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segunda-feira, 20 de julho de 2015

DANIEL DIREITO»» Vai jogar no Praia de Milfontes

Desta vez não acompanhou o pai que regressou a Sines…

“QUANDO ERA JUVENIL TIVE A OPORTUNIDADE DE IR PARA O SPORTING”

Daniel Direito, médio-ofensivo, 31 anos, formado no Vasco da Gama de Sines [clube que representou durante 13 anos, nove dos quais consecutivos], tem passado grande parte da sua carreira no distrito de Setúbal [U. Santiago, “Os Independentes”], com algumas incursões pelo distrito de Beja [Aljustrelense e Ferreirense], onde regressa esta época para representar o Clube Desportivo Praia de Milfontes.

O jogador que na época passada marcou 16 golos pelo U. Santiago, na 1.ª Divisão da AF Setúbal, transferiu-se para um clube que vai apostar forte nas competições onde vai participar e as expectativas são bastante elevadas.

O JORNAL DE DESPORTO conhecedor da transferência falou com o jogador que confessou estar arrependido de algumas opções que tomou em determinados momentos da sua carreira que não permitiram que tivesse jogado em clubes mais credenciados em competições de outro nível (I e II Liga).  

Na entrevista que nos concedeu, Daniel Direito explicou as razões porque se transferiu para Vila Nova de Milfontes, porque não acompanhou o pai no regresso a Sines e daquilo que pretende fazer esta época tanto a nível individual, como a nível colectivo.

“Acredito no projecto do clube, no seu treinador e no presidente”

Quais foram os principais factores que contribuíram para a mudança?
Primeiro a forma clara e objectiva como falaram comigo e a ambição que me foi transmitida e depois porque acredito no projecto do clube, no seu treinador e no presidente.

A transferência foi considerada uma surpresa porque normalmente acompanha o seu pai nos clubes por onde ele tem passado, como treinador. Desta vez isso não aconteceu. Porquê?
Não aconteceu porque o Vasco da Gama é um clube com uma formação muito boa e por entender que este era o momento ideal para tirar o máximo proveito dela porque tem um treinador que sabe tirar rendimento dos jovens. Se eu ficasse poderia estar a tapar algum dos jovens talentosos que jogam na minha posição. Creio que foi melhor assim para todas as partes. Com isto, não quer dizer que um dia não possa voltar ao clube.

Como é que os companheiros têm olhado para si, sabendo que é filho do treinador. Isso nunca afectou o vosso relacionamento no balneário?
De forma nenhuma. Olham para isso com naturalidade porque o meu pai como treinador nunca fez qualquer diferença. Por brincadeira, até dizia que no plantel eram todos filhos dele e tratava-os como tal.

As opções de vida das quais se arrepende…

O Daniel Direito é um médio ofensivo que normalmente marca muitos golos. É isso que vai querer continuar a fazer agora em Vila Nova de Milfontes?
Claro que sim. No Praia de Milfontes vou ser eu próprio. Vou dar tudo de mim ao clube. Tenho a certeza que com muito trabalho os golos aparecerão naturalmente.

Sendo um jogador de reconhecida qualidade por que razão não chegou a um clube de patamar mais elevado. Ao longo da carreira de jogador nunca surgiu essa oportunidade?
Foram opções de vida das quais me arrependo um pouco. Quando era juvenil tive a oportunidade de ir para o Sporting mas não aproveitei e já em sénior tive duas oportunidades para ir para a segunda liga e a oportunidade de fazer um estágio de pré-temporada numa equipa da primeira liga mas optei pela segurança de vida porque sou efectivo no meu emprego desde os 23anos e não quis arriscar.

Que objectivos estão traçados para a nova época, tanto em termos individuais como colectivos?
Os objectivos do clube são altos. Todos ambicionam subir de divisão, tentar conquistar a taça do distrito de Beja e fazer o melhor possível na Taça de Portugal. Individualmente, vou tentar superar-me em cada dia, em cada treino e em cada jogo para estar no meu máximo, ao nível das exigências do clube.

Deixo-lhe esta oportunidade para poder dizer algo que gostasse de dizer e ainda não teve oportunidade…
Aproveito para deixar uma palavra especial a todos os jovens que andam no futebol. Trabalhem sempre [e muito] porque as oportunidades aparecem quando menos esperamos. Se elas surgirem, agarrem-nas e arrisquem porque se não ficam como eu a pensar que podia ter conseguido. Muito obrigado também pela oportunidade desta entrevista.