AZUL E OURO»» Balanço da época desportiva - JORNAL DE DESPORTO

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quarta-feira, 6 de maio de 2015

AZUL E OURO»» Balanço da época desportiva

A opinião é do treinador da equipa, Valter Gomes…

“PELO FUTEBOL QUE PRATICÁMOS MERECÍAMOS TER CHEGADO ÀS MEIAS-FINAIS”

O Grupo de Futebol Azul e Ouro, clube com alguns pergaminhos no futebol amador e em particular nas competições do INATEL, onde já por duas vezes atingiu a final distrital, teve esta época uma participação discreta, que ficou muito aquém das expectativas.  

As razões para os resultados menos positivos são várias mas as que ressaltam mais à vista são a muita juventude que impera no plantel, as muitas lesões [algumas das quais bastante graves], que impediram que a equipa se tivesse apresentado na sua máxima força em algumas ocasiões e também algumas arbitragens que terão deixado muito a desejar.

Concluída a sua participação no campeonato é hora de fazer o balanço da época desportiva de 2014/2015. Neste sentido, o nosso jornal foi ao encontro do treinador Valter Gomes que falou da juventude que impera na equipa, das muitas lesões, da falta de sorte e de algumas arbitragens que prejudicaram a equipa.


Muita juventude, muitas lesões e algumas arbitragens…

A época não correu da forma desejada. Se razão para perguntar, o que falhou?
Sim, é verdade, a época ficou bastante aquém das expectativas e dos objectivos propostos. Gostava de deixar bem claro que sou eu o principal responsável. Sabia que este ano iriamos começar do zero porque tínhamos uma equipa praticamente nova. Chegaram muitos jovens, seis dos quais com estreia absoluta no escalão de seniores. Depois, tivemos também muito azar com as lesões, perdendo logo na fase inicial três jogadores para o resto da época, dois deles com lesões gravíssimas que tiveram de ser operados. E, para agravar ainda mais a situação no início da segunda fase perdemos mais quatro jogadores para o resto do campeonato acabando por fazer os jogos decisivos com um plantel muito reduzido. Por outro lado, também senti que a minha equipa foi claramente prejudicada pela arbitragem em dois jogos desta segunda fase e depois a falta de uma pontinha de sorte.

O quarto lugar alcançado na segunda fase ficou muito aquém daquilo que era esperado...
Hoje em dia quem chega ao Azul e Ouro sabe que pelo trajecto que o clube tem vindo a realizar ao longo dos últimos 4 / 5 anos sabe que partimos sempre como candidatos porque o Azul e Ouro é um clube com uma identidade firme no campeonato que disputa. As duas finais que já atingiu, uma pelo comando do mister Ricardo Jesus (Pardal) e outra pela mão do mister Luís Rodrigues (Lutcha) leva as pessoas a esperar sempre o melhor de nós. Por todo o nosso trajecto o quarto lugar ficou claramente fora do que pretendíamos

Em sua opinião ficaram apuradas para as meias-finais as melhores equipas?
No fim acabam por passar sempre as equipas que de uma forma ou de outra conseguiram ser mais regulares. E, por isso, aproveito para dar os parabéns aos finalistas. Na minha opinião o apuramento do Brejos de Azeitão é inteiramente merecido pois foi uma equipa compacta e muito bem organizada com um lote de excelentes jogadores e com um treinador muito competente. Contudo, pelo futebol que praticámos penso que a minha equipa merecia ter chegado às meias-finais. Sempre assumimos o jogo contra todos os nossos adversários, procurámos praticar sempre um futebol de qualidade com uma identidade muito própria e sei que os meus jogadores tinham um prazer enorme em jogar desta forma. Os resultados não foram os pretendidos mas ficámos com a certeza que este é o caminho a seguir.



 “A arbitragem não acompanhou a evolução das equipas na Inatel”

Por vezes fala-se muito da qualidade das arbitragens nesta competição. O Azul e Ouro teve razões de queixa?
Infelizmente na minha opinião e de muitos outros treinadores com quem por vezes converso, a arbitragem não acompanhou a evolução das equipas da Inatel ao longo dos anos. Este campeonato já merecia melhores equipas de arbitragem, na Delegação de Setúbal só duas ou três equipas tem capacidade e condições para o fazerem. O Azul e Ouro tem razões de queixa em dois jogos em que foi claramente prejudicado e vou dar o exemplo de um desses jogos. No jogo com o CRI veio um árbitro que estava proibido de nos apitar e que no seu regresso teve a ousadia de dizer a todas as pessoas que “sempre que apitar jogos do Azul e Ouro só não os entalo se não puder”. Parece mentira mas é verdade, nesse jogo sofremos um golo onde o avançado faz falta sobre o meu guarda-redes dando-lhe um pontapé na cabeça e depois ficaram por assinalar dois penaltis clamorosos. Durante o jogo foi sempre tendencioso para a equipa da casa e sempre com uma postura intimidatória para com os meus jogadores. Também gostava de dizer que nesse jogo um dos seus auxiliares era um ex-dirigente do CRI. Lamentável…

Quer acrescentar mais alguma coisa ao que já foi dito?
Gostava de deixar uma palavra aos meus jogadores para lhes dizer que foi um orgulho enorme ter tido a oportunidade de trabalhar com eles, são os meus campeões, um conjunto de miúdos fantásticos que se continuarem com a vontade que demonstraram ao longo da época o futuro vai sorrir-lhes. Uma palavra de agradecimento à minha equipa técnica Luís Santos, Júlio Moreno e João Chaves por tudo o que deram ao clube durante a época e ao meu presidente, Luís Rodrigues, que foi incansável desde que assumiu funções procurando dar-nos todos os dias melhores condições de trabalho e finalmente um agradecimento às pessoas que estiveram sempre do nosso lado e nos apoiaram do início até ao fim. Foram enormes, o meu obrigado. 

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