Sérgio
Bóris, treinador do C. Piedade…
“NÃO
FOI UMA EXIBIÇÃO FANTÁSTICA MAS FOI RAZOÁVEL PERANTE UM ADVERSÁRIO MUITO FORTE”
Começar a ganhar
é sempre bom?
Tem
sido sempre assim no Campeonato Nacional de Seniores. No primeiro ano foi 3-0 contra
o Barreirense, o ano passado 3-0 ao Fabril e agora 1-0 ao Louletano, um
adversário forte, organizado e muito bem orientado. Tem processos bem definidos
mas parece-me que demos uma boa resposta. Não entrámos bem na primeira parte
mas depois acertámos, corrigimos, tomámos conta do jogo e podíamos ter ido para
o intervalo com uma vantagem mais dilatada. Na segunda parte também não
entrámos bem. Estivemos algo apáticos a ver o que o jogo dava e sentimos alguma
dificuldade nos primeiros 15 minutos, por alguma apatia nossa mas também por
mérito do adversário que chegou mais à frente, encurtou as linhas e arriscou
mais. A partir daí equilibrámos, o adversário optou por jogar directo e nós
fomos controlando sempre à procura do segundo golo. No cômputo geral acho que
se desse empate era aceitável mas se alguém tivesse que ganhar teríamos que ser
nós. Portanto, parece-me justa a vitória da minha equipa que teve uma excelente
atitude. Creio que fez uma exibição [não fantástica, mas] razoável, perante um
adversário muito forte.
O jogo terminou
de forma esquisita com muitas expulsões. Que tem a dizer sobre isso?
No
que a nós diz respeito, tenho que dizer que o Ceitil é possivelmente o jogador
mais inocente que temos no nosso grupo. Disse-me que o árbitro lhe tinha dito
que foi expulso porque tinha dado uma cotovelada na cara do adversário. Não
tenho dúvida que se o fez foi sem querer. Pareceu-me uma expulsão completamente
desajustada e deslocada daquilo que foi o jogo. Em relação às expulsões do adversário,
eles que falem. Se há ou não razão só o árbitro pode dizer.
E para a semana?
Vamos
a Castro Verde defrontar um adversário que não conhecemos. Fizemos observação e
a partir de amanhã [segunda-feira] começaremos a pensar nesse jogo e na
recuperação dos jogadores que se encontram tocados para encararmos o jogo com o
mesmo espírito que encarámos este. Não prometemos vitórias, mas sim um espírito
de vitória que são coisas bem diferentes. Vamos entrar em qualquer estádio,
contra qualquer adversário com a ideia bem definida, que consiste na conquista
dos três pontos. Sabemos que não vamos conseguir sempre, mas a ideia é essa e é
também esse o compromisso colectivo que assumimos.
LUÍS MANUEL,
TREINADOR DO LOULETANO:
“O empate seria o
resultado mais justo, mas perdemos, paciência…”
Que tem a dizer
sobre a derrota da sua equipa?
Viemos
preparados para um jogo difícil porque sabíamos que o Cova da Piedade tinha uma
equipa com jogadores experientes mas nós apresentámo-nos apenas com 12
jogadores e isso condicionou um pouco a nossa estratégia porque não conseguimos
mexer na equipa como seria desejável. Com o resultado negativo tivemos que tirar
um médio ofensivo para colocar um médio defensivo porque não havia mais ninguém
e alguns jogadores já acusavam sinais de fadiga. De qualquer forma, os
jogadores que estiveram em campo deram um sinal claro de que quando as coisas
estiverem totalmente resolvidas os resultados positivos vão aparecer. Temos uma
equipa forte [tal como o C. Piedade tem] mas quando tivermos mais gente seremos
ainda mais fortes, naturalmente. Esta foi uma circunstância atípica porque nem
guarda-redes suplente tínhamos. Na segunda parte também poderíamos ter chegado ao
golo. Penso que o empate seria resultado mais justo, mas perdemos, paciência…
Qual a razão
para tão reduzido número de jogadores?
Para
além dos 11 que jogaram só tínhamos mais dois jogadores no banco e um deles [o
Costinha] estava lesionado, veio só para fazer número. A razão tem a ver com o
certificado de jogadores [que pertencem a empresários] que não chegaram. As coisas
não andaram com o ritmo que nós queríamos devido a algumas dificuldades e
aconteceram. No próximo domingo já devemos apresentar toda a gente…