Foi necessário recorrer à photo-finish
para encontrar o vencedor…
equipa
PORTUGUESa termina em segundo lugar na final b
Pela primeira vez, a equipa da
Associação Naval Amorense foi a Macau representar Portugal nas
tradicionais regatas dos Barcos-Dragão, acabando por conseguir uma classificação honrosa na
final “B”.
Numa final emocionante, na prova de 500
metros em grandes embarcações, a Indonésia acabou por levar a melhor sobre a
China.
As regatas dos Barcos-Dragão contaram
este ano, pela primeira vez, com a presença de uma equipa portuguesa vinda
directamente do Seixal.
Foi com expectativas “moderadas” que Luís Moreira da Silva, chefe da delegação dos Barcos-Dragão de
Portugal, encarou a primeira competição em Macau que terminou com um segundo lugar na final “B”.
Apesar das diferenças entre a canoagem,
desporto que estão habituados a praticar, foi rápida
a adaptação que os levou a uma classificação honrosa.
“Nós estamos a desenvolver na margem sul,
uma zona operária, actividades com Barcos-Dragão para crianças, jovens e para
uma infinidade de pessoas como deficientes e reformados”, explicou o
responsável, em declarações ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, acrescentado que a
RAEM, ao tomar conhecimento, resolveu convidar a equipa para participar.
Apesar de pensarem inicialmente que
iriam encontrar equipas fortíssimas, Luís Silva pensa terem correspondido às
expectativas. “Nas regatas que disputámos tivemos um segundo
lugar entre seis, depois um terceiro lugar também entre seis e agora o segundo
na final ‘B’”, disse.
Embora admita que esta modalidade não é
um desporto de eleição em Portugal, o responsável reconheceu o êxito que tem
tido como um tipo de desporto que está a ser desenvolvido pela Associação Naval
Amorense, com atletas de canoagem.
“Todos os anos, em Maio, fazemos corridas
Barcos-Dragão para crianças das escolas. São cerca de 800 crianças a fazer
provas que estão inseridas numa actividade escolar”, revelou. Quanto ao
próximo ano, caso voltem a Macau, Luís Moreira espera vir em “melhores condições”.
Após finalizar a prova que lhes concedeu
o segundo lugar, Orlando Silva disse ter sido uma
final que “correu muito bem”, apesar de não ter começado como
esperava. “Nós tentámos largar com mais intensidade mas o início não
correu como estávamos à espera, apesar de termos depois conseguido impor o
nosso ritmo e subir até ao segundo lugar, disputando quase a vitória por uma
unha negra”, salientou.
Nas eliminatórias, onde
passavam às semifinais a equipa vencedora de cada eliminatória mais os 6
melhores tempos entre os vencidos, a equipa portuguesa surpreendeu, ao terminar
na segunda, atrás da Macau Selection Team, averbando um tempo entre os 6
melhores, dispensando a disputa da repescagem. O tempo da eliminatória foi de
2:02,251 minutos.
Nas 3 semifinais onde passavam à final A
os vencedores e os 3 melhores tempos entre os vencidos, a equipa portuguesa
terminou em 3.º lugar com o tempo de 2:00,990
minutos. Abaixo do tempo averbado na eliminatória e o 11.º melhor tempo
entre os semifinalistas o que garantiu o
acesso à final B.
De notar que as duas primeiras regatas
foram disputadas pelos portugueses, utilizando
as pagaias de madeira fornecidas pela organização, e que apenas a equipa
portuguesa estava a utilizar. As pagaias de madeira são mais pesadas e menos
eficazes que as de carbono de utilização generalizada pelos atletas. Felizmente
o engenho de um dos atletas [Flávio Pereira] e a boa vontade da Associação de
Barcos Dragão de Macau permitiram o empréstimo
desse material para a disputa da final B.
A final B não começou como os
portugueses antecipavam porque a
largada foi bastante lenta, no entanto, a recuperação foi espectacular e
na linha de meta a organização não conseguiu estabelecer se os vencedores eram
os portugueses ou a Macau Selection Team. Após recorrer ao photo finish a
vitória foi atribuída à Macau Selection Team pela margem mínima de 0,053 segundos. O tempo do
vencedor foi 2:00,295 contra 2:00,348.
Mike Haslam, presidente da Federação Internacional de Barcos-Dragão,
olha para este evento como algo que tem despertado muito interesse em Macau por
ser uma das “melhores
regatas do ano” e que muitas vezes acaba por gerar uma
necessidade de manter os números mais baixos para que haja um equilíbrio entre
qualidade e quantidade. Ao comparar o número de participantes deste ano com os
anos anteriores, o responsável disse que tudo depende da escolha que as equipas
internacionais fazem. “Talvez escolham Macau este ano
e Hong Kong para o ano, por isso os números são praticamente os mesmos todos os
anos no que toca às equipas internacionais, só as equipas é que são diferentes”,
revelou.
A edição deste ano teve também uma
grande vertente cultural, com várias demonstrações ao longo do evento,
incluindo danças.
Fonte: Jornal Tribuna de Macau
Fonte: Jornal Tribuna de Macau