [tal como o C. Piedade tem] mas quando tivermos mais gente seremos ainda mais fortes, naturalmente. Esta foi uma circunstância atípica porque nem guarda-redes suplente tínhamos. Na segunda parte também poderíamos ter chegado ao golo. Penso que o empate seria resultado mais justo, mas perdemos, paciência…

Qual a razão para tão reduzido número de jogadores?
Para além dos 11 que jogaram só tínhamos mais dois jogadores no banco e um deles [o Costinha] estava lesionado, veio só para fazer número. A razão tem a ver com o certificado de jogadores [que pertencem a empresários] que não chegaram. As coisas não andaram com o ritmo que nós queríamos devido a algumas dificuldades e aconteceram. No próximo domingo já devemos apresentar toda a gente…