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terça-feira, 14 de abril de 2015

UNIÃO BANHEIRENSE»» Reacção às críticas de Ricardo Pardal

Direito de resposta…

A entrevista contém algumas inverdades e factos que carecem de fundamentação

Na sequência da entrevista dada recentemente ao nosso jornal por Ricardo Pardal, o presidente da União Banheirense, Paulo Dias, fez-nos chegar uma nota invocando o direito de resposta que transcrevemos na íntegra:

Direito de resposta – Ricardo Pardal: As saudades do balneário são muitas 

Direito de resposta da União Desportiva e Cultural Banheirense ao artigo “Ricardo Pardal: As saudades do balneário são muitas”, publicado no dia 10 de Abril no site do Jornal de Desporto, da autoria de José Pina.

A entrevista realizada ao ex-treinador da União Banheirense contém algumas inverdades e factos que carecem de fundamentação, apresentando, inclusivamente, distorções. Nesse sentido, como acreditamos que quem não se sente não é filho de boa gente, decidimos esclarecer alguns factos que poderiam conduzir a conclusões erradas e consequentemente prejudicar a imagem e o bom nome da instituição.

O treinador Ricardo Pardal afirma na referida entrevista que foi “empurrado” da União Banheirense devido “sobretudo à quebra de confiança do Departamento de Futebol”, salientando que “muitas questões se levantavam, tudo se questionava e havia falta de apoio”.

Assim, vimos esclarecer que, ao contrário do que foi veiculado, o treinador Ricardo Pardal e a sua equipa técnica sempre tiveram o apoio do Departamento de Futebol em todas as decisões, designadamente na formação do plantel, na constituição da equipa técnica e nas questões logísticas, sendo que o maior exemplo desse apoio o facto de o treinador ter contado com a presença permanente de quatro directores em todos os treinos da equipa. Em relação ao facto de sentir-se questionado, podemos assegurar que o treinador sempre foi completamente autónomo na gestão do grupo de trabalho e a única questão que os directores colocavam semanalmente antes de cada partida era o nome dos jogadores que iam jogar de início de forma a procederem ao preenchimento da respectiva ficha de jogo.

Confirmamos que o referido treinador saiu sem um telefonema do presidente do clube. No entanto, será que deveria ter sido contactado depois de o presidente, o departamento de futebol e os próprios jogadores terem sido informados da sua demissão através de um post no Facebook?.

No final do jogo que opôs a União Banheirense ao Charneca da Caparica, o treinador Ricardo Pardal comunicou ao director desportivo e aos jogadores que a partir daquele momento o lugar de técnico estava à disposição – o que é completamente diferente de uma demissão –, trinta minutos depois publicou um texto a demitir-se no Facebook. Apesar de esta atitude, o presidente, o Departamento de Futebol, a restante equipa técnica e os jogadores decidiram, em conjunto, nomear uma delegação - composta por alguns jogadores e pelo vice-presidente da União Banheirense – que foi à casa do Ricardo Pardal tentar demovê-lo, perante os quais reafirmou que não voltaria ao comando da equipa.
Até ao dia seguinte, o director desportivo e o Ricardo Pardal trocaram mensagens, nas quais o director transmitiu-lhe todo o apoio e tentou fazê-lo ver que aquele não era o momento para sair do comando técnico da equipa de futebol da União Banheirense. Todavia, o actual ex-treinador da União Banheirense reafirmou que a decisão era irrevogável.

Os responsáveis da União Banheirense fizeram o possível para entrar em contacto com o referido treinador ao longo do dia seguinte, mas o treinador só respondeu às mensagens às 18h para marcar uma reunião sem especificar se tinha ou não voltado atrás com a sua decisão. E, por isso, a União Banheirense decidiu avançar para outra solução.

Relativamente aos objectivos para a presente época, a direcção pediu apenas ao Ricardo Pardal a manutenção e uma boa prestação na Taça da Associação de Futebol de Setúbal. Porém, o treinador sempre disse que queria e que tinha equipa para ficar nos cinco primeiros lugar do campeonato, quando saiu, na 10.ª jornada, estávamos em 11.º lugar, com 13 pontos – três vitórias, quatro empates e três derrotas – o que para a direcção estava dentro do pretendido, mas que para o técnico e para os seus objectivos enquanto treinador seria pouco a julgar pelas palavras proferidas pelo Ricardo Pardal ao Jornal de Desporto no dia em que abandonou o comando técnico da União Banheirense: “Eu acredito que estes mesmos jogadores vão dar uma excelente resposta no que resta do campeonato, mas sob o comando de um novo treinador. Faz falta sangue novo, alguém que consiga motivar e potenciar as qualidades que os jogadores têm. A mim resta-me agradecer a oportunidade que me foi dada pelo clube e referir que foi um prazer e um orgulho ter treinado este clube e estes jogadores”.

Na entrevista acima citada, refere que as condições agora são melhores do que as que existiam quando ele estava a dirigir a equipa e que, por isso, ficaremos nos cinco primeiros lugares ou ainda melhor se formos mais ambiciosos. Mas a verdade é que as condições são exactamente as mesmas, treinamos no mesmo campo, no mesmo horário, no mesmo piso, os jogadores – tirando os que saíram, os que emigraram e os que se lesionaram entretanto – são os mesmos e depois de o Ricardo Pardal ter abandonado o comando técnico da equipa inscrevemos apenas mais três jogadores, inclusivamente um deles a pedido do próprio Ricardo.

Actualmente estamos em sexto lugar e a verdade é que tanto podemos chegar ao quatro lugar como descer para 10.º, mas ainda que fiquemos em 12.º o nosso objectivo continuaria a estar cumprido, uma vez que o nosso objectivo é unicamente assegurar a manutenção. No entanto, aproveitamos para garantir que estamos muito satisfeitos e orgulhosos com o trabalho que a actual equipa técnica e os jogadores estão a fazer.

Quanto ao facto de ter sido “treinador, patrocinador, roupeiro, massagista, motorista e director”. Na primeira época, podemos concordar que sim, no entanto quando o Ricardo Pardal reuniu com o presidente do clube para propor-lhe o regresso do futebol foi informado que a União Banheirense não tinha condições não só financeiras, como também humanas para dar esse passo. Apesar disso, o técnico em conjunto com a sua equipa técnica comprometeram-se a auto financiar o projecto vendendo rifas e conseguindo patrocínios de forma a cumprir, com todo o mérito, com os compromissos. Contudo, na última época e meia o Ricardo Pardal contou sempre com um departamento de futebol e um departamento médico competentes para o auxiliarem e desempenharem, consequentemente, as funções supracitadas.

Por último, a União Banheirense considera que não são apenas os museus que vivem do passado e, nesse sentido, volta a agradecer ao Ricardo Pardal e à restante equipa técnica todo o trabalho, empenho, dedicação e competência que demonstraram enquanto tiveram ao serviço do nosso clube.

Ainda assim, a direcção mantém firme a sua conduta de defender os interesses da União Banheirense, por isso aconselhamos o Ricardo Pardal a ter a humildade de reconhecer que errou em vez de procurar em declarações públicas que não o dignificam, em nada, atirar a culpa para cima dos que sempre o apoiaram nesta casa.


O Presidente