Monte
de Caparica alcançou o 12.º empate da época…
AMBAS
AS EQUIPAS PROCURARAM A VITÓRIA MAS NÃO CONSEGUIRAM
Este
era um jogo onde havia muito pouco ou quase nada para decidir e talvez por essa
razão Zé Pedro tenha aproveitado para ver em acção alguns jogadores menos
utilizados e outros ainda juniores que têm vindo a trabalhar com a equipa.
O
resultado final não foi do agrado de nenhuma das equipas porque ambas queriam
ganhar de qualquer forma se olharmos para as estatísticas não admira muito que
tenha acontecido porque a equipa do Monte de Caparica foi aquela que mais vezes
empatou campeonato. Nos trinta jogos do campeonato a equipa de José Meireles
obteve exactamente 12 empates, um número de facto bastante considerável sendo
cinco deles obtidos em casa e sete obtidos em terreno alheio.
Com
o empate obtido o Alcochetense terminou o campeonato em 3.º lugar com 61 pontos
e o Monte de Caparica classificou-se em 9.º lugar com 42 pontos.
José
Meireles, treinador do Monte de Caparica, diz que a primeira parte decorreu de
forma entretida e dividida pelos dois meios campos não admirando por isso mesmo
que o nulo se mantivesse ao intervalo. Para além deste pormenor José Meireles
critica também a actuação de Tatiana Martins que no seu entender tudo fez para
que a equipa de Alcochete não perdesse.
Zé
Pedro, por sua vez, preferiu enaltecer a chamada à equipa principal de alguns juniores
e de um ou outro jogador que vinha sendo pouco utilizado e lamentou a falta de
sorte da sua equipa na parte final do encontro quando atirou uma bola à barra.
Os
golos só aconteceram na segunda parte, o primeiro marcado por Austrelino para o
Monte de Caparica (66’) e o segundo por Ruben Braga (83’) para o Alcochetense, neste
seu regresso ao Campo Rocha Lobo, onde foi feliz no início da época.
A
OPINIÃO DOS TREINADORES:
JOSÉ
MEIRELES, treinador do Monte de Caparica:
“Acabámos
o campeonato como começámos em casa e com um empate”
“Mais
uma tarde de calor e mais um jogo entre duas equipas de qualidade, logo nada
melhor do que isto para fechar a época. Pena foi que tivéssemos em campo alguém
que queria ser a protagonista, bem coadjuvada mas sem qualidade, tudo fez para
que o nosso adversário não perdesse. Teve uma dualidade de critérios gritante,
sinceramente esta menina árbitra ainda não percebeu que o Monte de Caparica mudou
e que já não é o mesmo de há uns anos atrás. Quero no entanto dizer que os
comandados do Zé Pedro não têm qualquer responsabilidade nisto e em minha
opinião nem precisam pois têm valor e qualidade suficiente para vencer em
qualquer campo. Passando ao jogo penso que entrámos melhor. Por um lado porque
queríamos terminar em beleza e depois porque o nosso adversário talvez
estivesse mais preocupado com o confronto que vai ter dentro de oito dias. No
entanto, sentimos alguma dificuldade em sair pois o vento tinha alguma
intensidade e estava contra não deixando por vezes jogar um futebol mais bonito,
mas acabaram por ser 45 minutos entretidos e divididos pelos dois meios campos.
Durante o intervalo falámos e fizemos subir as linhas para pressionar logo à
saída do primeiro terço do campo deles. Tínhamos que arriscar mais se queríamos
ganhar e acabámos por chegar à vantagem aos 63 minutos fruto exactamente dessa
pressão alta onde uma perca de bola em zona proibida permitiu ao nosso capitão com
um bom remate abrir o activo. Mantivemos a mesma toada mas o nosso adversário
arriscou mais também na busca da igualdade. Refrescámos a frente de ataque e
com bons resultados pois começámos a criar mais perigo mas a não concretizar. À
passagem do minuto 82` o Alcochetense chega igualdade mas nós não baixámos os
braços. Tirámos um defesa, metemos mais um atacante e o jogo partiu-se
completamente e as situações de perigo passaram a ser constantes numa baliza e
noutra. Aos 90 minutos falhámos de baliza aberta e aos 90+3` a menina árbitra
assinalou uma falta que só ela descobriu nos livros que anda a ler e na
marcação do mesmo a bola embateu na trave; ou seja, o Alcochete poderia ter
chegado à vantagem. Acabámos assim o campeonato como começámos em casa e com um
empate. Paciência, para o ano há mais, agora férias”.
ZÉ
PEDRO, treinador do Alcochetense:
“Queríamos
ganhar mas encontrámos pela frente uma equipa bem organizada”
“Como
era o último jogo do campeonato coloquei em campo alguns jogadores que não
jogavam há algum tempo e outros que foi a primeira vez que jogaram pelos
seniores [Costa e Ulisses] pensando já num futuro próximo. Tiveram um bom
desempenho e por isso há que lhes dar os parabéns não só a eles mas também a
todo o plantel pelo trabalho realizado no campeonato porque ainda temos mais um
jogo para fazer na final da Taça AFS que queremos vencer. Quanto ao jogo é
evidente que queríamos ganhar contra uma equipa organizada, num campo difícil.
Não ficámos totalmente satisfeitos com o resultado porque merecíamos mais do
que aquilo que conseguimos. Sofremos um golo num erro nosso, tentámos responder
com algumas alterações colocando a equipa mais em busca da igualdade e depois da
vitória e até atirámos uma bola à trave e tivemos um golo anulado. Em relação ao
campeonato, é evidente que queríamos mais mas acabámos em 3.º lugar com a noção
do dever cumprido. Agora vamos querer vencer a taça”.
FICHA DO JOGO
Jogo
no Campo Rocha Lobo, no Monte de Caparica
ÁRBITRO: Tatiana Martins
(Núcleo de Almada / Seixal)
MONTE DE
CAPARICA:
Nuno Contradança; Aguilar (Lino, 85’), Pedro, Albasini, Heta; Austrelino, José
João, Bolonha; Flora (Miguel, 53), Cruz e Henrique (Daniel, 70’).
TREINADOR: José Meireles
ALCOCHETENSE: Costa; Sequeira,
Miguel Serôdio, Cunha (Djão, 70’), Ulisses; Piqueira, Milton (Ricardo Dâmaso,
57’), Tiago Carvalho (Feiteira, 65’); Ricardinho, Peter e Ruben Braga.
TREINADOR: Zé Pedro
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: 1-0, Austrelino
(63’); 1-1, Ruben Braga (83’).