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sábado, 9 de maio de 2015

FLÁVIO BAÍA DOS SANTOS»» É um treinador disponível

Depois do Fabril esteve nos juniores do Barreirense…

“CHEGOU O MOMENTO DE ASSUMIR O MEU PROJECTO DE FUTEBOL SÉNIOR”
  
Flávio Baía dos Santos, tem 33 anos de idade, mas já leva 12 como treinador passados na sua quase totalidade no Desportivo Fabril por onde passou praticamente por todos os escalões, incluindo os seniores como adjunto de Manuel Correia, nas duas últimas épocas.

Os resultados menos positivos no Campeonato Nacional de Seniores levaram à demissão da equipa técnica da qual fazia parte Flávio Baía dos Santos que pouco tempo depois foi chamado pelo Barreirense para treinar a sua equipa de juniores no Campeonato Nacional da 2.ª Divisão para substituir Rui Fonseca que se havia transferido para a União Banheirense.

O trabalho realizado no Barreiro foi bastante positivo e o clube tinha interesse na sua continuidade mas o treinador recusou o convite por razões de ordem profissional devido ao facto de não poder acompanhar a equipa sobretudo nos jogos a realizar fora de casa.

Por esta razão, Flávio Baía dos Santos é neste momento um treinador livre com vontade de abraçar um novo projecto, se possível a nível de seniores, conforme referiu em entrevista concedida ao nosso jornal.
                                                                                    

“Se não tivéssemos falhado demasiado na finalização, a subida à 1.ª Divisão teria passado do sonho à realidade”


Depois de vários anos no Desportivo Fabril, e de nos últimos tempos ter feito parte do corpo técnico da equipa sénior que se encontrava a participar no Campeonato Nacional de Seniores, ingressou nos juniores do Barreirense. Como é que correu o trabalho?
A avaliação que faço ao trabalho desenvolvido é bastante positiva. E esta avaliação baseia-se em alguns aspectos. Em primeiro lugar, o objectivo que me foi proposto, que era a manutenção da equipa no Campeonato Nacional da 2.ª Divisão, foi amplamente alcançado; um outro objectivo a que me propus, e que também meritoriamente foi atingido pela minha equipa, que garantiria desde logo o primeiro, era o apuramento para a segunda fase de subida. De salientar que aquando da minha entrada na equipa, 26 de Dezembro de 2014, este era um objectivo que não se afigurava nada fácil porque a equipa estava em 3.º lugar a um ponto do 2.º classificado (lugar de acesso à fase de subida) e tinha acabado de ser derrotada pelo Atlético, clube que passou a ocupar a segunda posição numa altura em que faltavam por disputar quatro jornadas com adversários que estavam bem classificados, sendo um deles frente ao Portimonense que ainda não tinha derrotas. Mas, repito, meritoriamente a equipa conseguiu vencer três dos quatro jogos e passar para 2.º lugar garantindo assim o acesso à fase de subida. Na 2.ª fase de subida a realidade encontrada foi completamente diferente porque defrontámos equipas inseridas em estruturas profissionais, em que muitos dos seus atletas também já eram profissionais. Contudo, defini para mim a subida como meta, e não fosse termos falhado demasiado no capítulo da finalização, a subida à 1.ª Divisão teria passado de “sonho” a realidade. Pois, em termos de qualidade de jogo e futebol praticado, na minha opinião, apenas uma equipa demonstrou ser um pouco superior. Portanto, a avaliação feita por mim e pela estrutura do Futebol Clube Barreirense é positiva.

“Não continuo por razões de ordem profissional”

Apesar do bom trabalho realizado não vai continuar no clube. Porquê?
A minha não continuidade no clube e mais propriamente no escalão de juniores, não está relacionada com factores desportivos, entenda-se, resultados. Aliás, a direcção do FC Barreirense, e em particular o departamento de futebol, queriam e tudo fizeram para assegurar a minha continuidade no comando da equipa na próxima época, mas não pude aceitar o convite. Tive que tomar esta sempre difícil decisão por razões de ordem profissional. Ou seja, como trabalho ao sábado não seria possível a minha deslocação com a equipa aos jogos fora, nomeadamente nos de maior distância.

Mas certamente vai querer continuar ligado ao futebol. Está disponível para abraçar outro projecto?
A minha continuidade no futebol não está posta em causa. O futebol é a minha grande paixão e o treino o meu maior vício, não imagino o meu dia-a-dia sem futebol. Quanto a outro projecto estou sempre disponível, desde que se tratem de projectos sérios e credíveis.

“O meu sonho é ser treinador de futebol profissional”

A sua preferência vai para os escalões de formação ou para uma equipa sénior?
A minha preferência vai para projectos de futebol sénior. Aliás, aquando da minha saída do GD Fabril, essa já era a minha prioridade. Contudo, quando surgiu o convite para treinar os juniores do FC Barreirense, não podia declinar, até porque já não era primeira vez que a direcção do FC Barreirense me convidava para trabalhar no clube. Penso que ao fim de 12 anos/épocas consecutivas como treinador, divididas em 10 no futebol de formação e duas com equipas seniores, chegou o momento de assumir o meu projecto de futebol sénior, ainda que não dependa de mim, pois na realidade do nosso futebol é mais fácil e confortável “entregar” equipas a treinadores mais “velhos”, os ditos “experientes”, do que a um treinador jovem (no meu caso 33 anos), mas eu tenho um lema “a idade não é sinónimo de competência”, e este exemplo pode ser observado nos mais altos patamares do futebol, em que treinadores jovens conseguem ser tão competentes como os treinadores mais experienciados. Se nunca se apostasse em treinadores jovens, provavelmente, nunca teriam aparecido alguns dos que hoje orgulhosamente apelidam como os “melhores do mundo”. Mas é este o panorama. Resta-me trabalhar e esperar que me seja proporcionada a oportunidade. Depois, encarregar-me-ei de demonstrar que tomaram a opção certa, e não defraudar as pessoas que apostaram em mim.

Quais são as suas ambições como treinador de futebol?
As minhas ambições são enormes, sou como uma criancinha. O meu sonho é ser treinador de futebol profissional. Mas sei que para tal tenho que trabalhar muito para aparecer a dita “sorte”. É isso que faço, tento trabalhar como um profissional, quer na preparação da época, microciclo, treino, e durante o mesmo, para que um dia quando a oportunidade surgir, eu estar à altura e não falhar…