Embora
a situação continue complicada…
PALMELENSE
COMEÇA A VER A LUZ AO FUNDO DO TÚNEL
O
Palmelense derrotou o Olímpico do Montijo por uma bola a zero num jogo de
extrema importância para as duas equipas realizado no Campo Cornélio Palma, que
registou a presença de bastante público.
Esta
foi a segunda vitória consecutiva da equipa de Palmela que viu a luz ficar mais
intensa ao fundo do túnel. Com efeito, esta vitória conseguida sobre o Olímpico
foi muito importante porque faz acalentar as esperanças quanto a uma eventual
fuga aos lugares de despromoção, embora a tarefa não se apresente fácil porque
é já um dado adquirido que vão descer duas equipas, podendo vir a descer ainda mais
uma se o Pinhalnovense não garantir a manutenção no Campeonato Nacional de
Seniores.
Com
esta vitória o Palmelense [que se encontra em penúltimo lugar] passou a somar
19 pontos, menos quatro que Olímpico [14.º], menos cinco que o Sesimbra [13.º],
menos seis pontos que o Charneca de Caparica [12.º] e menos sete que o Beira
Mar de Almada [11.º].
Em
relação ao jogo não há muito para dizer porque se tratou um espectáculo pouco
agradável devido à baixa qualidade produzida pelos jogadores das duas equipas que
não conseguiram criar grandes ocasiões de golo num campo pelado sem grandes
condições para a prática da modalidade.
O
golo do triunfo da equipa orientada por Edu Machado foi obtido já no decorrer
da segunda parte, mais precisamente aos 55 minutos, por intermédio de Paulo
Sousa. O Olímpico ainda tentou reagir com intenção de chegar ao empate mas não
conseguiu tendo o jogo terminado com o marcador igualado a uma bola.
Na
próxima jornada, o Palmelense desloca-se a Alfarim e o Olímpico do Montijo
recebe o Sesimbra num jogo de capital importância para as duas equipas dada a
posição que ocupam na tabela classificativa.
A
OPINIÃO DOS TREINADORES:
EDU
MACHADO, treinador do Palmelense:
“Jogadores
mostram muito amor à camisola e uma união brutal”
“Uma
tarde muito bonita em Palmela num ambiente fantástico que há muito não se via
no Cornélio Palma. Foi um jogo jogado mais com o coração do que com qualidade
por ambas as equipas. Não foi um jogo muito bonito de se ver é um facto, mas
assistiu-se a uma partida bem disputada, rasgadinha em que a sorte do jogo saiu
à equipa de Palmela. Tanto na primeira parte como na segunda foi sempre um jogo
com muito futebol directo, com muita entrega, com jogadas de perigo a surgirem
de bolas paradas e foi assim que se ditou o jogo com um grande cabeceamento do
Paulo Sousa que resultou em três pontos que nos permitem continuar a sonhar.
Continuo a dizer que somos a mesma equipa que está em penúltimo e que nada
mudou porque continuamos no penúltimo lugar. Os jogadores hoje foram muito
organizados defensivamente, souberam sofrer quando o Montijo esteve em cima e
sobretudo mostram muito amor à camisola e uma união brutal. Continuamos vivos e
a sonhar. Continuaremos a trabalhar sabendo que nada está ganho e a tarefa
continua dificílima. Queria agradecer de coração às centenas de pessoas que se
deslocaram ao nosso campo, a vitória também é deles e queria também dedicar
estas vitória ao nosso treinador de guarda-redes, Carlos Costa, que viu
infelizmente a sua mãe partir num dia que deveria ser tão especial como o dia
da Mãe. Sentimos a sua dor porque somos todos, uma família”.
OLÍVIO
CORDEIRO, treinador do Olímpico do Montijo:
“Temos
que ser fortes mentalmente para ultrapassar a situação”
“Sabíamos
que ia ser um jogo difícil porque o Palmelense vinha de um resultado
moralizador alcançado fora e jogava em casa num campo em que está mais habituado.
Na primeira parte foi um jogo feio e só houve uma oportunidade que foi nossa
quando o Queijinho de cabeça atirou ao ferro. Jogou-se muito com a bola no ar
mas a nossa defesa esteve sempre sólida e não permitiu qualquer situação de
perigo ao ataque da equipa adversária. Na segunda parte, num momento em que estamos
com 10 jogadores há uma falta à entrada da área e desse cruzamento nasce o golo
do Palmelense naquela que foi a única oportunidade. A partir daí tentámos ir
para cima do Palmelense que se fechou bem e passou a jogou com o autocarro à
frente da baliza. Fizemos as alterações que tínhamos a fazer e acabámos o jogo
com quatro avançados mas não conseguimos marcar. Chegou uma altura em que já
não tínhamos o discernimento a 100% e não posso garantir se há um penalti ou
dois a nosso favor por mão de jogadores do Palmelense dentro da área. Mas se não
queremos sofrer nenhum dissabor temos urgentemente que dar a volta. A equipa
está a passar por uma fase em que está a acusar a pressão e as coisas não saíram
bem neste jogo. Está tudo muito complicado porque faltam quatro jogos e três
deles são com adversários directos mas dependemos apenas de nós. Só que a
pressão já começa a ser um pouco assustadora, temos que ser fortes mentalmente para
ultrapassar a situação”.
FICHA
DO JOGO
Jogo
no Campo Cornélio Palma, em Palmela
ÁRBITRO: André Duque (Núcleo de Almada /
Seixal)
PALMELENSE: Gustavo; Pedrinho,
Jones, Teixeira, Brito; Paulo Sousa, Nelson, Alex (Pedro Lopes, 80’); Grampola,
Gaspar (Ruben, 70’) e Vítor Hugo (Cortez, 60’).
TREINADOR: Edu Machado
OLÍMPICO DO MONTIJO: Carlos Miguel;
Gonçalo Baracinha (Pedro Lemos, 65’), João Monteiro, Tiago Lourenço, Migalhas; Miguel
Fitas, Marcelo Castro (João Lagoa, 80’); Cami, Fula (Neto, 72’) e Queijinho.
TREINADOR: Olívio
Cordeiro
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: 1-0, Paulo
Sousa (55’).