Câmara
Municipal mostrou alguma abertura…
NÃO
DEIXEM MORRER O HÓQUEI NO SEIXAL
Na
sequência da luta que estão a desenvolver no sentido de não deixarem morrer o
hóquei no Seixal realizou-se esta tarde uma manifestação em frente à Câmara
Municipal do Seixal, com objectivo de encontrar uma solução alternativa à
continuação da modalidade no concelho.
Depois de algum
tempo de manifestação o clube foi recebido pela autarquia tendo sido proposto
pela Câmara Municipal que a direcção do Seixal FC (1925) procurasse saber a
possibilidade de aluguer de um pavilhão por uma época.
Neste sentido foi contraproposto
pela comissão de manifestantes que fosse coberto um ringue dos construídos para
o Futsal (agora praticamente sem uso devido à alteração das regras) com uma
estrutura provisória, de forma a viabilizar a próxima época.
Embora nada tenha ficado decidido parece
que as coisas começam finalmente a querer evoluir. A Câmara Municipal mostrou
alguma abertura na resolução do problema e isso é um bom presságio.
Para bem da modalidade, e dos cerca de
100 atletas que a praticam, seria óptimo que fosse encontrada uma solução,
ainda que provisória…
Para quem não conhece aqui fica a história
Entretanto, com o objectivo de esclarecer
a opinião pública e aqueles que estão menos familiarizados com a situação, os
seixalenses publicaram no facebook a seguinte mensagem:
A história é relativamente simples, nos
anos 80 a direcção do Seixal Futebol Clube contraiu dívidas nomeadamente às
finanças que executaram a penhora sobre o Pavilhão da Quinta dos Franceses
levando à venda pela fantástica quantia de 111 mil euros (sim isso mesmo que
está a pensar, mal dá para comprar um apartamento) tendo sido vendido a um
particular para fazer um armazém de fruta e outros artigos, que agora pede para que a
modalidade que utiliza o pavilhão saia. À Camara tem sido pedido que encontre
um pavilhão escolar que possa ser utilizado para já, ou que faça a cobertura
provisória de um ringue descoberto (existem vários no concelho) até ser
encontrada uma solução definitiva, coisa que se tem mantido irredutível,
dizendo que não pode fazer nada, como se fosse surpreendida com a novidade de o
hóquei ficar sem casa.
Terminam 30 anos de pavilhão para o hóquei mas também
para toda a comunidade. O nosso pavilhão sempre esteve à disposição da Junta de
Freguesia, da Câmara Municipal, da Misericórdia do Seixal, colectividades e empresas
do concelho, na maioria das vezes sem cobrarmos um cêntimo mesmo sabendo que
tínhamos consumos de luz e gás para pagar. É uma perca para o hóquei no Seixal principalmente mas também uma perca para a
sociedade.
O hóquei no Seixal começou na Mundet,
depois passou para a Siderurgia Nacional e só por volta de 1986 com a
inauguração do Pavilhão da Quinta dos Franceses se criou como modalidade dentro
do Seixal Futebol Clube.
Acaba assim uma modalidade com cerca 60 anos no concelho e 30 no Pavilhão dos Franceses, que engloba todos os escalões, envolvendo cerca de 100 atletas e movimentando perto de 400 pessoas entre atletas, pais, amigos, treinadores, técnicos e dirigentes.
Para o Estado encaixar 111 mil euros
acaba um património de décadas.
Ao poder local fica a falta de vontade
em encontrar uma solução.
Não deixem morrer o hóquei no Seixal.
Fonte de informação e fotos: Seixal Hóquei 1925
Fonte de informação e fotos: Seixal Hóquei 1925